Garibaldi desconhece tamanho do pepino que gerirá
Renato Araújo/ABr
Dilma Rousseff completou nesta quarta (8) os convites aos ministros indicados pelo PMDB.
Recebeu na Granja do Torto, finalmente, o senador Garibaldi Alves. Conformou-o como futuro ministro da Previdência.
Convertido em gerente de um pepino que o PMDB relutou em assumir, Garibaldi admitiu que desconhece o tamanho da encrenca.
Na saída da conversa com Dilma, reconheceu que não sabe o valor do rombo da pasta que lhe foi confiada.
Decerto ficará de cabelos hirtos ao descobrir que o déficit da Previdência deve fechar em R$ 42,5 bilhões neste ano da graça de 2010.
Como que antevendo a dimensão da encrenca, classificou sua missão como um “desafio”. Está preparado? “Acho que estou”, disse.
Rumina dúvidas inclusive quanto ao perfil que pretende dar à sua gestão. Mais técnico ou mais político?
"Se eu me encantar com o tecnicismo pode ser até que eu me transforme em um técnico...”
“...Mas eu não estou aqui dizendo que o melhor é ter conduta política ou técnica. O importante é saber se conduzir diante daquele desafio...”
“...Se você quer ser mais técnico em um determinado momento você pode ser".
Disse ter trocado ideias com Dilma sobre a tão falada reforma da Previdência. A julgar pelo que disse, não há no horizonte nenhuma alteração de fundo.
"Uma reforma de gestão eu sou favorável. A reforma da legislação, essa que é mais complexa, isso temos que estudar melhor...”
“...Ela me disse que esperava que eu continuasse um trabalho que já está sendo realizado na Previdência com relação à reforma da gestão da Previdência...”
“...O fim das filas, pagamentos de uma forma mais ágil. E esperava que não apenas continuasse isso, mas pudesse melhorar".
Ou seja, Garibaldi foi escalado por Dilma para equilibrar-se à beira do abismo bilionário de olho nas filas.
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Escrito por Josias de Souza às 18h59
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