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31/01/2009 - 13h51
da Folha Online
sábado, 31 de janeiro de 2009
sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
Sarney se diz ‘peplexo’ com o apoio do PSDB a Tião
Alan Marques/Folha
José Sarney falou ao repórter Lauro Jardim. Vai abaixo um resumo da entrevista:
- Por que quer voltar à presidência do Senado?
Estou atendendo a um pedido quase irresistível dos partidos e de quase todo o Senado. Quero prestar um serviço à sociedade e continuar o processo de modernização do Senado [...]. Além disso, estamos entrando num ano de crise econômica, que será profunda. Tenho, com a minha experiência, condições de ajudar a governabilidade do país.
- Não teme o desgaste de uma derrota?
Disputar essa eleição não deve ser encarado como uma busca pelo poder. E sim como um gesto de humildade. Desde que deixei a presidência da República, já disputei diversas eleições.
- Diante de um Senado dividido, retiraria a candidatura?
Não há divisão alguma.
- O que acha de Renan Calheiros como homem público?
O Renan foi líder no Senado duas vezes, foi ministro e é um político importante no país.
- Tião Viana disse: "Ele [Sarney] está pensando que o Senado é um fundo de quintal. Tem gente que tem uma visão patrimonialista da vida pública". O que achou?
Eu o conheço há muito tempo, mas não conhecia essa face grosseira do Tião. O que ele disse foi falta de respeito.
- Por que o PSDB fechou com Tião Viana?
Eu me faço a mesma pergunta. Recebi com perplexidade essa decisão.
- Quantos votos acha que terá entre os 13 senadores do PSDB?
Não faço este tipo de cálculo. Respeito muito os senadores do PSDB.
Escrito por Josias de Souza às 17h17
José Sarney falou ao repórter Lauro Jardim. Vai abaixo um resumo da entrevista:
- Por que quer voltar à presidência do Senado?
Estou atendendo a um pedido quase irresistível dos partidos e de quase todo o Senado. Quero prestar um serviço à sociedade e continuar o processo de modernização do Senado [...]. Além disso, estamos entrando num ano de crise econômica, que será profunda. Tenho, com a minha experiência, condições de ajudar a governabilidade do país.
- Não teme o desgaste de uma derrota?
Disputar essa eleição não deve ser encarado como uma busca pelo poder. E sim como um gesto de humildade. Desde que deixei a presidência da República, já disputei diversas eleições.
- Diante de um Senado dividido, retiraria a candidatura?
Não há divisão alguma.
- O que acha de Renan Calheiros como homem público?
O Renan foi líder no Senado duas vezes, foi ministro e é um político importante no país.
- Tião Viana disse: "Ele [Sarney] está pensando que o Senado é um fundo de quintal. Tem gente que tem uma visão patrimonialista da vida pública". O que achou?
Eu o conheço há muito tempo, mas não conhecia essa face grosseira do Tião. O que ele disse foi falta de respeito.
- Por que o PSDB fechou com Tião Viana?
Eu me faço a mesma pergunta. Recebi com perplexidade essa decisão.
- Quantos votos acha que terá entre os 13 senadores do PSDB?
Não faço este tipo de cálculo. Respeito muito os senadores do PSDB.
Escrito por Josias de Souza às 17h17
quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
Sarney é peça-chave para candidatura de Dilma (Pedro do Coutto)
Dificilmente o ex-presidente José Sarney poderá perder a presidência do Senado, não só pelo seu passado político, que o leva a conhecer bem o ser humano, não apenas por sua inegável capacidade de articulação parlamentar, mas também porque o destino, que sempre lhe foi favorável, o tornou peça-chave para consolidar a candidatura da ministra Dilma Roussef nas eleições presidenciais de 2010.
Quem observar o quadro com a necessária isenção, pode verificar, sem muito esforço, que uma derrota sua no início de fevereiro se transformaria num insucesso enorme para o próprio governo Lula. Basta lembrar que Sarney é do PMDB e o PMDB detém seis ministérios, como “O Estado de S. Paulo” publicou: Saúde, Defesa, Agricultura, Comunicações, Minas e Energia e Integração Nacional. Assim, o partido é a presença mais expressiva na coligação de forças em torno do executivo no Congresso. Isso não é por acaso. Está no jogo do poder.
José Sarney, inclusive, como se percebe no noticiário político, é, no fundo, o fiador do acordo que torna possível a candidatura da ministra chefe da Casa Civil. Esta candidatura interessa tanto ao PMDB quanto ao governo. Uma ruptura, ou um abalo causado pela investida do senador Tião Viana, implicaria a perda de pastas essenciais, atingindo o tradicional esquema de influências no plano do poder.
Por que o Partido do Movimento Democrático Brasileiro se afastaria do Planalto? Para apoiar José Sarney? Para acolher Aécio Neves? Nenhuma das duas alternativas faz o menor sentido. Inclusive, na hipótese de Dilma Roussef vir a perder nas urnas para o governador de São Paulo, a legenda, depois do vendaval, aguardaria o chamado para desempenhar na futura administração o mesmo papel que desempenha agora.
Tem cacife para isso. É um partido muito grande. Elegeu 1.200 prefeitos, segundo “O Estado de S. Paulo”, possui 4.671 diretórios municipais, no total de 5.569 cidades, tem 20 senadores, 95 deputados federais, 172 estaduais, 8.497 vereadores. Nenhum outro é detentor de organização tão forte e ampla. Nem mesmo o PT, embora esteja há seis anos no governo federal. Uma derrota de Sarney para Tião Viana não atingiria apenas a legenda, mas toda a rede de articulação em torno do presidente Lula e de seu projeto para retornar a Brasília em 2014 ou 2015, o mais provável 2015, com o fim da reeleição.
O PMDB de hoje, como o antigo PSD de ontem, pode-se dizer, possui uma vocação irreversível para o poder. No meio da ironia, representa, sem dúvida, um fator de equilíbrio institucional.
Outro assunto. Reportagem de Patrícia Duarte, publicada em “O Globo”, de 27/01, focaliza com base em dados do Banco Central as contas externas brasileiras em 2008. Preocupam. Sobretudo em face da queda do saldo comercial. Mas existe outro aspecto, igualmente crítico, menos aparente nos números revelados.
Em 2008, ingressaram no País 45 bilhões de dólares em investimentos internacionais. Saíram 33,8 em remessas de lucros e dividendos. Dois motivos explicam a preocupação:
1) a matéria fala das remessas legais. E a quanto montaram as ilegais?
2) Para quais setores foram canalizados os investimentos? É uma questão fundamental. Pois se o maior volume destinou-se para o mercado financeiro, em termos de desenvolvimento econômico e social, nada representaram. Aplicar nas taxas de juros não cria, muito menos gera e recupera empregos.
Quem observar o quadro com a necessária isenção, pode verificar, sem muito esforço, que uma derrota sua no início de fevereiro se transformaria num insucesso enorme para o próprio governo Lula. Basta lembrar que Sarney é do PMDB e o PMDB detém seis ministérios, como “O Estado de S. Paulo” publicou: Saúde, Defesa, Agricultura, Comunicações, Minas e Energia e Integração Nacional. Assim, o partido é a presença mais expressiva na coligação de forças em torno do executivo no Congresso. Isso não é por acaso. Está no jogo do poder.
José Sarney, inclusive, como se percebe no noticiário político, é, no fundo, o fiador do acordo que torna possível a candidatura da ministra chefe da Casa Civil. Esta candidatura interessa tanto ao PMDB quanto ao governo. Uma ruptura, ou um abalo causado pela investida do senador Tião Viana, implicaria a perda de pastas essenciais, atingindo o tradicional esquema de influências no plano do poder.
Por que o Partido do Movimento Democrático Brasileiro se afastaria do Planalto? Para apoiar José Sarney? Para acolher Aécio Neves? Nenhuma das duas alternativas faz o menor sentido. Inclusive, na hipótese de Dilma Roussef vir a perder nas urnas para o governador de São Paulo, a legenda, depois do vendaval, aguardaria o chamado para desempenhar na futura administração o mesmo papel que desempenha agora.
Tem cacife para isso. É um partido muito grande. Elegeu 1.200 prefeitos, segundo “O Estado de S. Paulo”, possui 4.671 diretórios municipais, no total de 5.569 cidades, tem 20 senadores, 95 deputados federais, 172 estaduais, 8.497 vereadores. Nenhum outro é detentor de organização tão forte e ampla. Nem mesmo o PT, embora esteja há seis anos no governo federal. Uma derrota de Sarney para Tião Viana não atingiria apenas a legenda, mas toda a rede de articulação em torno do presidente Lula e de seu projeto para retornar a Brasília em 2014 ou 2015, o mais provável 2015, com o fim da reeleição.
O PMDB de hoje, como o antigo PSD de ontem, pode-se dizer, possui uma vocação irreversível para o poder. No meio da ironia, representa, sem dúvida, um fator de equilíbrio institucional.
Outro assunto. Reportagem de Patrícia Duarte, publicada em “O Globo”, de 27/01, focaliza com base em dados do Banco Central as contas externas brasileiras em 2008. Preocupam. Sobretudo em face da queda do saldo comercial. Mas existe outro aspecto, igualmente crítico, menos aparente nos números revelados.
Em 2008, ingressaram no País 45 bilhões de dólares em investimentos internacionais. Saíram 33,8 em remessas de lucros e dividendos. Dois motivos explicam a preocupação:
1) a matéria fala das remessas legais. E a quanto montaram as ilegais?
2) Para quais setores foram canalizados os investimentos? É uma questão fundamental. Pois se o maior volume destinou-se para o mercado financeiro, em termos de desenvolvimento econômico e social, nada representaram. Aplicar nas taxas de juros não cria, muito menos gera e recupera empregos.
sexta-feira, 23 de janeiro de 2009
O império das circunstâncias (Carlos Chagas)
BRASÍLIA – Não se discute a oportunidade, a qualidade e a competência de José Sarney para presidir o Senado. Melhor alternativa inexiste para o Congresso. E para o presidente Lula, também.
No entanto... No entanto, com todo o respeito, o ex-presidente iludiu a opinião pública e seus colegas. Porque mil vezes declarou não ser candidato, não admitir a hipótese de voltar à cadeira antes ocupada, manifestando o desejo de empenhar-se prioritariamente a escrever livros. Ao próprio Lula foram três negativas antes que o galo cantasse. Pois agora cantou, anunciando sua volta ao terreiro.
É claro que em política tudo muda, valendo o império das circunstâncias e prevalecendo o fato novo e o fato consumado. Mesmo assim, fica difícil conciliar a recusa com a aceitação. Ainda mais quando o senador sustentava que não disputaria o cargo. Vai disputar, pelo menos se Tião Viana cumprir a promessa de bater chapa. Adiantará muito pouco, já que PMDB, com uma exceção, PSDB, DEM, PTB e outros partidos fecham com Sarney, dispondo de 58 votos em 81, e caminhando para ampliar esse número.
Discute-se, agora, o efeito da decisão tornada pública esta semana nas eleições para a presidência da Câmara. Porque Michel Temer tinha sua escolha garantida com base na reciprocidade. O PMDB dirigiria os deputados e o PT, os senadores. A bancada peemedebista no Senado estrilou, por ser majoritária, e o acordo com os companheiros foi para o espaço. Deverão os deputados do PT votar no presidente do PMDB, sabendo da rasteira passada em seus senadores? Fica difícil supor Michel Temer derrotado, afinal ele já dispunha de mais de 400 votos, entre 513. Seria bom, porém, que ele tomasse cuidado e refizesse as contas.
A candidatura de José Sarney cria outro problema. Mesmo parecendo fórmula ideal para o palácio do Planalto, deixa o presidente Lula em dificuldades frente a seu próprio partido. Ou já não havia manifestado apoio a Tião Viana? Cruzará os braços? Trabalhará contra Sarney, ao menos retoricamente?
A concluir está o fato de que afirmações políticas podem não valer, em Brasília. Alguém sempre perguntará se a moda pegar e o próprio Lula, depois de centenas de rejeições sobre a hipótese do terceiro mandato, ceder também ao império das circunstâncias?
Orgasmos infinitos
Está longe de encerrar-se o festival Barack Obama. Deverá durar meses, preenchendo o vazio das telinhas e de incontáveis páginas de jornal. Nada mais natural, o homem chega à presidência dos Estados Unidos com centenas de bons propósitos e de planos para enfrentar problemas diversos.
O que parece meio ridículo é a forma de como se tem comportado apresentadores, repórteres e comentaristas da televisão, nos variados telejornais e canais. Dão a impressão de estar em transe, em orgasmos infinitos, sorrindo mais do que o novo presidente e dona Michelle. Elogios sem fim, caras e bocas plenas de felicidade e exaltação, próprias para os dois milhões que nas ruas de Washington assistiram à posse, terça-feira, mas exageradas para quem, diante das câmeras, precisaria demonstrar sobriedade.
Seria espontânea essa representação? Quem sabe ditada pelos mandachuvas das emissoras? Pelos anunciantes? Pelas pesquisas? Tanto faz, mas a verdade é que a generalização desses excessos começam a incomodar o telespectador.
Silêncio governamental
As demissões continuam especialmente na indústria. Voz isolada na Esplanada dos Ministérios, Carlos Lupi, do Trabalho, insiste em que deveriam conter-se as empresas, em especial aquelas beneficiadas com créditos e ajuda direta e indireta do governo. Pelo jeito, não bastam os apelos do ministro do Trabalho.
Onde se encontram, porém, os demais ministros e o próprio presidente da República? Talvez preparando medidas de combate à crise econômica, mas seria bom que se manifestassem. Calados, dão à impressão no mínimo de impotência diante do horror. Quem sabe até de concordância. Onde está, por exemplo, Dilma Rousseff, candidata óbvia à sucessão de 2010? Mais do que os outros, começa a ser cobrada.
A debandada
Quantos ministros são potenciais candidatos aos governos estaduais? Hélio Costa, das Comunicações, em Minas. Patrus Ananias, da Integração Social, também. Geddel Vieira Lima, da Integração Nacional, na Bahia. Armando Nascimento, dos Transportes, no Amazonas. Tarso Genro, da Justiça, no Rio Grande do Sul, da mesma forma como Nelson Jobim, da Defesa. Edison Lobão, das Minas e Energia, no Maranhão. Fernando Haddad, da Educação, em São Paulo. Carlos Lupi, do Trabalho, no Rio. Henrique Meirelles, do Banco Central, em Goiás. Paulo Bernardo, do Planejamento, no Paraná. E outros.
O último dia de março do ano que vem será o limite para os ministros-candidatos se desincompatibilizarem. Sem falar na ministra Dilma, da Casa Civil, se sua candidatura presidencial decolar.
A pergunta que se faz é se o presidente Lula aguardará o prazo fatal ou irá antecipando as substituições para este ano. Afinal, 2010 será crucial para a imagem de seu governo, dificilmente podendo ser tocado por ministros-tampões, secretários-gerais ou tecnocratas. Há quem preveja para o segundo semestre uma recomposição ministerial ampla, mas um problema se coloca: não será na política, muito menos no Congresso, que o presidente encontrará substitutos, pelo mesmo motivo das eleições gerais. Um ministério técnico teria pouco charme.
No entanto... No entanto, com todo o respeito, o ex-presidente iludiu a opinião pública e seus colegas. Porque mil vezes declarou não ser candidato, não admitir a hipótese de voltar à cadeira antes ocupada, manifestando o desejo de empenhar-se prioritariamente a escrever livros. Ao próprio Lula foram três negativas antes que o galo cantasse. Pois agora cantou, anunciando sua volta ao terreiro.
É claro que em política tudo muda, valendo o império das circunstâncias e prevalecendo o fato novo e o fato consumado. Mesmo assim, fica difícil conciliar a recusa com a aceitação. Ainda mais quando o senador sustentava que não disputaria o cargo. Vai disputar, pelo menos se Tião Viana cumprir a promessa de bater chapa. Adiantará muito pouco, já que PMDB, com uma exceção, PSDB, DEM, PTB e outros partidos fecham com Sarney, dispondo de 58 votos em 81, e caminhando para ampliar esse número.
Discute-se, agora, o efeito da decisão tornada pública esta semana nas eleições para a presidência da Câmara. Porque Michel Temer tinha sua escolha garantida com base na reciprocidade. O PMDB dirigiria os deputados e o PT, os senadores. A bancada peemedebista no Senado estrilou, por ser majoritária, e o acordo com os companheiros foi para o espaço. Deverão os deputados do PT votar no presidente do PMDB, sabendo da rasteira passada em seus senadores? Fica difícil supor Michel Temer derrotado, afinal ele já dispunha de mais de 400 votos, entre 513. Seria bom, porém, que ele tomasse cuidado e refizesse as contas.
A candidatura de José Sarney cria outro problema. Mesmo parecendo fórmula ideal para o palácio do Planalto, deixa o presidente Lula em dificuldades frente a seu próprio partido. Ou já não havia manifestado apoio a Tião Viana? Cruzará os braços? Trabalhará contra Sarney, ao menos retoricamente?
A concluir está o fato de que afirmações políticas podem não valer, em Brasília. Alguém sempre perguntará se a moda pegar e o próprio Lula, depois de centenas de rejeições sobre a hipótese do terceiro mandato, ceder também ao império das circunstâncias?
Orgasmos infinitos
Está longe de encerrar-se o festival Barack Obama. Deverá durar meses, preenchendo o vazio das telinhas e de incontáveis páginas de jornal. Nada mais natural, o homem chega à presidência dos Estados Unidos com centenas de bons propósitos e de planos para enfrentar problemas diversos.
O que parece meio ridículo é a forma de como se tem comportado apresentadores, repórteres e comentaristas da televisão, nos variados telejornais e canais. Dão a impressão de estar em transe, em orgasmos infinitos, sorrindo mais do que o novo presidente e dona Michelle. Elogios sem fim, caras e bocas plenas de felicidade e exaltação, próprias para os dois milhões que nas ruas de Washington assistiram à posse, terça-feira, mas exageradas para quem, diante das câmeras, precisaria demonstrar sobriedade.
Seria espontânea essa representação? Quem sabe ditada pelos mandachuvas das emissoras? Pelos anunciantes? Pelas pesquisas? Tanto faz, mas a verdade é que a generalização desses excessos começam a incomodar o telespectador.
Silêncio governamental
As demissões continuam especialmente na indústria. Voz isolada na Esplanada dos Ministérios, Carlos Lupi, do Trabalho, insiste em que deveriam conter-se as empresas, em especial aquelas beneficiadas com créditos e ajuda direta e indireta do governo. Pelo jeito, não bastam os apelos do ministro do Trabalho.
Onde se encontram, porém, os demais ministros e o próprio presidente da República? Talvez preparando medidas de combate à crise econômica, mas seria bom que se manifestassem. Calados, dão à impressão no mínimo de impotência diante do horror. Quem sabe até de concordância. Onde está, por exemplo, Dilma Rousseff, candidata óbvia à sucessão de 2010? Mais do que os outros, começa a ser cobrada.
A debandada
Quantos ministros são potenciais candidatos aos governos estaduais? Hélio Costa, das Comunicações, em Minas. Patrus Ananias, da Integração Social, também. Geddel Vieira Lima, da Integração Nacional, na Bahia. Armando Nascimento, dos Transportes, no Amazonas. Tarso Genro, da Justiça, no Rio Grande do Sul, da mesma forma como Nelson Jobim, da Defesa. Edison Lobão, das Minas e Energia, no Maranhão. Fernando Haddad, da Educação, em São Paulo. Carlos Lupi, do Trabalho, no Rio. Henrique Meirelles, do Banco Central, em Goiás. Paulo Bernardo, do Planejamento, no Paraná. E outros.
O último dia de março do ano que vem será o limite para os ministros-candidatos se desincompatibilizarem. Sem falar na ministra Dilma, da Casa Civil, se sua candidatura presidencial decolar.
A pergunta que se faz é se o presidente Lula aguardará o prazo fatal ou irá antecipando as substituições para este ano. Afinal, 2010 será crucial para a imagem de seu governo, dificilmente podendo ser tocado por ministros-tampões, secretários-gerais ou tecnocratas. Há quem preveja para o segundo semestre uma recomposição ministerial ampla, mas um problema se coloca: não será na política, muito menos no Congresso, que o presidente encontrará substitutos, pelo mesmo motivo das eleições gerais. Um ministério técnico teria pouco charme.
terça-feira, 20 de janeiro de 2009
Zeca: pacto para disputar, mas sem abrir mão do Senado
Segunda-feira, dia 19 de Janeiro de 2009 às 17:10hs
Midiamax
Sobrinho do ex-governador Zeca do PT, o deputado federal Vander Loubet (PT) revelou ao Midiamax o que ele chama de “pacto interno” que será apresentado às correntes da legenda visando às eleições de 2010. Como se sabe, o ex-governador quer disputar o comando do Executivo nas eleições do ano que vem, mas tal intenção precisa primeiro ser referendada pelo PT, daí o pacto.
Conforme Vander as reuniões para consolidar o nome de Zeca ao governo já começaram. Os quatro os pontos do “pacto interno” que estão sendo apresentados aos militantes são:
• Fazer do ex-governador Zeca do PT candidato único a presidente regional do partido no PED (Processo de Eleições Diretas) marcado para novembro deste ano
• Elegendo Zeca presidente do partido, os militantes iniciam o próximo passo que é trabalhar pela candidatura do petista ao governo do Estado nas eleições de 2010
• Garantia da candidatura do senador Delcídio do Amaral à reeleição ao Senado
• Garantia da candidatura do ex-governador Zeca do PT ao Senado em caso de determinação da cúpula nacional da legenda para que os petistas de Mato Grosso do Sul apóiem o PMDB ao invés de lançar candidatura própria ao governo do Estado
Se o partido acatar o pacto da forma como está sendo proposto, o ex-governador Zeca do PT terá duas possibilidades de candidatura em 2010. A primeira opção é o governo do Estado, mas se o cenário nacional não ajudar poderá concorrer ao Senado, projeto que adiou em 2006 por não poder se desincompatibilizar do governo e deixar dívidas para trás.
Vander explica que o grupo de Zeca não quer pactuar agora que o PT só terá um candidato a senador e correr o risco de mais tarde, em razão de definições nacionais, o ex-governador ficar sem um projeto político.
“Não podemos fechar agora que o PT vai ter um único candidato ao Senado, porque se lá na frente o Zeca pode precisar disputar o cargo, aí lançaremos os dois”, comentou.
Na avaliação de Vander, o fato do PT lançar duas candidaturas não dificulta a eleição dos dois nomes, já que estarão abertas duas vagas. Entretanto, para analistas, o eleitorado tende a escolher um nome de cada grupo político. Vander discorda.
“Não é verdade, tradicionalmente, no Estado, o eleitorado tende a escolher os dois do mesmo grupo, como já aconteceu aqui várias vezes”, cita sem relatar nenhum caso específico.
Porém, Vander salienta que a candidatura ao Senado não é definitiva em caso de aliança entre PT e PMDB no Estado. “O que queremos é que Zeca tenha direito de escolher se disputa ou não o cargo. Ele pode não querer e continuar apenas presidente do partido”, afirmou.
Presidência do PT
O deputado explica que para ser candidato a governador é imprescindível que Zeca seja presidente do PT. “O Zeca não tem mandato. Fazer dele presidente do PT seria a primeira demonstração das forças internas de que querem candidatura do ex-governador em 2010”, comentou.
Vander esclarece não ter nada contra o deputado estadual Amarildo Cruz, atual presidente do PT, que quer se reeleger ao cargo no PED 2009. “Em 2010, Amarildo estará preocupado com a reeleição dele a deputado estadual o que é natural. Ela vai estar articulando as bases nos municípios, ou seja, não estará focado na eleição ao governo do Estado”, comentou.
Outro argumento é que uma vez eleito presidente do PT, Zeca estaria legitimado a buscar alianças para disputar o governo. “Ele vai dialogar com PR, PDT, PTB e assim por diante”, mencionou.
Vander argumenta ainda que o PT não pode, faltando mais de um ano para as eleições, dizer que não terá candidato próprio ao governo do Estado e que quer fazer aliança com o PMDB.
“Isso enfraqueceria o partido. Neste momento, nós temos sim que consolidar a idéia da candidatura própria”, defende, citando ainda considerar um “suicídio político” discutir alianças neste momento.
Conforme Vander além do grupo mais próximo a Zeca composto por ele, pelo deputado estadual Paulo Duarte, outro grupo que já sinalizou favorável ao acordo em torno de Zeca é a Articulação de Esquerda, chefiada pelo deputado estadual Pedro Kemp.
“Até o Carnaval, já teremos conversado com todas as correntes do partido, até mesmo com o senador Delcídio”, planeja.
O deputado Vander deixou Campo Grande nesta manhã rumo a São Paulo onde se reúne com a bancada federal do PT para discutir as eleições na Câmara. Os petistas que estão apoiando o deputado federal Michel Temer (PMDB-SP) para a presidência da Casa terão dois cargos na Mesa Diretora, a primeira vice-presidência e a terceira-secretaria.
Midiamax
Sobrinho do ex-governador Zeca do PT, o deputado federal Vander Loubet (PT) revelou ao Midiamax o que ele chama de “pacto interno” que será apresentado às correntes da legenda visando às eleições de 2010. Como se sabe, o ex-governador quer disputar o comando do Executivo nas eleições do ano que vem, mas tal intenção precisa primeiro ser referendada pelo PT, daí o pacto.
Conforme Vander as reuniões para consolidar o nome de Zeca ao governo já começaram. Os quatro os pontos do “pacto interno” que estão sendo apresentados aos militantes são:
• Fazer do ex-governador Zeca do PT candidato único a presidente regional do partido no PED (Processo de Eleições Diretas) marcado para novembro deste ano
• Elegendo Zeca presidente do partido, os militantes iniciam o próximo passo que é trabalhar pela candidatura do petista ao governo do Estado nas eleições de 2010
• Garantia da candidatura do senador Delcídio do Amaral à reeleição ao Senado
• Garantia da candidatura do ex-governador Zeca do PT ao Senado em caso de determinação da cúpula nacional da legenda para que os petistas de Mato Grosso do Sul apóiem o PMDB ao invés de lançar candidatura própria ao governo do Estado
Se o partido acatar o pacto da forma como está sendo proposto, o ex-governador Zeca do PT terá duas possibilidades de candidatura em 2010. A primeira opção é o governo do Estado, mas se o cenário nacional não ajudar poderá concorrer ao Senado, projeto que adiou em 2006 por não poder se desincompatibilizar do governo e deixar dívidas para trás.
Vander explica que o grupo de Zeca não quer pactuar agora que o PT só terá um candidato a senador e correr o risco de mais tarde, em razão de definições nacionais, o ex-governador ficar sem um projeto político.
“Não podemos fechar agora que o PT vai ter um único candidato ao Senado, porque se lá na frente o Zeca pode precisar disputar o cargo, aí lançaremos os dois”, comentou.
Na avaliação de Vander, o fato do PT lançar duas candidaturas não dificulta a eleição dos dois nomes, já que estarão abertas duas vagas. Entretanto, para analistas, o eleitorado tende a escolher um nome de cada grupo político. Vander discorda.
“Não é verdade, tradicionalmente, no Estado, o eleitorado tende a escolher os dois do mesmo grupo, como já aconteceu aqui várias vezes”, cita sem relatar nenhum caso específico.
Porém, Vander salienta que a candidatura ao Senado não é definitiva em caso de aliança entre PT e PMDB no Estado. “O que queremos é que Zeca tenha direito de escolher se disputa ou não o cargo. Ele pode não querer e continuar apenas presidente do partido”, afirmou.
Presidência do PT
O deputado explica que para ser candidato a governador é imprescindível que Zeca seja presidente do PT. “O Zeca não tem mandato. Fazer dele presidente do PT seria a primeira demonstração das forças internas de que querem candidatura do ex-governador em 2010”, comentou.
Vander esclarece não ter nada contra o deputado estadual Amarildo Cruz, atual presidente do PT, que quer se reeleger ao cargo no PED 2009. “Em 2010, Amarildo estará preocupado com a reeleição dele a deputado estadual o que é natural. Ela vai estar articulando as bases nos municípios, ou seja, não estará focado na eleição ao governo do Estado”, comentou.
Outro argumento é que uma vez eleito presidente do PT, Zeca estaria legitimado a buscar alianças para disputar o governo. “Ele vai dialogar com PR, PDT, PTB e assim por diante”, mencionou.
Vander argumenta ainda que o PT não pode, faltando mais de um ano para as eleições, dizer que não terá candidato próprio ao governo do Estado e que quer fazer aliança com o PMDB.
“Isso enfraqueceria o partido. Neste momento, nós temos sim que consolidar a idéia da candidatura própria”, defende, citando ainda considerar um “suicídio político” discutir alianças neste momento.
Conforme Vander além do grupo mais próximo a Zeca composto por ele, pelo deputado estadual Paulo Duarte, outro grupo que já sinalizou favorável ao acordo em torno de Zeca é a Articulação de Esquerda, chefiada pelo deputado estadual Pedro Kemp.
“Até o Carnaval, já teremos conversado com todas as correntes do partido, até mesmo com o senador Delcídio”, planeja.
O deputado Vander deixou Campo Grande nesta manhã rumo a São Paulo onde se reúne com a bancada federal do PT para discutir as eleições na Câmara. Os petistas que estão apoiando o deputado federal Michel Temer (PMDB-SP) para a presidência da Casa terão dois cargos na Mesa Diretora, a primeira vice-presidência e a terceira-secretaria.
segunda-feira, 12 de janeiro de 2009
Senador Delcídio Amaral garante R$ 3 milhões no Ministério dos Esportes para Mato Grosso do Sul
Segunda, 12 de Janeiro de 2009 - 14:45 hs
O senador Delcídio do Amaral (PT-MS) garantiu no Ministério dos Esportes R$ 3 milhões para a cobertura de quadras em trinta escolas municipais e estaduais de 27 cidades sul-mato-grossenses.
"Uma das mais freqüentes reivindicações que recebo é justamente a cobertura da quadra da escola. Com a quadra coberta, os alunos ficam mais protegidos e a cidade ganha um novo espaço para a realização dos mais diferentes eventos, principalmente nos finais de semana", destacou o senador.
O ministro dos Esportes, Orlando Silva, foi quem confirmou o empenho de R$ 3 milhões para atender os 27 municípios. De acordo com o parlamentar, 24 cidades vão receber uma cobertura de quadra e em outras 3 – Campo Grande, Corumbá e Ladário –, o benefício atingirá 2 escolas.
"Como é uma obra relativamente barata – R$ 100 mil em média –, foi possível atender várias cidades", enfatizou.
Segundo Delcídio, Campo Grande recebeu um número maior de coberturas por causa do tamanho da rede escolar. Corumbá e Ladário também, mas em função do sol e do calor que, em determinadas partes do dia, chegam a impedir as aulas de educação física.
A verba para a execução das obras vai ser repassado pelo Ministério dos esportes direto às prefeituras ou ao governo do Estado.
Fonte: campograndenews
O senador Delcídio do Amaral (PT-MS) garantiu no Ministério dos Esportes R$ 3 milhões para a cobertura de quadras em trinta escolas municipais e estaduais de 27 cidades sul-mato-grossenses.
"Uma das mais freqüentes reivindicações que recebo é justamente a cobertura da quadra da escola. Com a quadra coberta, os alunos ficam mais protegidos e a cidade ganha um novo espaço para a realização dos mais diferentes eventos, principalmente nos finais de semana", destacou o senador.
O ministro dos Esportes, Orlando Silva, foi quem confirmou o empenho de R$ 3 milhões para atender os 27 municípios. De acordo com o parlamentar, 24 cidades vão receber uma cobertura de quadra e em outras 3 – Campo Grande, Corumbá e Ladário –, o benefício atingirá 2 escolas.
"Como é uma obra relativamente barata – R$ 100 mil em média –, foi possível atender várias cidades", enfatizou.
Segundo Delcídio, Campo Grande recebeu um número maior de coberturas por causa do tamanho da rede escolar. Corumbá e Ladário também, mas em função do sol e do calor que, em determinadas partes do dia, chegam a impedir as aulas de educação física.
A verba para a execução das obras vai ser repassado pelo Ministério dos esportes direto às prefeituras ou ao governo do Estado.
Fonte: campograndenews
quinta-feira, 8 de janeiro de 2009
Temer quer se distanciar da briga pelo comando do Senado (Tribuna da Imprensa)
BRASÍLIA - O presidente nacional do PMDB, deputado Michel Temer (SP), comunicou ontem ao Palácio do Planalto que não participará do jantar que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva quer oferecer à cúpula do partido no início da semana que vem, para tratar da sucessão no Senado. Sua ausência tem objetivo duplo. De um lado, Temer tenta descolar sua candidatura à presidência da Câmara, com apoio dos petistas, da briga entre o PMDB e o PT do senador Tião Viana (AC), pelo comando do Senado De outro, procura mostrar ao Planalto que a sucessão na Câmara é uma questão do partido e, no Senado, um problema do governo.
Antes de viajar de férias com dona Maria Letícia na virada de 2009, o presidente Lula avisou ao líder do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), que chamaria o partido para esclarecer de vez o quadro no Senado e obter uma palavra definitiva do senador José Sarney (PMDB-AP) sobre seu eventual retorno ao comando do Congresso. Temer decidiu se antecipar ao convite oficial, para não melindrar o presidente. Em vez de recusar o chamado de Lula, preferiu agir preventivamente, procurando o ministro de Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, para evitar que seu nome entre na lista de convidados.
Na conversa com o ministro, o presidente do PMDB ponderou da inconveniência de "misturar" a briga dos senadores com a sucessão "pacífica" da Câmara, onde PMDB e PT estão unidos e sua candidatura conta com o apoio de outros dez partidos da base aliada e da oposição. Lembrou, mais uma vez, que a cadeira de presidente do Senado não fez parte do acordo entre deputados petistas e peemedebistas, no qual Temer foi escolhido para suceder o atual presidente Arlindo Chinaglia (SP).
Temer não está disposto a se sentar à mesa de negociação com o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), que não só trabalha abertamente para que o PMDB continue na presidência do Senado, como não esconde de ninguém que Tião Viana jamais terá seu voto. Mais do que julgar sua presença inconveniente, do ponto de vista político, ele ponderou que seria um desgaste inútil, uma vez que o PMDB da Câmara não tem interesse nem força política suficiente para interferir nos assuntos do Senado.
Também não convém ao líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), participar da conversa. É que o deputado é primo e correligionário do atual presidente do Senado, Garibaldi Alves (RN), que insiste em manter sua candidatura contra o PT, apesar das dúvidas jurídicas quanto à legalidade desta iniciativa, uma vez que o texto constitucional proíbe a reeleição.
Como o PT e o Planalto não acreditam que Garibaldi consiga levar sua candidatura ao plenário, a cúpula do PMDB na Câmara entende que só a bancada do Senado poderá dar ao presidente Lula as respostas que ele reclama. Um interlocutor do presidente que acompanha a sucessão no Congresso lembra que, na última conversa que teve com Sarney sobre o assunto, o senador garantiu a Lula que não seria candidato em hipótese alguma. A despeito da negativa, porém, os peemedebistas seguem sustentando que ele é "candidatíssimo", o que tem irritado o presidente.
O interlocutor presidencial acredita que Lula cobrará uma definição, com o argumento de que ficará muito tranquilo se Sarney assumir o desejo de presidir o Senado. Caso contrário, insistirá em um entendimento em torno de Tião Viana.
Imprimir Indique para um amigo Garibaldi diz ter apoio de Sarney para re-eleição no Senado
Antes de viajar de férias com dona Maria Letícia na virada de 2009, o presidente Lula avisou ao líder do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), que chamaria o partido para esclarecer de vez o quadro no Senado e obter uma palavra definitiva do senador José Sarney (PMDB-AP) sobre seu eventual retorno ao comando do Congresso. Temer decidiu se antecipar ao convite oficial, para não melindrar o presidente. Em vez de recusar o chamado de Lula, preferiu agir preventivamente, procurando o ministro de Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, para evitar que seu nome entre na lista de convidados.
Na conversa com o ministro, o presidente do PMDB ponderou da inconveniência de "misturar" a briga dos senadores com a sucessão "pacífica" da Câmara, onde PMDB e PT estão unidos e sua candidatura conta com o apoio de outros dez partidos da base aliada e da oposição. Lembrou, mais uma vez, que a cadeira de presidente do Senado não fez parte do acordo entre deputados petistas e peemedebistas, no qual Temer foi escolhido para suceder o atual presidente Arlindo Chinaglia (SP).
Temer não está disposto a se sentar à mesa de negociação com o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), que não só trabalha abertamente para que o PMDB continue na presidência do Senado, como não esconde de ninguém que Tião Viana jamais terá seu voto. Mais do que julgar sua presença inconveniente, do ponto de vista político, ele ponderou que seria um desgaste inútil, uma vez que o PMDB da Câmara não tem interesse nem força política suficiente para interferir nos assuntos do Senado.
Também não convém ao líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), participar da conversa. É que o deputado é primo e correligionário do atual presidente do Senado, Garibaldi Alves (RN), que insiste em manter sua candidatura contra o PT, apesar das dúvidas jurídicas quanto à legalidade desta iniciativa, uma vez que o texto constitucional proíbe a reeleição.
Como o PT e o Planalto não acreditam que Garibaldi consiga levar sua candidatura ao plenário, a cúpula do PMDB na Câmara entende que só a bancada do Senado poderá dar ao presidente Lula as respostas que ele reclama. Um interlocutor do presidente que acompanha a sucessão no Congresso lembra que, na última conversa que teve com Sarney sobre o assunto, o senador garantiu a Lula que não seria candidato em hipótese alguma. A despeito da negativa, porém, os peemedebistas seguem sustentando que ele é "candidatíssimo", o que tem irritado o presidente.
O interlocutor presidencial acredita que Lula cobrará uma definição, com o argumento de que ficará muito tranquilo se Sarney assumir o desejo de presidir o Senado. Caso contrário, insistirá em um entendimento em torno de Tião Viana.
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terça-feira, 6 de janeiro de 2009
PDT deve abandonar candidatura de Aldo e fechar com Temer (Tribuna da Imprensa)
BRASÍLIA - Com a benção do Palácio do Planalto e a ajuda do ministro do Trabalho, Carlos Lupi (PDT), está praticamente fechado o apoio do PDT à candidatura do presidente nacional do PMDB, deputado Michel Temer (SP), à presidência da Câmara. Ontem, Temer procurou o líder do PDT na Câmara, Mário Heringer (MG), e convidou os pedetistas a participar do "blocão" de 12 partidos que o PMDB quer formalizar até 1º de fevereiro. O objetivo é facilitar a divisão dos postos de poder e liquidar a eleição no primeiro turno.
A adesão do PDT é contabilizada como vitória dupla da campanha de Temer. Além da perspectiva de ganhar os 25 votos da bancada pedetista, o PMDB trabalha para enfraquecer a candidatura de Aldo Rebelo (PCdoB-SP), desmontando o chamado bloquinho, formado pelo PC do B, o PSB e o PDT. De olho na sucessão de 2010, foi Lupi - presidente licenciado do PDT - quem determinou a Heringer que se entenda com o PMDB em nome do projeto do governo Lula de eleger seu sucessor. "Hoje a maioria do partido apoia o Temer", afirma Heringer, que até 31 de dezembro liderava o bloquinho.
"O importante é que Michel Temer está consolidado como candidato da instituição, e não apenas do PMDB ou do PT", comemora o líder peemedebista na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), convencido de que o blocão dá mais segurança "aritimética" à candidatura do partido. Nas contas do líder, a articulação pode garantir 420 votos a Temer já no primeiro turno. Afinal, estão fechados em favor do blocão o PSDB, DEM, PPS, PR, PTB, PSC, PV, PHS, PTC (além do PMDB, PT e, agora, o PDT).
Para assegurar o apoio dos 12 partidos e formar o bloco, que será dissolvido logo após a eleição, o PMDB antecipou a composição da Mesa Diretora. Um dirigente peemedebistas explica que a prioridade na negociação foi compor com os tucanos, para evitar que o PSDB criasse outro bloco para disputar o comando da Câmara e isolasse o PT e o PMDB.
Pelo acordo, caberá ao PSDB a primeira secretaria, muito cobiçada por ser uma espécie de prefeitura da Câmara. A primeira vice-presidência e a terceira secretaria deverão ficar com o PT do atual presidente Arlindo Chinaglia (SP), cabendo a segunda vice ao DEM. O PR, que chegou a lançar a candidatura do deputado Milton Monti (SP) e depois desistiu da disputa, caberá a segunda secretaria. O PTB fica com a quarta secretaria e o PDT com a primeira suplência.
Mesmo em uma segunda-feira de recesso, Aldo Rebelo e Michel Temer passaram o dia em seus gabinetes fazendo articulações. Para Aldo, a presença de Temer em Brasília é uma demonstração de que está preocupado com os votos. O deputado acredita que, apesar do assédio de Temer, o PDT continuará firme apoiando sua candidatura.
A adesão do PDT é contabilizada como vitória dupla da campanha de Temer. Além da perspectiva de ganhar os 25 votos da bancada pedetista, o PMDB trabalha para enfraquecer a candidatura de Aldo Rebelo (PCdoB-SP), desmontando o chamado bloquinho, formado pelo PC do B, o PSB e o PDT. De olho na sucessão de 2010, foi Lupi - presidente licenciado do PDT - quem determinou a Heringer que se entenda com o PMDB em nome do projeto do governo Lula de eleger seu sucessor. "Hoje a maioria do partido apoia o Temer", afirma Heringer, que até 31 de dezembro liderava o bloquinho.
"O importante é que Michel Temer está consolidado como candidato da instituição, e não apenas do PMDB ou do PT", comemora o líder peemedebista na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), convencido de que o blocão dá mais segurança "aritimética" à candidatura do partido. Nas contas do líder, a articulação pode garantir 420 votos a Temer já no primeiro turno. Afinal, estão fechados em favor do blocão o PSDB, DEM, PPS, PR, PTB, PSC, PV, PHS, PTC (além do PMDB, PT e, agora, o PDT).
Para assegurar o apoio dos 12 partidos e formar o bloco, que será dissolvido logo após a eleição, o PMDB antecipou a composição da Mesa Diretora. Um dirigente peemedebistas explica que a prioridade na negociação foi compor com os tucanos, para evitar que o PSDB criasse outro bloco para disputar o comando da Câmara e isolasse o PT e o PMDB.
Pelo acordo, caberá ao PSDB a primeira secretaria, muito cobiçada por ser uma espécie de prefeitura da Câmara. A primeira vice-presidência e a terceira secretaria deverão ficar com o PT do atual presidente Arlindo Chinaglia (SP), cabendo a segunda vice ao DEM. O PR, que chegou a lançar a candidatura do deputado Milton Monti (SP) e depois desistiu da disputa, caberá a segunda secretaria. O PTB fica com a quarta secretaria e o PDT com a primeira suplência.
Mesmo em uma segunda-feira de recesso, Aldo Rebelo e Michel Temer passaram o dia em seus gabinetes fazendo articulações. Para Aldo, a presença de Temer em Brasília é uma demonstração de que está preocupado com os votos. O deputado acredita que, apesar do assédio de Temer, o PDT continuará firme apoiando sua candidatura.
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