sábado, 14 de março de 2009

Jarbas diz que é sondado para vice de Serra (Tribuna da Imprensa)


SÃO PAULO - O senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) admitiu ontem que está sendo sondado para ser o candidato a vice-presidente do governador de São Paulo, José Serra (PSDB), nas eleições de 2010. Mas fez suspense sobre quem do PSDB estaria defendendo o seu nome e ressaltou que essa é uma tese "incogitável" porque não tem o apoio de seu partido.

Serra disputa a indicação do partido para concorrer à Presidência da República com o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), que defende a realização de prévias. "Mesmo que eu quisesse, mesmo que eu pretendesse, eu não posso ser [vice do Serra] porque eu não vou sair do PMDB e o PMDB não me apoia. Eu não tenho nem 10% hoje de adeptos dentro do PMDB", afirmou Jarbas, após participar em São Paulo do Primeiro Encontro Estadual de Agentes Público.

O senador admitiu que está sendo abordado por pessoas que querem que ele seja candidato a vice. Mas ao ser questionado sobre quem do PSDB defende o seu nome, fez suspense. "Eu não posso falar isso não", disse. "Mas essa é uma tese incogitável. É impossível", afirmou.

Jarbas disse que apoia a candidatura do Serra porque considera que ele é uma "pessoa preparada". "Ele é um brasileiro capacitado, qualificado a governar o país", disse. Na avaliação do senador, a possibilidade de o PMDB de São

Paulo apoiar o Serra pode ser chamada de "rebelde", mas deve ser avaliada porque representa o maior Estado do país. Jarbas disse ainda que já começou articular dentro do PMDB para que o partido decida pela candidatura de Serra.

Atualmente, o PMDB apoia o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e também está sendo cotado pelo PT, que pretende lançar a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) como candidata à sucessão.
Críticas

Desde o mês passado, Jarbas está no foco das atenções depois que concedeu entrevista à revista "Veja" criticando o PMDB por manter a prática de corrupção e também atacar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Jarbas disse à revista que o PMDB é um "partido sem bandeiras, sem propostas nem norte" e a maioria dos seus integrantes "quer mesmo é a corrupção".

Depois de atacar o PMDB, o senador foi ameaçado de expulsão e até de processo interno. Mas o comando da legenda recuou e optou por amenizar o discurso e evitar os holofotes sobre o episódio.

Apesar do recuo de seu partido, o líder do partido no Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), destituiu Jarbas da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Casa.

Nenhum comentário: