terça-feira, 24 de fevereiro de 2009
Simon: ‘O PMDB se oferecerá a quem pagar mais’ (Blog do Josias)
Fotos: Folha
O senador Pedro Simon (RS) disse que o PMDB, seu partido, olha para a sucessão presidencial de 2010 com visão negocial.
A legenda oscila entre o apoio a Dilma Rousseff (PT) ou a adesão a José Serra (PSDB). Na opinião de Simon, vai optar por aquele que “pagar mais”.
"O PMDB está se oferecendo para ver quem paga mais e quem ganha mais", disse Simon à repórter Amália Goulart.
As declarações de Simon chegam nas pegadas da entrevista em que Jarbas Vasconcelos (PE) dissera que “boa parte do PMDB quer mesmo é corrupção”.
Curiosamente, a primeira reação de Simon deixara irritado o próprio Jarbas, seu amigo e, como ele, fundador do PMDB.
Simon afirmara que as perversões do PMDB não eram diferentes das práticas de outras legendas.
Agora, em sua nova manifestação, Simon repisou a tecla de que todos os partidos farejam vantagens. Mas, a exemplo do que fizera Jarbas, mirou o PMDB.
Simon criticou o deputado Michel Temer (SP), presidente da legenda. Disse que "o comando partidário não está à altura do partido".
Acha que, submetido aos interesses de sua caciquia, o PMDB rendeu-se à “política de quem paga mais”. Acrescentou: “Eles ficam esperando para ver quem paga mais".
De original em relação à fala de Jarbas, Simon pronunciou uma obviedade que seu companheiro de partido não realçara.
Disse que a fisiologia que marca a ação do PMDB não nasceu sob Lula. Deu-se coisa semelhante na gestão tucana de Fernando Henrique Cardoso.
"O PMDB fez de tudo para agradar o Fernando Henrique e conseguiu ‘carguinhos’. Agora faz a mesma coisa com Lula".
Simon disse que o declínio moral do PMDB começou em 1994, na sucessão do então presidente Itamar Franco.
O senador recordou que, naquela ocasião, o ex-governador Orestes Quércia (SP) assumira o comando do PMDB.
Segundo Simon, Quércia, hoje presidente do diretório do PMDB em São Paulo, medira forças com José Sarney, agora presidente do Senado, pelo comando da legenda.
“A política não era mais como na época do Ulysses [Guimarães]”, disse Simon. “Passou a ser uma política de quem paga mais”.
O que fazer? Simon acha que os atuais mandachuvas do partido deveriam bater em retirada: "O PMDB poderia fazer uma limpa".
"Isto que estamos passando é uma vergonha", lamuriou-se o senador. Acha que a limpeza que preconiza deveria vir de baixo para cima.
"Impossível não é”, ecredita Simon. “As bases pensam como nós". Na falta de uma pesquisa, é difícil saber o que pensam as bases do PMDB. Porém...
Porém, hoje parece mais provável o alijamento de personagens como Jarbas e Simon do que o processo de higienização do PMDB.
Escrito por Josias de Souza às 02h25
sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009
Deputados Estaduais do PMDB-MS ainda crêem em aliança com PT
Enquanto petistas repudiam aproximação com o PMDB e apostam na candidatura de Zeca do PT para enfrentar André Puccinelli (PMDB) em 2010, os deputados peemedebistas avaliam que caberá às instâncias nacionais dos dois partidos decidirem os rumos das siglas nos estados. Desta forma, a aliança com o PT, na visão deles, ainda não é ponto superado.
Dos oito deputados do partido, seis foram ouvidos pelo Midiamax sobre o assunto. "É possível", foi a expressão usada por cinco deles. A única voz destoante é a de Marquinhos Trad (PMDB) para quem a união entre os dois partidos é ruim para o Estado.
"Oposição é necessária na Democracia. Não, uma oposição esquizofrênica, mas aquela que faz elogios e críticas justas. Se você unir, PT, PSDB e PMDB, as próximas eleições serão um monólogo", opina.
Vale ressaltar que o PT já definiu em plenária do Diretório Regional que enfrentará o PMDB com candidatura própria em 2010 e anunciou tal decisão como irrevogável.
Ademais, as duas maiores lideranças dos dois partidos já deram início a um enfrentamento verbal. André promete surrar Zeca. O petista acusa o atual governador de fazer uma ‘gestão pífia'.
Mas, Youssif Domingos avalia que o cenário ainda pode mudar dependendo do resultado das eleições internas no PT, previstas para novembro deste ano. Zeca quer o controle do partido para levar a sigla a lançá-lo candidato a governador. O grupo do senador Delcídio do Amaral, silenciosamente, ensaia resistência às pretensões do ex-governador.
Youssif é favorável à aliança. Assim como Jerson Domingos, presidente da Assembléia, ele defende que seja dada uma vaga ao Senado na chapa majoritária de André Puccinelli ao PT.
"Não que esta aliança seja fácil, mas não é todo o PT que rejeita o PMDB. É apenas uma parte. Creio que o senador Delcídio do Amaral aceitaria ser nosso parceiro", sugere.
De fato, Delcídio confirmou em entrevista ao Midiamax que tem "trabalhado com o PMDB" no Estado.
Para Diogo Tita, a aliança ainda é possível se houver determinação nacional. Porém, avalia que o acordo entre os dois partidos no Estado é melhor para o PMDB do que para o PT.
"Se eles têm candidato para enfrentar o André, porque é que iam querem se unir a nós?", raciocina. "Mas é preciso aguardar as definições nacionais, mesmo porque o PMDB namora quem for preciso", completa argumentando que a legenda ainda não se definiu entre Dilma Rousseff, virtual presidenciável do PT, ou os tucanos.
Júnior Mochi observa que em política nada é definitivo. "Acho que as divergências históricas não são as mesmas hoje. É claro que haveria necessidade de se construir os alicerces políticos para tal aliança, mas acho que para 2010 ainda é possível alcançar este objetivo", diz.
"A decisão vem lá de cima. Se PT e PMDB fecharem nacionalmente, vamos ter que nos entender por aqui", opina o deputado Akira Otsubo.
Akira diz que não haveria qualquer constrangimento da sua parte em pedir votos para eleger Dilma Rousseff ou um senador do PT, por exemplo, caso o aliança vingue no Estado.
"A gente tem que focar no interesse maior. O PMDB quer reeleger André Puccinelli. O PT quer eleger o sucessor de Lula. A gente se ajudaria", sugere.
Mas, para os petistas, cooperação com o PMDB só se eles aceitassem o papel de coadjuvantes, ou seja, apoiassem o retorno do PT ao governo do Estado.
Na semana passada, o presidente regional do PT, deputado estadual Amarildo Cruz viajou a Brasília onde conversou com o presidente nacional da legenda Ricardo Berzoini sobre a situação política no Estado.
Amarildo retornou com a certeza de que o PT Nacional não imporá aliança com o PMDB nos estados, nem que seja em benefício de Dilma Rousseff.
Berzoini é esperado para um encontro no dia 22 de março em Campo Grande. A expectativa é de que ele traga palavras de estímulo à candidatura própria do PT em Mato Grosso do Sul.
Fonte: midiamax
Dos oito deputados do partido, seis foram ouvidos pelo Midiamax sobre o assunto. "É possível", foi a expressão usada por cinco deles. A única voz destoante é a de Marquinhos Trad (PMDB) para quem a união entre os dois partidos é ruim para o Estado.
"Oposição é necessária na Democracia. Não, uma oposição esquizofrênica, mas aquela que faz elogios e críticas justas. Se você unir, PT, PSDB e PMDB, as próximas eleições serão um monólogo", opina.
Vale ressaltar que o PT já definiu em plenária do Diretório Regional que enfrentará o PMDB com candidatura própria em 2010 e anunciou tal decisão como irrevogável.
Ademais, as duas maiores lideranças dos dois partidos já deram início a um enfrentamento verbal. André promete surrar Zeca. O petista acusa o atual governador de fazer uma ‘gestão pífia'.
Mas, Youssif Domingos avalia que o cenário ainda pode mudar dependendo do resultado das eleições internas no PT, previstas para novembro deste ano. Zeca quer o controle do partido para levar a sigla a lançá-lo candidato a governador. O grupo do senador Delcídio do Amaral, silenciosamente, ensaia resistência às pretensões do ex-governador.
Youssif é favorável à aliança. Assim como Jerson Domingos, presidente da Assembléia, ele defende que seja dada uma vaga ao Senado na chapa majoritária de André Puccinelli ao PT.
"Não que esta aliança seja fácil, mas não é todo o PT que rejeita o PMDB. É apenas uma parte. Creio que o senador Delcídio do Amaral aceitaria ser nosso parceiro", sugere.
De fato, Delcídio confirmou em entrevista ao Midiamax que tem "trabalhado com o PMDB" no Estado.
Para Diogo Tita, a aliança ainda é possível se houver determinação nacional. Porém, avalia que o acordo entre os dois partidos no Estado é melhor para o PMDB do que para o PT.
"Se eles têm candidato para enfrentar o André, porque é que iam querem se unir a nós?", raciocina. "Mas é preciso aguardar as definições nacionais, mesmo porque o PMDB namora quem for preciso", completa argumentando que a legenda ainda não se definiu entre Dilma Rousseff, virtual presidenciável do PT, ou os tucanos.
Júnior Mochi observa que em política nada é definitivo. "Acho que as divergências históricas não são as mesmas hoje. É claro que haveria necessidade de se construir os alicerces políticos para tal aliança, mas acho que para 2010 ainda é possível alcançar este objetivo", diz.
"A decisão vem lá de cima. Se PT e PMDB fecharem nacionalmente, vamos ter que nos entender por aqui", opina o deputado Akira Otsubo.
Akira diz que não haveria qualquer constrangimento da sua parte em pedir votos para eleger Dilma Rousseff ou um senador do PT, por exemplo, caso o aliança vingue no Estado.
"A gente tem que focar no interesse maior. O PMDB quer reeleger André Puccinelli. O PT quer eleger o sucessor de Lula. A gente se ajudaria", sugere.
Mas, para os petistas, cooperação com o PMDB só se eles aceitassem o papel de coadjuvantes, ou seja, apoiassem o retorno do PT ao governo do Estado.
Na semana passada, o presidente regional do PT, deputado estadual Amarildo Cruz viajou a Brasília onde conversou com o presidente nacional da legenda Ricardo Berzoini sobre a situação política no Estado.
Amarildo retornou com a certeza de que o PT Nacional não imporá aliança com o PMDB nos estados, nem que seja em benefício de Dilma Rousseff.
Berzoini é esperado para um encontro no dia 22 de março em Campo Grande. A expectativa é de que ele traga palavras de estímulo à candidatura própria do PT em Mato Grosso do Sul.
Fonte: midiamax
quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009
Ex-Prefeito de Aquidauana-MS, Felipe Orro, impede aporte de verba, incluída no orçamento pelo Deputado Waldir Neves
Felipe desmerece o partido de Brizola e a herança de Roberto
(Do site da FM PAN - Aquidauana - MS.
Terça-feira, 17 de Fevereiro de 2009 | 09:58Hs
Edson Paim
È de estarrecer o noticiário sobre a trapalhada do ex-prefeito Felipe Orro, cujo candidato a prefeito foi derrotado na última eleição e, mesmo longe da prefeitura, conseguiu impedir o aporte de verbas que atingem cerca de 550 mil reais e viriam do Ministério da Integração, destinadas à pavimentação de diversas ruas de Aquidauana.
Isto aconteceu porque, através de uma conduta mesquinha, o ex-prefeito se recusou a assinar a documentação exigida para liberar recursos para a cidade - valores referentes à sua gestão, encerrada em 31 de dezembro.
Esta conduta descredencia o ex-prefeito para pleitear uma cadeira de Deputado Estadual, nas eleições de 2010, pois Aquidauana não precisa de um representante que foi capaz de impedir a vinda de recursos conquistados, a duras penas, através de emendas do deputado federal Waldir Neves, aprovadas no ano passado, tendo em vista sua recusa de assinar a documentação exigida para a respectiva liberação.
Desolado, o deputado Waldir Neves, autor das emendas, lamenta que isso interfira na realização de obras tão importantes para Aquidauana e acrescenta:. "Passamos um ano inteiro batalhando para conquistar estes recursos e o rancor do ex-prefeito joga por terra todo este trabalho. Perde o povo de Aquidauna, infelizmente", afirmou Neves.
Por outro lado, sua infeliz conduta caracteriza uma prática de caráter “fisiológico” que o incompatibiliz, definitivamente, para continuar sendo “dono” do PDT, a sigla brizolista que ele desmerece, assim como é incapaz de justificar a herança política de Roberto Orro, bravo companheiro de luta, nos tempos gloriosos do MDB, em prol da redemocratização do país.
(Do site da FM PAN - Aquidauana - MS.
Terça-feira, 17 de Fevereiro de 2009 | 09:58Hs
Edson Paim
È de estarrecer o noticiário sobre a trapalhada do ex-prefeito Felipe Orro, cujo candidato a prefeito foi derrotado na última eleição e, mesmo longe da prefeitura, conseguiu impedir o aporte de verbas que atingem cerca de 550 mil reais e viriam do Ministério da Integração, destinadas à pavimentação de diversas ruas de Aquidauana.
Isto aconteceu porque, através de uma conduta mesquinha, o ex-prefeito se recusou a assinar a documentação exigida para liberar recursos para a cidade - valores referentes à sua gestão, encerrada em 31 de dezembro.
Esta conduta descredencia o ex-prefeito para pleitear uma cadeira de Deputado Estadual, nas eleições de 2010, pois Aquidauana não precisa de um representante que foi capaz de impedir a vinda de recursos conquistados, a duras penas, através de emendas do deputado federal Waldir Neves, aprovadas no ano passado, tendo em vista sua recusa de assinar a documentação exigida para a respectiva liberação.
Desolado, o deputado Waldir Neves, autor das emendas, lamenta que isso interfira na realização de obras tão importantes para Aquidauana e acrescenta:. "Passamos um ano inteiro batalhando para conquistar estes recursos e o rancor do ex-prefeito joga por terra todo este trabalho. Perde o povo de Aquidauna, infelizmente", afirmou Neves.
Por outro lado, sua infeliz conduta caracteriza uma prática de caráter “fisiológico” que o incompatibiliz, definitivamente, para continuar sendo “dono” do PDT, a sigla brizolista que ele desmerece, assim como é incapaz de justificar a herança política de Roberto Orro, bravo companheiro de luta, nos tempos gloriosos do MDB, em prol da redemocratização do país.
terça-feira, 17 de fevereiro de 2009
Metade dos senadores do PMDB responde a processo no Supremo (Tribuna da Imprensa)
BRASÍLIA- Levantamento na base de dados do Supremo Tribunal Federal (STF) mostra que dez dos 19 colegas de Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) no Senado respondem a processo ou são investigados. No total, a bancada do PMDB contabiliza 13 inquéritos, quatro ações penais e cinco investigações. Em entrevista à 'Veja', Jarbas Vasconcelos afirmou que no PMDB "boa parte quer mesmo é corrupção".
Um dos casos mais adiantados no Supremo envolve o ex-líder do partido no Senado Valdir Raupp (PMDB-RO). Ele foi denunciado pelo Ministério Público por supostamente ter usado dinheiro obtido de empréstimo do Banco Mundial para finalidades distintas das previstas em contrato quando era governador do Estado. Até o momento, seis ministros votaram para que responda a ação penal no STF. Apenas um votou por arquivar a denúncia contra ele. Se aceita a denúncia, será a terceira ação penal que Raupp terá de responder no STF. O senador afirma estar tranquilo em relação ao julgamento, disse ser inocente e que aplicou corretamente os recursos.
O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), livrou-se recentemente do inquérito mais problemático que corria contra ele no STF graças à morosidade da Justiça. Jucá era investigado por supostamente se utilizar de fazendas inexistentes para obter empréstimo do Banco do Amazonas. O inquérito foi arquivado porque os crimes prescreveram. No STF, Jucá responde ainda a dois inquéritos. De acordo com o líder, os processos são de "cunho político-eleitoral" e fazem parte do jogo político e das disputas com adversários.
O líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), é alvo de inquérito em que o MP apura se ele teve despesas pessoais pagas por uma empreiteira e se apresentou notas fiscais falsas para comprovar a venda de bois. A denúncia o levou a renunciar à presidência do Senado, em 2007. O inquérito corre em segredo de Justiça. Por intermédio da assessoria de imprensa, Renan afirmou ter ele mesmo pedido ao procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, a abertura da investigação.
Outro que responde a processos no STF é Wellington Salgado (PMDB-MG), um dos mais engajados na eleição de José Sarney (PMDB-AP) à Presidência do Senado. Em dois inquéritos e duas petições, o senador é investigado porque teria sonegado impostos quando era diretor da Associação Salgado de Oliveira de Educação e Cultura (Asoec). Salgado não foi encontrado para comentar os casos, mas já disse em outras ocasiões que a dívida foi gerada pelo atraso em duas parcelas do Parcelamento Especial (Paes), programa de refinanciamento de dívidas tributárias.
Além dos quatro, ainda têm pendências com o STF os senadores Garibaldi Alves Filho (RN), Leomar Quintanilha (TO), Edison Lobão Filho (MA), Mão Santa (PI), Neuto de Conto e Gilvan Borges.
Um dos casos mais adiantados no Supremo envolve o ex-líder do partido no Senado Valdir Raupp (PMDB-RO). Ele foi denunciado pelo Ministério Público por supostamente ter usado dinheiro obtido de empréstimo do Banco Mundial para finalidades distintas das previstas em contrato quando era governador do Estado. Até o momento, seis ministros votaram para que responda a ação penal no STF. Apenas um votou por arquivar a denúncia contra ele. Se aceita a denúncia, será a terceira ação penal que Raupp terá de responder no STF. O senador afirma estar tranquilo em relação ao julgamento, disse ser inocente e que aplicou corretamente os recursos.
O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), livrou-se recentemente do inquérito mais problemático que corria contra ele no STF graças à morosidade da Justiça. Jucá era investigado por supostamente se utilizar de fazendas inexistentes para obter empréstimo do Banco do Amazonas. O inquérito foi arquivado porque os crimes prescreveram. No STF, Jucá responde ainda a dois inquéritos. De acordo com o líder, os processos são de "cunho político-eleitoral" e fazem parte do jogo político e das disputas com adversários.
O líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), é alvo de inquérito em que o MP apura se ele teve despesas pessoais pagas por uma empreiteira e se apresentou notas fiscais falsas para comprovar a venda de bois. A denúncia o levou a renunciar à presidência do Senado, em 2007. O inquérito corre em segredo de Justiça. Por intermédio da assessoria de imprensa, Renan afirmou ter ele mesmo pedido ao procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, a abertura da investigação.
Outro que responde a processos no STF é Wellington Salgado (PMDB-MG), um dos mais engajados na eleição de José Sarney (PMDB-AP) à Presidência do Senado. Em dois inquéritos e duas petições, o senador é investigado porque teria sonegado impostos quando era diretor da Associação Salgado de Oliveira de Educação e Cultura (Asoec). Salgado não foi encontrado para comentar os casos, mas já disse em outras ocasiões que a dívida foi gerada pelo atraso em duas parcelas do Parcelamento Especial (Paes), programa de refinanciamento de dívidas tributárias.
Além dos quatro, ainda têm pendências com o STF os senadores Garibaldi Alves Filho (RN), Leomar Quintanilha (TO), Edison Lobão Filho (MA), Mão Santa (PI), Neuto de Conto e Gilvan Borges.
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009
PMDB decide hoje se pune Jarbas Vasconcelos
BRASÍLIA - A cúpula do PMDB vai se reunir hoje para avaliar se pune o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) pelas declarações que ele deu em entrevista à edição da revista "Veja" que está nas bancas. Uma das estrelas do partido, o também senador Pedro Simon (RS) concorda com tudo o que foi dito por Jarbas, mas faz uma ressalva: "Acontece o mesmo com os outros partidos, PT, PSDB, DEM, PPS e PTB".
A análise das declarações vai ser feita pelo presidente do partido, o deputado Michel Temer (SP), em reunião com os líderes. O deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) antecipou que defenderá a saída do senador do partido. "Ele generalizou. Ele não deve se sentir confortável em permanecer no PMDB depois das críticas que fez ao partido. Ele deve sair", disse Cunha.
O que disse Jarbas
Segundo o senador Jarbas Vasconcelos, o PMDB atual não passa de "uma confederação de líderes regionais, cada um com seu interesse, sendo que mais de 90% deles praticam o clientelismo, de olho principalmente nos cargos - para fazer negócios, ganhar comissões." E mais: "Alguns ainda buscam o prestígio político. Mas a maioria dos peemedebistas se especializou nessas coisas pelas quais os governos são denunciados: manipulação de licitações, contratações dirigidas, corrupção em geral."
De acordo com Jarbas, que já governou duas vezes o Estado de Pernambuco, a degradação do partido teria se acentuado de 1994 para cá, quando "resolveu adotar a estratégia pragmática de usufruir dos governos sem vencer a eleição. Daqui a dois anos, o PMDB será ocupante do Palácio do Planalto, com José Serra ou Dilma Rousseff. Não terá aquele gabinete presidencial pomposo no 3º andar, mas terá vários gabinetes ao lado".
Sobre a eleição do ex-presidente José Sarney, seu colega de partido, para a presidência do Senado, o senador pernambucano disparou: "É um completo retrocesso. A eleição de Sarney foi um processo tortuoso e constrangedor. Havia um candidato, Tião Viana, que, embora petista, estava comprometido em recuperar a imagem do Senado. De repente, Sarney apareceu como candidato, sem nenhum compromisso ético, sem nenhuma preocupação com o Senado, e se elegeu. A moralização e a renovação são incompatíveis com a figura do senador."
Para Jarbas, "Sarney vai transformar o Senado em um grande Maranhão". Nos anos da ditadura, Jarbas fez parte do núcleo dos autênticos do MDB - como eram chamados os parlamentares mais aguerridos e coerentes na luta contra o regime militar. Na abertura, sempre foi elogiado por Luiz Inácio Lula da Silva, que chegou a pensar no nome dele para disputar o cargo de vice-presidente.
Hoje, porém, Jarbas é um crítico severo e incansável do governo Lula, que, na entrevista, classifica como "governo medíocre". Sobre a popularidade do presidente da República, ele disse: "O marketing e o assistencialismo de Lula conseguem mexer com o País inteiro. Imagine isso no Nordeste, que é a região mais pobre. Imagine em Pernambuco, que é a terra dele. Ele fez essa opção clara pelo assistencialismo para milhões de famílias, o que é uma chave para a popularidade em um país pobre. O Bolsa Família é o maior programa oficial de compra de votos do mundo."
terça-feira, 10 de fevereiro de 2009
Senador Delcídio Amaral (MS) fará análise de projeto que muda horário em MS
O senador Delcídio do Amaral (PT) fará uma avaliação mais detalhada do projeto de lei que propõe a manutenção do fuso horário em Mato Grosso do Sul, proposto pelo deputado estadual Paulo Duarte (PT), na Assembléia Legislativa. Ele vai analisar com mais critério o projeto que tramita no Congresso Federal e que defende a mudança de horário no Estado.
Duarte pediu a Delcídio que o projeto não seja colocado em votação de imediato, já que necessita de uma avaliação técnica mais precisa, bem como de algumas mudanças. O deputado repassou todas as informações técnicas dos coordenadores do comitê que não apoia a mudança do fuso horário em Mato Grosso do Sul.
Segundo Duarte, os benefícios da mudança são quase inexistentes se comparados aos prejuízos que a medida trará à população. O deputado ainda informou que o assunto não é prioridade no momento, em virtude da grande demanda de obras em torno da infra-estrutura e geração de empregos no Estado, mas que nos próximos dias deverá ser avaliada com mais precisão.
Paulo Duarte e Delcídio participaram ontem de uma reunião com o prefeito de Corumbá Ruiter Cunha, no escritório do senador em Campo Grande. Entre diversos assuntos como a discussão sobre a mudança de horário no Estado, também foi citado o pacote de obras que Delcídio pretende pleitear junto ao governo federal para beneficiar Corumbá.
Fonte: campograndenews
Duarte pediu a Delcídio que o projeto não seja colocado em votação de imediato, já que necessita de uma avaliação técnica mais precisa, bem como de algumas mudanças. O deputado repassou todas as informações técnicas dos coordenadores do comitê que não apoia a mudança do fuso horário em Mato Grosso do Sul.
Segundo Duarte, os benefícios da mudança são quase inexistentes se comparados aos prejuízos que a medida trará à população. O deputado ainda informou que o assunto não é prioridade no momento, em virtude da grande demanda de obras em torno da infra-estrutura e geração de empregos no Estado, mas que nos próximos dias deverá ser avaliada com mais precisão.
Paulo Duarte e Delcídio participaram ontem de uma reunião com o prefeito de Corumbá Ruiter Cunha, no escritório do senador em Campo Grande. Entre diversos assuntos como a discussão sobre a mudança de horário no Estado, também foi citado o pacote de obras que Delcídio pretende pleitear junto ao governo federal para beneficiar Corumbá.
Fonte: campograndenews
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009
Edmar Moreira acaba de renunciar à vice da Câmara - Sérgio Lima/Folha
Durou apenas cinco dias a sobrevida de Edmar Moreira (DEM-MG) na segunda vice-presidência da Câmara.
O deputado do castelo acaba de informar ao presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP) que decidiu renunciar ao cargo.
Moreira redige nesse momento a carta de renúncia. Deve enviá-la a Temer, por fax, dentro de meia hora.
Soterrado por denúncias, Edmar Moreira perderá também a legenda. A despeito da renúncia, o DEM, partido do deputado, mantém a disposição de expulsá-lo.
Para evitar o constrangimento, Moreira cogita pedir a desfiliação do DEM já nesta segunda (9), antes da reuniao da Executiva do partido, marcada para a terça (10).
Com a renúncia de Edmar, a Câmara terá de eleger outro deputado para exercer as funções de primeiro vice-presidente.
Pelo critério que leva em conta o tamanho das bancadas, o cargo pertence ao DEM. O partido terá de decidir agora se mantém a indicação de Vic Pires (DEM-PA).
Levado ao plenário como nome oficial do DEM, Vic fora batido no plenário por Edmar, eleito à revelia do bloco que apoiara Temer na disputa pelo comando da Câmara.
Em votação secreta, Moreira prevalecera sobre Vic graças ao apoio que recebera de duas legendas governistas: PT e PR.
Moreira integrara o Conselho de Ética da Câmara na época em que foram a julgamento os processos de cassação contra deputados enrolados no escândalo do mensalão.
Defendera com desassombro a absolvição dos mensaleiros. Daí a retribuição do PT e do PR, duas das legendas que atravessaram de joelhos a fase mensaleira do Legisaltivo.
Escrito por Josias de Souza às 20h18
domingo, 8 de fevereiro de 2009
O presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP) recomendou a Edmar Moreira (DEM-MG), o deputado do castelo, que renuncie à segunda vice-presidência
A pedido de Temer, Edmar deve renunciar à 2ª vice
Temer trocou cinco telefonemas com Edmar ao longo deste domingo (8). Em timbre categórico, recomendou a interlocutor que deixe o cargo.
Numa das conversas, Temer disse a Edmar: “O melhor é que, amanhã [segunda-feira], já esteja na imprensa que você renunciou”.
A pedido de Temer, outros dois deputados que integram a Mesa diretora da Câmara tocaram o telefone para Edmar Moreira.
Ligaram Inocêncio Oliveira (PR-PE) e Nelson Marquezelli (PTB-SP), respectivamente segundo e quarto secretários da Mesa.
Repisando o pedido de Temer, Inocêncio e Marquezelli aconselharam Edmar a bater em retirada da segunda vice-presidência da Câmara.
Ao sentir que o chão lhe fugia dos pés, Edmar passou a admitir a renúncia ao cargo, para o qual fora eleito pelos colegas há escassos cinco dias.
Em com Temer, um dos filhos de Edmar, o deputado estadual Leonardo Moreira (DEM-MG) fez um pedido.
Disse que o pai gostaria de obter do DEM a garantia de que o partido não tentaria retirar-lhe o mandato.
Versado em matérias jurídicas, o advogado Temer deu, por meio do filho, um novo conselho a Edmar.
Recomendou que, após renunciar à segunda vice da Câmara, o deputado protocole no TSE um pedido de desfiliação do DEM, por incompatibilidade com a direção do partido.
Edmar Moreira terá de se apressar. O presidente do DEM, Rodrigo Maia (RJ), marcou para o final da manhã de terça (10) uma reuniao da Executiva do partido.
Vai à mesa a proposta de expulsão de Edmar Moreira. A decisão está tomada. O deputado será expurgado da legenda em procedimento sumário.
No início da noite deste domingo, em telefonemas a outros deputados, Edmar já jogava a toalha. Dizia que deve mesmo renunciar à segunda vice.
Confirmando-se a renúncia, Temer deve voltar atrás na idéia de retirar do âmbito da segunda vice-presidência as atribuições de corregedoria da Câmara.
Escrito por Josias de Souza às 19h59
sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009
Cristovam pede a senadores que se candidatem à Presidência da República
O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) propôs, como forma de o Senado Federal "sair da paralisia", que os senadores se assumam pré-candidatos à Presidência da República. Ele parabenizou o líder do PSDB, senador Arthur Virgílio Neto (AM), por ter anunciado sua pretensão de disputar o cargo.
- Com toda franqueza, dificilmente o senador Arthur Virgílio terminará suplantando a força de São Paulo e Minas Gerais, mas ele prestou um serviço ao Senado e ao Brasil ao se lançar candidato. Espero que leve a sério e que traga para cá a disputa e o projeto dele - disse, cobrando de Arthur Virgílio a discussão de suas propostas em Plenário.
O representante do DF lembrou que há no Senado ex-governadores, ex-prefeitos e até ex-presidentes da República.
- São 81 líderes nacionais. Por que não há aqui candidatos a presidente? Estaríamos discutindo aqui os destinos do país - afirmou.
Ele citou os nomes dos senadores Paulo Paim (PT-RS), José Agripino (DEM-RN), Kátia Abreu (DEM-TO), Marco Maciel (DEM-PE), Alvaro Dias (PSDB-PR), Eduardo Suplicy (PT-SP), Pedro Simon (PMDB-RS), Mão Santa (PMDB-PI), Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) e Geraldo Mesquita Júnior (PMDB-AC) como possíveis pré-candidatos a presidente.
Em aparte, o senador Mão Santa sugeriu que Jarbas Vasconcelos fosse o candidato do PMDB. Já Paim parabenizou Cristovam pelo discurso e disse que o senador pelo DF também é um grande candidato. Cristovam respondeu que não se eximia da candidatura e lembrou ter disputado a última eleição.
O senador Adelmir Santana (DEM-DF) parabenizou essa candidatura de Cristovam, lembrando que ele cumpriu o objetivo de sua campanha, conscientizando a Nação brasileira da necessidade de colocar a educação como tema prioritário. Também em aparte, o senador Mário Couto (PSDB-PA) informou que irá apresentar um projeto de lei que determina a quebra de sigilo bancário de todos ocupantes de mandatos eletivos. Da presidência da sessão, o senador Alvaro Dias agradeceu ter sido citado por Cristovam.
- Com toda franqueza, dificilmente o senador Arthur Virgílio terminará suplantando a força de São Paulo e Minas Gerais, mas ele prestou um serviço ao Senado e ao Brasil ao se lançar candidato. Espero que leve a sério e que traga para cá a disputa e o projeto dele - disse, cobrando de Arthur Virgílio a discussão de suas propostas em Plenário.
O representante do DF lembrou que há no Senado ex-governadores, ex-prefeitos e até ex-presidentes da República.
- São 81 líderes nacionais. Por que não há aqui candidatos a presidente? Estaríamos discutindo aqui os destinos do país - afirmou.
Ele citou os nomes dos senadores Paulo Paim (PT-RS), José Agripino (DEM-RN), Kátia Abreu (DEM-TO), Marco Maciel (DEM-PE), Alvaro Dias (PSDB-PR), Eduardo Suplicy (PT-SP), Pedro Simon (PMDB-RS), Mão Santa (PMDB-PI), Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) e Geraldo Mesquita Júnior (PMDB-AC) como possíveis pré-candidatos a presidente.
Em aparte, o senador Mão Santa sugeriu que Jarbas Vasconcelos fosse o candidato do PMDB. Já Paim parabenizou Cristovam pelo discurso e disse que o senador pelo DF também é um grande candidato. Cristovam respondeu que não se eximia da candidatura e lembrou ter disputado a última eleição.
O senador Adelmir Santana (DEM-DF) parabenizou essa candidatura de Cristovam, lembrando que ele cumpriu o objetivo de sua campanha, conscientizando a Nação brasileira da necessidade de colocar a educação como tema prioritário. Também em aparte, o senador Mário Couto (PSDB-PA) informou que irá apresentar um projeto de lei que determina a quebra de sigilo bancário de todos ocupantes de mandatos eletivos. Da presidência da sessão, o senador Alvaro Dias agradeceu ter sido citado por Cristovam.
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009
Senador Paulo Paim: Me sinto em condição de saber administrar ou governar
01 de fevereiro de 2009 - ELEIÇÕES 2010 - Entrevista - Zero Hora
Com discrição, o senador Paulo Paim (PT) liberou entidades de aposentados e negros a iniciar uma cruzada nos Estados e na internet para disseminar a possibilidade de sua candidatura ao Palácio do Planalto em 2010.
– Para mim, é uma alegria. Me vejo em um bom momento da política – afirmou o petista.
Na tarde de sexta-feira, Paim estava em seu gabinete em Brasília. O parlamentar conversou por telefone com Zero Hora por 30 minutos sobre o movimento favorável ao seu nome para a Presidência. A seguir, a síntese da entrevista:
Zero Hora – O senhor quer disputar a vaga de candidato do PT à Presidência?
Paulo Paim – Não é questão de querer ou não. Todo homem público, naturalmente, vê com satisfação o seu nome levantado para candidato ao maior cargo do país. Quem não ficaria feliz com isso? Se dissesse o contrário, estaria mentindo. Nem por isso tenho de sair por aí fazendo campanha.
ZH – Supondo que o seu nome ganhe força nos Estados e na internet, o senhor aceitaria postular a candidatura?
Paim – Eles (movimentos sociais) dizem que farão toda a mobilização e virão me procurar para demonstrar a viabilidade da candidatura. Daí, analisarei o quadro.
ZH – Simpatizantes dizem que o senhor estimulou a campanha.
Paim – A base social não depende da tua vontade. Ela se articula e aponta caminhos com os quais aquele que estiver na frente concorda ou não. O movimento surgiu de lá para cá. Em nenhum momento pensei em ser candidato à Presidência. Preparei a minha reeleição ao Senado. Essa base social mostra que quer me impulsionar para um cargo majoritário. Não vou frustar o direito de eles fazerem esse debate, que pode impulsionar o meu nome ou outros.
ZH – Entidades como a Unegro e o Movimento de Consciência Negra Palmares afirmam que o senhor quer que se faça a campanha. Há até uma comunidade oficial no Orkut chamada Paim presidente.
Paim – Isso é improcedente. No Orkut, há diversas iniciativas de “Paim presidente” pelo meu trabalho na Câmara e no Senado. Tu achas que eu teria capacidade, como um senador sem um centavo, de articular tudo isso de forma gigantesca? Só se fosse mágico e tivesse varinha mágica. Imagina se vou criar comunidade. Ninguém discutiu isso comigo.
ZH – O senhor acredita que é possível ser o primeiro negro presidente do Brasil?
Paim – Acredito que um dia o Brasil poderá ter um presidente negro e uma mulher. Quem acreditava que nos Estados Unidos, onde o preconceito racial é forte, seria eleito um negro com esse charme, força e competência? Se na maior potência do planeta aconteceu, por que não pode ocorrer no Brasil? Mas não sei quem será esse presidente negro.
ZH – Esse presidente negro pode ser o senhor?
Paim – Sou o único senador negro. O pessoal faz alguma vinculação porque Obama era senador e também era ligado aos direitos humanos. O processo de construção vai apontar o caminho. Mas pode ser Paulo, Pedro ou João.
ZH – O senhor se considera o Obama brasileiro, como dizem seus apoiadores?
Paim – Me considero Paulo Renato Paim, gaúcho, nascido em Caxias do Sul. Tenho carinho e respeito por Obama. Mas ninguém deve ou pode querer ser cópia de outro.
ZH – Por que o movimento ocorre sem o conhecimento da cúpula do PT?
Paim– Existe uma indicação do partido, não-oficial ainda, que respeito muito (Dilma Rousseff). Eu mesmo tenho advogado publicamente o nome da Dilma. Os movimentos sociais e outros setores estão preocupados com esse debate. Eles entendem talvez que outros nomes devem ser levantados.
ZH – O senhor pretende conversar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva?
Paim – Esse movimento está tomando mais corpo neste momento. Esperarei para ver até aonde vai. Até março ou abril, haverá um quadro melhor. Se esse movimento tiver força em nível nacional, é natural dialogar com os líderes do PT. Se provocado, tenho obrigação de dialogar com os partidos aliados. Defendo uma política de alianças ampla.
ZH – O senhor conversou com a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, provável candidata do PT?
Paim – Não. Todas as vezes que estive no palanque sempre foi elogiando ou defendendo o nome dela.
ZH – Se necessário, o senhor estaria disposto a disputar uma prévia com a ministra?
Paim – Não disputaria prévia. Sou contra prévia. A sociedade organizada por si só deve apontar o caminho de quem deva ser o candidato, fruto da política de aliança do PT.
ZH – O seu objetivo é ganhar visibilidade e se cacifar como candidato ao Palácio Piratini?
Paim – Não trabalho com essa hipótese. Eu preparei com muito carinho a minha reeleição para o Senado.
ZH – O senhor está preparado para governar?
Paim – Depois de tantos anos na vida pública, me sinto em condição de saber administrar ou governar de forma coletiva.
MARCIELE BRUM- marciele.brum@zerohora.com.br
terça-feira, 3 de fevereiro de 2009
Dagoberto e Brizola Neto serão líderes do PDT na Câmara
Deputado Dagoberto Nogueira (MS)
O PDT, em reunião de sua bancada federal e Executiva Nacional, elegeu na tarde de ontem, por unanimidade, o deputado Brizola Neto(RJ), 30 anos - neto do líder histórico do PDT, Leonel Brizola- novo líder na Câmara dos Deputados pelos próximos seis meses, até 31 de julho de 2009, e, então a partir de 1º de agosto assume o cargo o deputado Dagoberto Nogueira (MS), pelo mesmo período.
Na reunião, também foi escolhido o candidato à suplência de secretário da Mesa Diretora da Câmara, deputado Giovanni Queiroz(PA).
Dagoberto Nogueira é deputado federal de primeiro mandato. Antes, ele foi deputado estadual e secretário de Estado de Segurança Pública e de Produção durante os dois governos de Zeca do PT.
A ascenção de Dagoberto ao posto de líder do PDT lhe dá projeção nacional, incluindo-o no time dos mais influentes políticos do Estado, já composto pelos senadores Delcídio do Amaral (PT) e Marisa Serrano (PSDB) e pelo deputado federal Waldemir Moka (PMDB).
segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009
José Sarney (AP) no Senado e Michel Temer (SP) na Câmara
Com a dupla vitória desta segunda-feira (02), de José Sarney (AP) no Senado e Michel Temer (SP) na Câmara, o PMDB volta a ocupar a Presidência das duas casas
O ex-presidente José Sarney (PMDB-AP) é o novo presidente do Senado Federal, eleito nesta segunda-feira (2) com 49 votos, para o biênio 2009-2010. Seu único adversário, Tião Viana (PT-AC), conseguiu 32 votos.
Sarney ressaltou seu compromisso com a aprovação das reformas política e tributária e defendeu o fim do grande volume de medidas provisórias "que achincalha o parlamento". Disse ainda que "nunca foi capacho do governo", ao contrário, sempre foi "protetor e zeloso da minoria". Esta é a terceira vez que Sarney ocupa a Presidência do Senado. Ele também cumpriu os mandatos de 95 a 97 e de 2003 a 2005.
Temer prega união entre partidos na Câmara
Piero Locatelli
Do UOL Notícias
Em Brasília
Em seu primeiro discurso após ser eleito presidente da Câmara com 304 votos, o deputado Michel Temer (PMDB-SP) afirmou que não vai estabelecer prioridades e nem falar o que vai ou não ser aprovado na sua gestão. Para ele, isso não é papel do presidente, mas sim, dos líderes das bancadas e seus deputados. "É o plenário que determina as prioridades, nós todos", disse ele.
Com 304 votos, Temer é eleito presidente da Câmara.
Disputa no Congresso dá largada à sucessão 2010 (Tribuna da Imprensa, de hoje)
BRASÍLIA - A corrida presidencial de 2010 começa hoje para valer, com a eleição dos novos presidentes da Câmara e do Senado, e quem larga na frente, com a força de grande cortejado com o qual ninguém quer se indispor, é o PMDB.
Justamente o PMDB do senador José Sarney (AP) que disputa a presidência do Congresso com o petista Tião Viana (AC). Qualquer que seja o resultado da briga entre aliados na sucessão do Senado, quem vai ter de administrar o estrago na base governista é o Palácio do Planalto. Por isto mesmo, mais do que com a eleição, o governo preocupa-se com o day after.
Em meio à velha disputa entre o PMDB da Câmara e o PMDB do Senado, o PSDB do governador tucano de São Paulo, José Serra, ficou com Michel Temer (SP), presidente nacional do PMDB e favorito na sucessão da Câmara. Mas, em vez de apoiar o candidato do PMDB no Senado, o PSDB optou pelo PT e deu viabilidade à candidatura de Viana, que começou a semana passada com o rótulo de derrotado. Entretanto, o cenário era de pequena vantagem para Sarney.
Amigo e aliado de Sarney e correligionário de Viana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva avisou aos dois que se manteria neutro e que não haveria compensação do governo para o eventual derrotado. Na prática, porém, Lula queixou-se do lançamento de Sarney na última hora, responsabilizou o novo líder do PMDB, Renan Calheiros (AL), pela briga na base e pediu aos três governadores do PT nordestino (SE, PI e BA) que ajudassem Viana.
A preferência discreta do Planalto foi sinalizada hoje pelo ministro de Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, que desembarcou na Câmara logo cedo, para participar da reunião de seu partido - o PTB - e, de quebra, dar uma ajuda ao candidato do PMDB a presidente da Casa, deputado Michel Temer (SP). "A situação mais delicada é a do Senado. Mas a questão não é de quem o governo gosta mais, ou menos. Você tem candidaturas postas há mais tempo, que engloba um número maior de partidos", explicou o ministro, referindo-se a Viana.
Além de ter se lançado na disputa há quatro meses, o petista tem o apoio de um leque de sete partidos, do PSOL ao PSDB, enquanto a aliança de Sarney envolve apenas três legendas - DEM, PTB, PP, sem contar o PMDB.
Apesar da certeza de ambos os lados de que a briga vai produzir mágoas, qualquer que seja o vencedor, os grupos de Sarney e Tião dedicaram-se nas últimas horas a tranquilizar o governo. Tião não só prevê um tempo curto de "ressaca eleitoral", como destaca que "todos temos responsabilidade enorme com o Brasil".
O comando da campanha do candidato do PMDB à presidência da Câmara, Michel Temer, não escondia ontem a satisfação com o fato de a tensão estar concentrada no Senado, onde é grande a incerteza com relação ao desempenho do ex-presidente José Sarney na votação de amanhã. Os deputados do PMDB sequer cogitavam a possibilidade de a disputa na Câmara chegar ao segundo turno.
Para os peemedebistas, a semana tinha começado mal, com notícias de possíveis traições a Michel Temer por parte de deputados do PT, por causa da disputa no Senado, e de outros partidos. Ontem, os aliados de Temer insistiam que o risco de traição havia diminuído bastante depois que a candidatura do petista Tião Viana ter ganhado novo fôlego no Senado.
A comemoração do PMDB da Câmara tem uma razão que vai além da disputa pela presidência da Casa: a histórica rivalidade entre deputados e senadores do partido. Muitos deputados comentavam com ironia o fato de Sarney e o principal articulador de sua candidatura, o senador Renan Calheiros (AL), terem chegado à véspera da campanha contando cada voto e procurando aliados de última hora. E, ainda, terem de enfrentar o movimento de integrantes do governo Lula em favor de Tião Viana.
Justamente o PMDB do senador José Sarney (AP) que disputa a presidência do Congresso com o petista Tião Viana (AC). Qualquer que seja o resultado da briga entre aliados na sucessão do Senado, quem vai ter de administrar o estrago na base governista é o Palácio do Planalto. Por isto mesmo, mais do que com a eleição, o governo preocupa-se com o day after.
Em meio à velha disputa entre o PMDB da Câmara e o PMDB do Senado, o PSDB do governador tucano de São Paulo, José Serra, ficou com Michel Temer (SP), presidente nacional do PMDB e favorito na sucessão da Câmara. Mas, em vez de apoiar o candidato do PMDB no Senado, o PSDB optou pelo PT e deu viabilidade à candidatura de Viana, que começou a semana passada com o rótulo de derrotado. Entretanto, o cenário era de pequena vantagem para Sarney.
Amigo e aliado de Sarney e correligionário de Viana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva avisou aos dois que se manteria neutro e que não haveria compensação do governo para o eventual derrotado. Na prática, porém, Lula queixou-se do lançamento de Sarney na última hora, responsabilizou o novo líder do PMDB, Renan Calheiros (AL), pela briga na base e pediu aos três governadores do PT nordestino (SE, PI e BA) que ajudassem Viana.
A preferência discreta do Planalto foi sinalizada hoje pelo ministro de Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, que desembarcou na Câmara logo cedo, para participar da reunião de seu partido - o PTB - e, de quebra, dar uma ajuda ao candidato do PMDB a presidente da Casa, deputado Michel Temer (SP). "A situação mais delicada é a do Senado. Mas a questão não é de quem o governo gosta mais, ou menos. Você tem candidaturas postas há mais tempo, que engloba um número maior de partidos", explicou o ministro, referindo-se a Viana.
Além de ter se lançado na disputa há quatro meses, o petista tem o apoio de um leque de sete partidos, do PSOL ao PSDB, enquanto a aliança de Sarney envolve apenas três legendas - DEM, PTB, PP, sem contar o PMDB.
Apesar da certeza de ambos os lados de que a briga vai produzir mágoas, qualquer que seja o vencedor, os grupos de Sarney e Tião dedicaram-se nas últimas horas a tranquilizar o governo. Tião não só prevê um tempo curto de "ressaca eleitoral", como destaca que "todos temos responsabilidade enorme com o Brasil".
O comando da campanha do candidato do PMDB à presidência da Câmara, Michel Temer, não escondia ontem a satisfação com o fato de a tensão estar concentrada no Senado, onde é grande a incerteza com relação ao desempenho do ex-presidente José Sarney na votação de amanhã. Os deputados do PMDB sequer cogitavam a possibilidade de a disputa na Câmara chegar ao segundo turno.
Para os peemedebistas, a semana tinha começado mal, com notícias de possíveis traições a Michel Temer por parte de deputados do PT, por causa da disputa no Senado, e de outros partidos. Ontem, os aliados de Temer insistiam que o risco de traição havia diminuído bastante depois que a candidatura do petista Tião Viana ter ganhado novo fôlego no Senado.
A comemoração do PMDB da Câmara tem uma razão que vai além da disputa pela presidência da Casa: a histórica rivalidade entre deputados e senadores do partido. Muitos deputados comentavam com ironia o fato de Sarney e o principal articulador de sua candidatura, o senador Renan Calheiros (AL), terem chegado à véspera da campanha contando cada voto e procurando aliados de última hora. E, ainda, terem de enfrentar o movimento de integrantes do governo Lula em favor de Tião Viana.
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