Devem cuidar-se os presidentes do Senado, Garibaldi Alves, e da Câmara, Arlindo Chinaglia. Porque são, inegavelmente, os melhores dirigentes que já passaram pelo Congresso, nos tempos atuais. Depois de Severino Cavalcanti, João Paulo Cunha e outros menos citados, numa casa, e na outra Jader Barbalho, e até o injustamente punido Renan Calheiros, Câmara e Senado conseguiram afirmar-se e trabalhar como raras vezes, no passado recente. Além disso, adotaram posições corajosas diante do próprio governo, como a reação às medidas provisórias.
O problema é que Garibaldi chegou a consultar a assessoria jurídica do Senado para saber se teria chances de reeleger-se, ano que vem, quando a Constituição é clara e impede a possibilidade. E Chinaglia, ao que dizem manobra para a apresentação de emenda constitucional permitindo sua continuação.
Arriscam-se a perder o capital acumulado, porque qualquer manobra continuísta cheira mal. A imagem de Castello Branco não se libertará jamais do fato de haver prorrogado o próprio mandato. A de Fernando Henrique também, por ter arrancado do Congresso uma reeleição ilegítima, no exercício do cargo. A propósito disso, seria bom alertar para outras situações parecidas, mas como o espaço acabou, fica para outro dia...
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