segunda-feira, 15 de dezembro de 2014



Matérias como a regulamentação da PEC das Domésticas devem ficar para 2015


Agência Brasil


A uma semana do recesso parlamentar que começa oficialmente no dia 23 de dezembro, projetos importantes para a sociedade foram incluídos na pauta da Câmara. Apesar de colocar em votação matérias como a regulamentação da profissão das domésticas (PLC 302-A/13) e o Estatuto do Portador de Deficiência (PL 7.699/06), a chance de esses textos avançarem são remotas.
Além do pouco tempo, a prioridade estará voltada para o orçamento de 2015 e a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Orçamento Impositivo e, como muitos parlamentares não foram reeleitos, a semana deve ficar mais esvaziada e será difícil alcançar o número de necessário para as sessões agendadas.
A regulamentação da proposta que ficou conhecida como PEC das Domésticas é esperada há mais de um ano pela categoria. O texto básico que assegura a extensão dos direitos previstos na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) foi promulgado em abril de 2013, mas ainda depende de algumas regras, como a multa de 40% em caso de demissão sem justa causa e as mudanças no pagamento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
Esse complemento que assegura muitos dos direitos previstos na PEC ficou parado por mais de oito meses na Câmara. Mesmo com a tentativa de votá-la, a proposta só deve ser concluída na próxima legislatura, a partir de 1º de fevereiro de 2015. 
Os deputados também tentarão votar o projeto de lei que altera artigos do Código de Processo Penal, que estabelece as regras mais rigorosas para a apuração de mortes e lesões corporais decorrentes da ação policial, justificadas como auto de resistência. O tema ganhou destaque na semana passada, por estar na lista de recomendações do relatório final da Comissão Nacional da Verdade (CNV). No texto, o grupo destacou que “a prática de detenções ilegais e arbitrárias, tortura, execuções, desaparecimentos forçados e mesmo de ocultação de cadáveres não é estranha à realidade brasileira contemporânea”.
Na última semana, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, tentou negociar a votação da proposta com líderes na Casa, mas os parlamentares ainda precisam votar um requerimento de urgência previsto para esta semana no plenário para que o projeto tenha alguma chance de ser votado nesta legislatura.
As votações previstas para a última semana de trabalho antes do recesso incluem outras propostas de apelo popular, como os projetos de Lei 7.699/06, que institui o Estatuto do Portador de Deficiência, e a continuação da votação de emendas apresentadas ao PL 4.246-C/12, que ficou conhecido como Lei Geral dos Caminhoneiros.
Outro obstáculo para o avanço dessas matérias é que a pauta está trancada pelo PL 7.735/14, que altera a legislação sobre pesquisa científica e exploração do patrimônio genético de plantas e animais nativos, e pela Medida Provisória (MP 655/14) que abre crédito extraordinário para operações oficiais de crédito.
Tags: câmara, deficiências, deputados, fim de ano, pautas, recesso

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Câmara cassa o mandato do deputado federal André Vargas

Parlamentar é suspeito de envolvimento com o doleiro Alberto Youssef.
Vargas foi cassado por 359 votos a favor, um contra e seis abstenções.

Fernanda Calgaro 
O deputado André Vargas discursa no plenário da Câmara em 2 de abril (Foto: Laycer Tomaz / Câmara dos Deputados)O deputado André Vargas não compareceu à sessão
da Câmara que cassou o seu mandato.
(Foto: Laycer Tomaz / Câmara dos Deputados)

A Câmara dos Deputados cassou nesta quarta-feira (10) o mandato do deputado federal André Vargas (sem partido-PR) por quebra de decoro parlamentar. Ele é suspeito de envolvimento com o doleiro Alberto Youssef, acusado de comandar um esquema de corrupção que atuava na Petrobras.
A votação que cassou o mandato do parlamentar do Paraná foi aberta. O placar eletrônico do plenário da Câmara registrou 359 votos favoráveis pela cassação e somente um contrário – o do deputado José Airton (PT-CE) –, além de seis abstenções. Para que Vargas perdesse o mandato, era necessário que, ao menos, 257 deputados votassem a favor da cassação.
Com a cassação aprovada, Vargas poderá ser enquadrado na Lei da Ficha Limpa, que o deixa inelegível por oito anos. Ex-deputado do PT, ele tentou postergar ao máximo a conclusão do processo político no Congresso. Como não se reelegeu, Vargas deixará a Câmara ao final desta legislatura.
A maioria dos partidos com representação na Câmara, incluindo o PT, orientou suas bancadas a votar pela perda do mandato do ex-deputado petista. Somente os líderes de PMN e PEN optaram por liberar os parlamentares para que votassem como quisessem.
Vargas não compareceu à sessão desta quarta-feira, apesar de, no mês passado, ter dispensado seu advogado, optando por fazer pessoalmente sua defesa. À Câmara, disse que não poderia ir ao Legislativo se autodefender por não ter condições de falar.
No entanto, ele conversou duas vezes nesta quarta-feira, por telefone, com a reportagem do G1. “Não irei de forma alguma a Brasília. Minha licença expira só hoje [quarta] à noite”, ressaltou Vargas na primeira ligação.
Ao final da votação, Vargas afirmou ao G1, por telefone, que não acompanhou a sessão porque está internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Ele não quis informar o motivo da internação.
"Não estou [acompanhando a votação] porque estou internado no hospital Albert Einstein. Eu não estou acompanhando pela TV", declarou.
Em seguida, ele foi informado pela reportagem que a cassação de seu mandato tinha acabado de ser aprovada.
"Quanto foi o placar?", questionou.
Ao ser indagado sobre as medidas que pretendia tomar diante da cassação, o deputado se limitou a dizer. "Eu não vou comentar, eu não vou comentar."
O hospital Albert Einstein confirmou a internação, mas informou que, a pedido do paciente, não daria informações sobre o estado de saúde.
Cirurgia
Na noite da última segunda-feira (8), o agora deputado cassado chegou a protocolar um recurso na Câmara pedindo o adiamento da sessão que agendada para analisar seu processo de quebra de decoro.

No ofício, alegou que, devido à recuperação da cirurgia odontológica realizada na semana passada, não poderia se defender no plenário, já que estava sem condições de falar.
Vargas chegou a enviar na segunda-feira um atestado médico comprovando a realização da cirurgia. Na ocasião, solicitou uma licença médica até esta quarta-feira.
Para comprovar a realização do procedimento cirúrgico, a assessoria de Vargas enviou fotos da arcada dentária do deputado com um dente extraído. No entanto, o pedido de adiamento foi negado pela direção da Câmara sob o argumento de que o regimento interno exige, nesses casos, a indicação de uma junta médica para examinar o parlamentar.
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terça-feira, 2 de dezembro de 2014



Senador Vital do Rêgo é aprovado pela Comissão do Senado para ministro do TCU

Nome ainda precisa ser aprovado pelos plenários do Senado e da Câmara.
A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou a indicação do senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) para o cargo de ministro do Tribunal de Contas da União (TCU).
No entanto, o nome do senador ainda precisa ser aprovado pelos plenários do Senado e da Câmara, para que ele ocupe o cargo.
Presidente das duas CPIs que investigam a Petrobrás, Vital herdará a relatoria dos processos de investigação da estatal no tribunal.
 
 
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