Quarta-feira, 5 de Dezembro de 2007
Renúncia de Renan Calheiros abriu caminho para acordo que o livrou da cassação do seu mandato
Pela segunda vez, Renan salva seu mandato.
Após entregar os “anéis para salvar os dedos”, foi absolvido no plenário do Senado, pelo folgado escore de 48 votos, a seu favor e, 29 contra;
Acertou com seus pares (inclusive com os da oposição) para renunciar a Presidência do Senado a troco da absolvição e, este acordo de cavalheiros foi fiel e, solenemente, cumprido.
Para isto, Renan Calheiros (PMDB-AL) teve de romper acerto com o governo, renunciando, antes da hora.
Em conseqüência, foi aberta a sucessão do parlamentar peemedebista no comando do Senado e naquela casa, agora, só se fala nisto.
Complica-se a estratégia do governo para a aprovação da CPMF, podendo provocar atraso, a menos que a oposição consiga antecipar a votação, a fim de surpreender o governo, aproveitando-se do desarranjo no esquema da base aliada e, assim, rejeitar o CPMF.
Mas, mas para entrar de corpo e alma nessa luta, o Presidente Lula adiou sua viagem à Bolívia, do dia 12 para 17, explicando a Evo Morales que precisa permanecer no País por causa das negociações da CPMF.
O Presidente tem uma viagem à Argentina, programada para domingo.
No Senado, os assuntos são, agora, sucessão e CPMF.
Graciliano Rocha
O peemedebista Valter Pereira se disse hoje candidato a presidir o Senado. O senador de MS afirmou que seu nome é um dos três que estão “na boca do povo” e que serão avaliados na reunião da bancada do PMDB no Senado que acontecerá nesta quinta-feira. Os outros que disputam o apoio da bancada peemedebista – a maior da Casa – são Garibaldi Alves (RN) e Leomar Quintanilha (TO).
“Estamos na boca do povo, caberá ao PMDB decidir”, disse o senador ao Campo Grande News.
Segundo ele, os critérios que deverão pesar na escolha do nome do PMDB são a confiança da bancada e o fato de ser palatável, ao mesmo tempo, ao Planalto e à oposição.
Garibaldi Alves parece ser o favorito até o momento. Com bom trânsito na oposição, ele já teria conversado com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, onde teria prometido uma postura diferente da que teve em 2005 e 2006, quando presidiu a CPI dos Bingos e agiu como opositor ao governo.
A eleição para a presidência do Senado deverá ser na próxima quarta-feira e a discussão da sucessão coincide com uma das principais pautas da agenda política do governo, a prorrogação da CPMF, o ‘imposto do cheque’.
http://www.campograndenews.com.br/view.htm?id=401145
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