Senado deve analisar caso Demóstenes na terça
Presidência do Conselho de Ética está vaga e novo ocupante do cargo será escolhido na segunda-feira
Demóstenes Torres pode ser alvo de investigação no Senado a partir da próxima semanaPedro França/ Agência Senado
Fábio Mendes noticias@band.com.br
O Senado deve analisar as denúncias contra Demóstenes Torres (sem partido-GO) apenas na terça-feira. A presidência do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar está vaga, desde setembro do ano passado, e o nome do novo ocupante será anunciado nesta segunda-feira, de acordo com a assessoria do líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros. Somente após a definição os trabalhos poderão começar.
Demóstenes Torres é acusado de ligações com Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, preso por envolvimento com o jogo do bicho. Durante a operação Monte Carlo, a Polícia Federal descobriu que o parlamentar havia recebido presentes do empresário.
Na ocasião, Demóstenes afirmou que se tratava de um presente de casamento. Mais tarde, a Polícia Federal divulgou gravações em que o parlamentar pede dinheiro a Cachoeira. Pressionado, o parlamentar anunciou que deixaria seu partido, o DEM.
Investigações
Embora tenha deixado o partido ele continua ocupando sua cadeira no Senado, mas já começa a receber pressões para que seja afastado. O Psol protocolou, no último dia 28, uma representação no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado para investigar as ligações entre Demóstenes e Cachoeira.
As investigações contra Demóstenes também correm fora do Congresso. Como o senador tem foro privilegiado, o caso só poderá ser julgado pelo STF (Supremo Tribunal Federal). Por isso, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, enviou à Corte um pedido de abertura de inquérito sobre os fatos apurados pela Polícia Federal.
O pedido foi aceito pelo ministro Ricardo Lewandowski, que ordenou a quebra do sigilo bancário do senador.
Sem presidente
As apurações no Senado, no entanto, estão paradas graças à ausência de um presidente no Conselho de Ética. Em setembro, o senador João Alberto (PMDB-MA), deixou o cargo para assumir funções no governo de Roseana Sarney, no Maranhão.
Atualmente, o Conselho é representado pelo vice-presidente, senador Jayme Campos (DEM-MT). No entanto, ele descartou a possibilidade de dar início às investigações, ao afirmar que a competência caberia ao novo presidente.
Para definir o substituto de João Alberto, os partidos aliados batem cabeça. O PT recomendou o nome de Wellington Dias (PI) para ocupar a presidência do colegiado.
No entanto, um acordo entre os partidos determina que o nome será escolhido pelo PMDB. O líder do partido, senador Renan Calheiros, anunciou que a escolha ocorrerá apenas na segunda-feira. No entanto, a assessoria do parlamentar não se pronunciou sobre o nome de Wellington Dias, indicado pelo PT
Demóstenes Torres é acusado de ligações com Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, preso por envolvimento com o jogo do bicho. Durante a operação Monte Carlo, a Polícia Federal descobriu que o parlamentar havia recebido presentes do empresário.
Na ocasião, Demóstenes afirmou que se tratava de um presente de casamento. Mais tarde, a Polícia Federal divulgou gravações em que o parlamentar pede dinheiro a Cachoeira. Pressionado, o parlamentar anunciou que deixaria seu partido, o DEM.
Investigações
Embora tenha deixado o partido ele continua ocupando sua cadeira no Senado, mas já começa a receber pressões para que seja afastado. O Psol protocolou, no último dia 28, uma representação no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado para investigar as ligações entre Demóstenes e Cachoeira.
As investigações contra Demóstenes também correm fora do Congresso. Como o senador tem foro privilegiado, o caso só poderá ser julgado pelo STF (Supremo Tribunal Federal). Por isso, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, enviou à Corte um pedido de abertura de inquérito sobre os fatos apurados pela Polícia Federal.
O pedido foi aceito pelo ministro Ricardo Lewandowski, que ordenou a quebra do sigilo bancário do senador.
Sem presidente
As apurações no Senado, no entanto, estão paradas graças à ausência de um presidente no Conselho de Ética. Em setembro, o senador João Alberto (PMDB-MA), deixou o cargo para assumir funções no governo de Roseana Sarney, no Maranhão.
Atualmente, o Conselho é representado pelo vice-presidente, senador Jayme Campos (DEM-MT). No entanto, ele descartou a possibilidade de dar início às investigações, ao afirmar que a competência caberia ao novo presidente.
Para definir o substituto de João Alberto, os partidos aliados batem cabeça. O PT recomendou o nome de Wellington Dias (PI) para ocupar a presidência do colegiado.
No entanto, um acordo entre os partidos determina que o nome será escolhido pelo PMDB. O líder do partido, senador Renan Calheiros, anunciou que a escolha ocorrerá apenas na segunda-feira. No entanto, a assessoria do parlamentar não se pronunciou sobre o nome de Wellington Dias, indicado pelo PT
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