Sábado, 1 de Setembro de 2007
“Cabeças” elegem os dez parlamentares mais influentes do Congresso
Por Antônio Augusto de Queiroz*
O DIAP (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar) acaba de concluir a pesquisa que identifica os dez parlamentares mais influentes do Congresso Nacional, segundo opinião dos próprios deputados e senadores. Todos os anos, após divulgar a lista dos 100 “Cabeças”, o DIAP faz a pesquisa para a escolha dos dez parlamentares que integram a elite do Legislativo. Dos 100, 88 responderam à enquete e elegeram os seguintes congressistas como os dez mais influentes do Poder Legislativo em 2007.
1º lugar - deputado Arlindo Chinaglia (PT/SP), atual presidente da Câmara, com 56 votos;
2º lugar - deputado José Múcio Monteiro (PTB/PE), atual líder do Governo na Câmara, com 39 votos;
3º lugar - senador Artur Virgilio (AM), líder do PSDB no Senado, com 38 votos;
4º lugar - senador José Sarney (PMDB/AP), ex-presidente da República e do Senado Federal, com 34 votos;
5º lugar – deputado Ciro Gomes (PSB/CE), estreante no Congresso, com 27 votos;
6º lugar – senador José Agripino Maia (RN), líder do DEM no Senado, com 27 votos;
7º lugar – deputado Antônio Carlos Panunnzio (SP), atual líder do PSDB na Câmara, com 26 votos;
8º lugar – senador Tasso Jereissati (CE), presidente nacional do PSDB, com 21 votos;
9º lugar – deputado Henrique Fontana (PT/RS), vice-líder do Governo na Câmara, com 20 votos;
10º lugar – deputado Onyx Lorenzoni (RS), líder do DEM na Câmara dos Deputados, com 20 votos.
O resultado da pesquisa fornece algumas pistas importantes sobre critérios para a escolha dos deputados e senadores mais influentes.
A primeira é que o aspecto institucional possui peso decisivo, tanto que somente dois dos eleitos não exercem cargos na estrutura da Casa ou nas lideranças dos partidos.
A segunda é que, apesar da Câmara possuir seis vezes mais parlamentares do que o Senado, os parlamentares procuram equilibrar seus votos entre deputados e senadores.
A terceira é que a oposição, mesmo sendo numericamente inferior, elegeu cinco dos dez parlamentares mais influentes.
A sexta é que ideologicamente foram eleitos apenas dois de esquerda (Chinaglia e Fontana), um de centro-esquerda (Ciro Gomes) e os demais ao centro e à centro –direita do espectro político.
A sétima é que há heterogeneidade do ponto de vista profissional, com três empresários, três médicos, sendo um médico-veterinário, dois engenheiros, um advogado e um diplomata.
A quarta é que, regionalmente, o Nordeste teve a melhor performance, com a eleição de quatro dos dez. As regiões Norte, Sul e Sudeste elegeram dois cada, sendo que o Rio Grande do Sul e São Paulo concentraram os eleitos das regiões a que pertencem.
A quinta é que do ponto de vista partidário, o melhor desempenho individual coube ao PSDB, partido de oposição, que elegeu três dos dez mais influentes; seguidos do PT e DEM com dois cada, e do PTB, PMDB e PSB, com um cada.
Logo abaixo dos dez, com votação expressiva, está um grupo de parlamentares com elevado grau de influência, como o deputado Michel Temer (SP), presidente do PMDB, em 11º lugar; Aloizio Mercadante (PT/SP), em 12º; o senador Renan Calheiros (PMDB/AL), presidente do Senado, em 13º; o deputado Fernando Gabeira (PV/RJ), em 14º; o deputado José Carlos Aleluia (DEM/BA), em 15º; o deputado Rodrigo Maia (RJ), presidente do DEM, em 16º; o deputado Henrique Alves (RN), líder do PMDB na Câmara, em 17º; a senadora Ideli Salvatti (SC), líder do PT no Senado, em 18º; o senador Pedro Simon (PMDB/RS), em 19º; deputado Miro Teixeira (RJ), líder do PDT na Câmara, em 20º; o senador Romero Jucá (PMDB/RR), líder do Governo no Senado, em 21º.
O resultado da pesquisa, como se vê, permite muitas interpretações, inclusive do ponto de vista conjuntural, político e reputacional. Na pagina do DIAP na internet, o leitor encontrará a lista completa com o voto dos parlamentares que foram citados como influentes na pesquisa entre os “Cabeças”.
O DIAP considerou como critério de desempate a ordem alfabética. Isto significa que os parlamentares que estão em 6º lugar e 10º lugar poderiam reivindicar a troca de posição, respectivamente com o 5º e o 9º, se adotada outra regra de classificação.
*Antônio Augusto de Queiroz, Jornalista
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