O senador Delcídio do Amaral (PT/MS) está intermediando um acordo entre o trade turístico de Corumbá e dirigentes do Ibama , para permitir que os turistas que visitam a região continuem praticando a pesca esportiva no Rio Paraguai, na região próxima ao Parque Nacional do Pantanal, na divisa com Mato Grosso.
“Combinei com o ministro Carlos Minc (Meio Ambiente) que, logo após a definição dos nomes e a posse da nova diretoria do Instituto Chico Mendes, o que deve acontecer nos próximos dias, será criado um grupo de trabalho para elaborar um zoneamento que permita conciliar a necessidade de se preservar o parque, tombado pelas Nações Unidas como Patrimônio Natural da Humanidade, com as atividades do turismo de pesca, que geram milhares de postos de trabalho em Corumbá e Ladário, e não podem sofrer prejuízo, sob pena de colocar em risco a sobrevivência de muitas famílias”, ponderou o senador.
O Instituto Chico Mendes é o órgão do Ministério do Meio Ambiente encarregado de cuidar dos parques nacionais.
Os desentendimentos entre as agências que oferecem serviços de pesca esportiva a partir de Corumbá e as autoridades de meio ambiente começaram quando o IBAMA de Mato Grosso definiu um plano de manejo do parque que criou uma área de 10 km no entorno da reserva, onde a pesca é proibida.
A área abrange um trecho de aproximadamente 80 km do Rio Paraguai, entre a foz do Rio Moquém, na região do Amolar, e a Ponta do Morro, por onde transitam turistas de várias regiões do Brasil e do exterior, a partir de barcos/hotéis baseados em Corumbá. Como essa região, que fica na divisa entre os estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, se encontra no entorno da área de preservação, os fiscais do IBAMA de Mato Grosso começaram a aplicar multas pesadas contra as embarcações e os turistas que passam pela região, a caminho dos locais onde a pesca é permitida.
“É uma situação que precisa ser resolvida com urgência”, defende o senador. “Ninguém tem dúvidas que o Parque do Pantanal tem que ser preservado porque é uma das maiores riquezas naturais não só do Brasil, mas de todo o mundo. Mas é preciso ter bom senso. Uma pessoa não pode ser punida simplesmente porque passou por uma área protegida, a caminho das regiões onde a pesca esportiva é permitida. Eu não tenho dúvidas que se chegará a um acordo sobre esse assunto. Em Corumbá e Ladário as atividades ligadas à pesca esportiva empregam cerca de 3 mil pessoas em agencias de viagem, barcos/hotéis, restaurantes, bares, hotéis, lojas de iscas e equipamentos, além de profissionais como os piloteiros, que dão apoio aos turistas. É fundamental garantir o emprego desses trabalhadores”, destaca.
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