BRASÍLIA (Reuters) - A convenção nacional do PMDB, realizada neste sábado, confirmou a reeleição do presidente licenciado da sigla, deputado Michel Temer (SP), e fortaleceu a ala do partido favorável à aliança nacional em torno da candidatura à Presidência da República da ministra Dilma Rousseff.
De um total de 597 votos, Temer foi eleito com 591. Dois votos foram nulos e quatro brancos.
"O PMDB sempre teve contradições internas, mas nós voltamos a ter a unidade absoluta do partido", disse Temer após o resultado.
Temer é um dos principais integrantes do partido cotados para assumir a candidatura à vice-presidência da República. Ao permanecer no controle, impulsiona a escolha de seu nome para chapa com o PT.
Entre os presentes à convenção que citaram Temer como a opção mais forte dentro do partido para acompanhar Dilma nas eleições de outubro estavam o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, e o deputado Eduardo Cunha (RJ), entre outras lideranças da legenda.
O grupo da legenda que defende candidatura própria, ou mesmo um apoio ao PSDB nas eleições presidenciais, chegou a entrar na Justiça para evitar a realização da Convenção. Um recurso movido pela atual direção do partido, no entanto, conseguiu manter o encontro para este sábado.
A ala contrária à união com o PT é formada, principalmente, pelos governadores do Paraná, Roberto Requião, e Luiz Henrique da Silveira, de Santa Catarina, além do senador Jarbas Vasconcelos, de Pernambuco, e o ex-governador de São Paulo, Orestes Quércia.
A convenção elegeu o Diretório Nacional da sigla, responsável por indicar a Executiva Nacional do partido.
(Reportagem de Natuza Nery e Maria Carolina Marcello)
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