GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
Candidato único, Garibaldi Alves (PMDB-RN) foi escolhido hoje presidente do Senado. O nome dele foi referendado pelo plenário do Senado com 68 votos favoráveis, oito contrários e duas abstenções.
Ele vai assumir o restante do mandato de Renan Calheiros (PMDB-AL), que renunciou ao cargo em meio a uma série de acusações de quebra de decoro parlamentar. A presidência da Casa vinha sendo ocupada interinamente por Tião Viana (PT-AC). O mandato de Garibaldi vai até fevereiro de 2009 --quando se encerraria a presidência de Renan.
Folha Imagem |
Candidato único, Garibaldi Alves é eleito presidente do Senado Federal |
Antes de receber a indicação oficial do PMDB para disputar o cargo, Garibaldi teve de vencer o oponente Pedro Simon (PMDB-RS). Outros três candidatos desistiram da disputa: Valter Pereira (PMDB-MS), Leomar Quintanilha (PMDB-TO) --em favor de Garibaldi-- e Neuto de Conto (PMDB-SC) --que apoiou a candidatura de Simon.
Como é dona da maior bancada do Senado, a liderança do PMDB diz ter o direito de indicar o presidente da Casa. O lugar ficou vazio após a renúncia de Renan.
Ontem, Garibaldi disse estar disposto a aceitar as condições do PSDB para conquistar o apoio dos tucanos nas eleições para a presidência do Senado. "Claro que se eu conseguir consenso entre os demais partidos, eu terei muito mais autoridade [para presidir a Casa] do que se partimos para a disputa, mesmo sabendo que a disputa é democrática", afirmou.
O senador disse que sua principal plataforma é a recuperação da imagem do Senado --abalada após a crise política que atingiu Renan Calheiros. "A credibilidade não se recupera com palavras, discursos. Só vamos recuperá-la com trabalho, com as reformas política e tributária para discuti-la e votá-la", afirmou.
Primeira missão
Garibaldi disse que vai presidir os trabalhos da Casa na votação da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) nesta tarde. Garibaldi havia pedido para não presidir o Senado na votação da CPMF para evitar entrar na polêmica sobre a matéria.
Ao ser informado que só poderia abrir mão da presidência se pedisse licença do cargo --poucas horas depois de ser eleito-- Garibaldi voltou atrás e aceitou a função. "Me reservaram para a festa da posse esse trabalho. Eu não fui poupado, não. O ideal é você receber o cargo e partir para o abraço. No meu caso, vou ter que dirigir essa importante votação, mas que já está numa fase avançada", afirmou.
Garibaldi disse acreditar, porém, que não haverá impasses na votação da CPMF. "Já estamos no encaminhamento da votação, o que significa dizer que nós vamos ter menos trabalho. Será uma tarefa bastante árdua para quem assume os trabalhos e vê pela frente logo isso."
Fonte: Folha Online
http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u354177.shtml
Nenhum comentário:
Postar um comentário