quinta-feira, 29 de maio de 2014

Câmara aprova por unanimidade texto-base do Plano Nacional de Educação

PNE estabelece 20 metas para a educação a serem cumpridas nos próximos dez anos
UOL / Agência Câmara 29 Mai de 2014 - 00:31

 
Foto: Thinkstock / Getty Images
O Plano Nacional de Educação coloca como meta que, até 2020, 85% dos jovens de 15 a 17 anos estejam matriculados no ensino médio
O Plano Nacional de Educação coloca como meta que, até 2020, 85% dos jovens de 15 a 17 anos estejam matriculados no ensino médio
O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou por unanimidade na noite desta quarta-feira (28) o texto-base do PNE (Plano Nacional da Educação). O plano tramita no Congresso há três anos e meio. A votação continua na segunda-feira (2), quando os destaques serão debatidos pelos deputados.
O PNE estabelece 20 metas para a educação a serem cumpridas nos próximos dez anos. Entre as diretrizes, estão a erradicação do analfabetismo e a universalização do atendimento escolar.
A votação foi interrompida porque não houve acordo entre os líderes do partido em uma reunião realizada mais cedo para a votação dos destaques, que podem modificar vários pontos do projeto. O texto aprovado hoje é do relator Angelo Vanhoni (PT-PR).
Dois itens prometem gerar discussão na próxima segunda-feira: a complementação da união do CAQ (Custo Aluno Qualidade) e a contabilização em parcerias e em isenção de impostos como investimento público.
Avaliação do PNE
O PNE institui avaliações a cada dois anos para acompanhamento da implementação das metas. Essa fiscalização será feita pelo MEC, pelas comissões de Educação da Câmara e do Senado, pelo Conselho Nacional de Educação e pelo Fórum Nacional de Educação. Os dados serão publicados nos sites dessas instituições.
O projeto, no entanto, não fixa penalidades para os gestores que não cumprirem as metas estabelecidas. As punições serão definidas na proposta da chamada Lei de Responsabilidade Educacional (PL 7420/06 e apensados) que está sendo analisada na Câmara.
O texto estabelece prazo de um ano, a partir da vigência da nova lei, para que Estados, Distrito Federal e municípios elaborem seus planos de educação ou façam as adequações necessárias aos planos existentes para que eles fiquem de acordo com as metas do PNE. Esses documentos devem ser elaborados com a ampla participação da sociedade.
Vai e vem
O PNE foi enviado pelo governo federal ao Congresso em 15 de dezembro de 2010 e só foi aprovado pela Câmara dos Deputados quase dois anos depois, em outubro de 2012, após ter recebido cerca de três mil emendas.
No Senado, o texto foi aprovado em plenário no dia 17 de dezembro de 2013. Em seguida, foi encaminhado para a Comissão Especial da Câmara, onde teve o texto-base aprovado em 22 de abril.

terça-feira, 13 de maio de 2014

Dois senadores da oposição recusam indicação para CPI da Petrobras

Por Agência Brasil |
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Parlamentares defendem que a investigação da estatal seja feita em comissão mista, e não apenas no Senado

Agência Brasil

O senador Wilder Moraes (DEM-GO) seguiu o exemplo da colega Lúcia Vânia (PSDB-GO) e recusou a indicação para fazerem parte da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras no Senado. Ao rejeitar a indicação do presidente do Senado, Renan Calheiros, Moraes disse esperar integrar a CPI mista.
“Como líder da minoria e seguindo orientação do meu partido, gostaria que meu nome também fosse substituído. Não vou perder nenhum tipo de tempo e dedicação a essa CPI do Senado, tendo em vista que tenho a confirmação de que sou membro indicado para a outra comissão parlamentar de inquérito”, justificou o senador.
Agência Senado
Oposição tenta emplacar CPI mista da Petrobras, e não apenas no Senado
Mais cedo, Renan tinha dito que indicaria outros senadores para substituir os dois parlamentares desistentes. No entanto, os suplentes de Lúcia Vânia e Wilder Moraes na CPI, senadores Jaime Campos (DEM-MT) e Vicentinho Alves (SDD-TO), podem assumir as vagas.
A oposição quer que a investigação seja feita por deputados e senadores na comissão mista. Por isso, os oposicionistas não indicaram os três nomes que lhes cabiam e correm contra o tempo para tentar instalar o quanto antes a CPMI. O terceiro senador indicado por Renan, Cyro Miranda (PSDB-GO), ainda não anunciou se desistirá da vaga.
A base governista defende que a melhor instância parlamentar para fazer a investigação sobre a Petrobras é o Senado, e quer que a comissão seja instalada na Casa o quanto antes. Uma vez que a CPI estiver instalada no Senado, ela terá a preferência sobre a proposta de comissão parlamentar mista de inquérito (CPMI) sobre o mesmo assunto.
Leia tudo sobre: cpi da petrobrassenadorenan calheiros
 

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Senado recorre ao plenário do STF contra CPI exclusiva sobre Petrobras

Ministra atendeu oposição e determinou criação de CPI exclusiva.
Renan Calheiros afirmou que decisão foi 'grave ingerência' no Legislativo.

Mariana Oliveira Do G1, em Brasília
 
O presidente do Senado e do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL), apresentou recurso nesta segunda-feira (5) para pedir que o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) reveja decisão sobre a instalação de uma CPI exclusiva para investigar a Petrobras.
A Mesa do Senado quer que o plenário revogue a decisão da ministra Rosa Weber, que determinou a instalação da comissão exclusiva, e defende que o próprio Congresso delibere sobre a abrangência da CPI. Para Renan Calheiros, a decisão da ministra foi uma "grave ingerência" do Judiciário no Legislativo.
Há duas semanas, a ministra Rosa Weber atendeu pedido da oposição e concedeu liminar (decisão provisória) para determinar a instalação de CPI exclusiva - parlamentares governistas tentavam ampliar o escopo da comissão, para apurar também denúncias sobre o metrô de São Paulo e sobre o Porto de Suape, em Pernambuco. As irregularidades, em tese, atingiriam o PSDB e o PSB.
Depois da decisão de Rosa Weber, Renan Calheiros determinou indicação de nomes para duas comissões, uma mista de deputados e senadores e outra somente de senadores, ambas para investigar a estatal. Os líderes partidários ainda decidirão se, de fato, as duas CPIs seriam instaladas ou se somente uma delas.
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Cuida-se de inadmissível e grave ingerência de um poder sobre o outro, sem o mínimo respaldo na Carta da República"
Recurso apresentado pela Mesa do Senado
Apesar de ter dado continuidade à instalação da CPI da Petrobras, Renan Calheiros argumentou ao Supremo que definir a abrangência da comissão é questão interna do Congresso. Calheiros destaca que a decisão da ministra impediu que os próprios parlamentares decidissem qual seriam os temas a serem investigados.
"Em caráter preventivo - e precoce, porque não havia lesão ou ameaça a direito de quem quer que seja -, subtraiu-se do legislativo que deliberasse e decidisse sobre a questão. [...] Cuida-se de inadmissível e grave ingerência de um poder sobre o outro, sem o mínimo respaldo na Carta da República", afirma o recurso.
O presidente do Senado afirma que criação e abrangência de CPI é "interna corporis", ou seja, questão interna do Congresso. "A interpretação e a aplicação de matéria interna corporis não se sujeita ao crivo do Poder Judiciário, porquanto inseridas na autonomia assegurada a cada um dos poderes constituídos. Isso significa, igualmente, que eventual usurpação das competências internamente fixadas, quando não haja parâmetro constitucional a ser invocado, deve ser resolvida pelos mecanismos internos de controle de cada poder."
Renan Calheiros defende que as CPIs podem ter diversos temas, mesmo que sem conexão entre os fatos.
"Não há que se falar em conexão entre fatos no momento da criação de uma CPI. Em resumo, a delimitação do objeto de investigação encontra limites nas atribuições do Poder Legislativo e na exigência constitucional de determinação dos fatos. [...] Não se pode definir, a priori, que certos temas ou fatos determinados sejam excluídos definitiva e irrevogavelmente do âmbito de investigação da CPI."


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