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09 de julho de 2009 • 19h47 • atualizado em 10 de julho de 2009 às 09h41
* Notícias
Reportagem publicada na revista britânica The Economist chama o Senado brasileiro de "casa dos horrores", numa referência à crise que atinge a Casa. O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), tem sido acusado de uma série de irregularidades, sendo a principal delas o envolvimento nos atos secretos do Senado, que foram usados para nomear parentes e aliados em gabinetes de senadores.
Segundo a publicação, o posto de presidente do Senado, apesar de "confortável", é também "inseguro". Apesar do titular do cargo ocupar uma "cadeira de fino couro azul projetada por Oscar Niemeyer", três presidentes da Casa foram suspensos ou abandonaram o posto devido a escândalos nos últimos oito anos.
A reportagem cita os atos secretos, o uso desenfreado de passagens aéreas, o pagamento de horas extras durante o recesso parlamentar e a denúncia contra o ex-diretor-geral do Senado Agaciel Maia, acusado de ocultar de sua declaração de bens uma mansão adquirida por ele em 1996, avaliada em aproximadamente R$ 5 milhões.
"Mas ele não pode alegar desconhecimento do funcionamento do Senado", prossegue a Economist, ressaltando que Sarney está em sua terceira gestão à frente da Casa. A revista afirma ainda que Sarney foi o responsável pela nomeação de Agaciel como diretor-geral e seu neto realizaria empréstimos consignados aos funcionários do Senado. Ele nega todas as acusações.
"Sarney, que tem 50 anos de vida pública, é um sobrevivente. Ele provavelmente irá se manter no posto", afirma a revista. Segundo o texto, o presidente do Senado ainda é uma "potência" no PMDB e é importante para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para fazer uma coligação governamental.
Redação Terra
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