Folha
O nome do presidente da Câmara foi acomodado numa planilha que a PF diz ter recolhido na casa de um diretor da Camargo Corrêa.
O “Michel Themer” da planilha traz no sobrenome um “H” que não consta da certidão de nascimento do Temer que comanda o PMDB e a Câmara.
Adiante das citações, um lote de cifras que tampouco constam das prestações de contas levadas pelo deputado à Justiça Eleitoral –no total, R$ 410 mil.
Coisa antiga, do período de 1996 a 1998. Deve-se a informação ao repórter Ricardo Galhardo. Pendurou-a no portal IG.
Cotado para vice de Dilma Rousseff, Temer atravessa uma daquelas quadras em que o político precisa ostentar uma biografia de mulher de Cesar.
A reação do deputado foi pronta e enfática. Tachou de “infâmia” a vinculação de seu nome às operações suspeitas investigadas na Operação Castelo de Areia.
Dono de uma voz de timbre manso, Temer gritou à sua maneira: "Acho uma indignidade...”
“...Se eu pudesse expressar meu grito fantástico, a minha indignação, minha revolta, com este fato, eu o faria. Eu levo na piada isso. É safadeza, sem dúvida alguma".
Disse ter recebido da Camargo Corrêa, na campanha de 2006, uma doação de R$ 50 mil. Coisa feita por cima da mesa e registrada na escrituração eleitoral:
Ironizou a planilha: "Um papel apócrifo, uma simples folha datilografada que coloca nomes das mais variadas pessoas [...]...”
“...Eles tanto me conhecem que, no papel, tem o meu nome errado, para vocês terem ideia de como eu conheço a gente da Camargo Correia".
Numa segunda manifestação, Temer anunciou que, nesta quinta (3), requisitará à Justiça os papéis que fazem menção a ele.
Planeja tomar providências adicionais: “Eu quero os documentos referentes ao meu nome para responsabilizar aqueles que ou produziram ou o divulgaram”.
Escrito por Josias de Souza às 03h08
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