sábado, 26 de dezembro de 2009
Implacável em Brasília, Simon é ‘maleável’ no Estado
Lula Marques/Folha
Houve desvio ético? Então pode abrir a contagem regressiva.
O senador Pedro Simon logo estará na tribuna do Senado para vergastar os malfeitores.
Esse Simon implacável, velho conhecido dos brasileiros, só existe em Brasília.
No Rio Grande do Sul, há outro Simon, mais maleável.
O Simon gaúcho, presidente do PMDB-RS, coabita a gestão da governadora tucana Yeda Crusius, sitiada por denúncias de corrupção.
Sob Yeda, o PMDB de Simon dá as cartas em três secretarias: Desenvolvimento, Habitação e Saúde.
Segura também a chave do cofre do Banrisul, o banco do Estado.
Há coisa de duas semanas, no lançamento da candidatura do prefeito pemedebê José Fogaça ao governo do Estado, Simon prometera:
O PMDB desembarcaria do governo tucano de Yeda. Quando? Bem, isso ele não disse.
Agora, como que dominado pelo espírito do Réveillon, Simon planeja o desembarque para janeiro.
Então quer dizer que o PMDB gaúcho vai, finalmente, romper com a governadora Yeda Crusius (PSDB)?
Não. Não. Absolutamente. Simon esclarece:
“A governadora continuará contando conosco na Assembleia. O que é bom para o Rio Grande do Sul é bom para nós”.
Ok, mas os cargos serão devolvidos, não? Olha, presta atenção, veja bem... Ouça-se Simon:
“O PMDB está saindo. Quem ficar, é porque ela pediu para ficar ou deixou ficar. Não será por conta do partido”.
Então, tá! Ficamos entendidos assim: o PMDB rompe com Yeda, mas continua dando-lhe votos na Assembléia. Devolve os cargos, mas quem quiser pode ficar.
Vá ser firme assim lá nos pampas, tchê!
Escrito por Josias de Souza às 19h14
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