sexta-feira, 2 de maio de 2008

CARLOS LUPI, MINISTRO DO TRABALHO E EMPREGO, DEFENDE O DEPUTADO PAULO PEREIRA DA SILVA, O PAULINHO (PDT-SP)

02/05/2008 - 19h07
Para Lupi, acusações a Paulinho não passam de indícios e ilações
RIO - O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, afirmou hoje que as acusações contra o deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho (PDT-SP), não passam, por enquanto, de "indícios e ilações". Segundo Lupi, qualquer opinião sobre o assunto só poderá ser dada depois do amplo direito de defesa.

O nome de Paulinho consta de relatório da Polícia Federal enviado para a Justiça Federal em São Paulo sobre a investigação sobre possíveis desvios de recursos em operações de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Segundo a PF, Paulinho teria levado R$ 325 mil para intermediar financiamento de R$ 124 milhões para a Prefeitura de Praia Grande.

"Eu acho que num processo democrático compete ter a investigação, a apuração da
investigação, o direito de defesa e a aí a Justiça julga. Não acho correto você apurar e denunciar, fazer um verdadeiro tribunal de inquisição. Eu não participo deste tipo de ação", frisou Lupi, que participou hoje do lançamento da nova carteira de trabalho no Rio de Janeiro.

Mas, apesar de condenar as críticas feitas a Paulinho antes de um julgamento formal, o ministro deixa claro que não colocaria a mão no fogo pelo colega de partido.

"Mão no fogo, qualquer um que coloca pode se queimar. Eu não coloco a mão no fogo em nenhum processo da minha vida cotidiana. Até porque eu sei o que é a queimadura do fogo", ressaltou, acrescentando que, ontem, nos festejos de 1º de maio, Paulinho afirmou que não tem nenhuma ligação com o escândalo.

Lupi também explicou que, como conselheiro do BNDES, acredita que um integrante do conselho não tem mecanismos para interferir em operações do dia-a-dia do banco de fomento.

"O Conselho só discute temas macro. A gente discute o orçamento anual, os projetos maiores do BNDES, a gente nunca discutiu varejo. A gente não discute se vai liberar A ou B", disse.

(Rafael Rosas | Valor Online)

UOL

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