segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Informações do Blog do Senador Alvaro Dias são contraditadas através de discurso do seu colega, Senador Mão Santa


O Senador Alvaro Dias colocou em xeque sua credibilidade ao se precipitar e colocar em seu blog, sem checar previamente, informações tendenciosas, maldosas e eleitoreiras, veiculados por blogueiro.

Estas informações, um arremedo de Carta Brandi, é características daqueles que não acreditam nas suas próprias teses e apelam para a divulgação de informações falsas, a fim de atingir seus adversários, na própria "moleira".

Mas, diz o adágio, "a mentira tem pernas curtas".

Coube ao seu colega, o Senador Mão Santa, desacreditar as informações do blog do Senador Alvaro Dias, embora

Eis o que publica o blog do Coronel:

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Sexta-feira, Junho 26, 2009

Dilma: R$ 8 mil por mês na Petrobras.

O senador Mão Santa (PMDB-PI), em discurso nesta quinta-feira (25), defendeu a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, cujo requerimento de criação foi lido em Plenário em maio, para investigar irregularidades na empresa. Na opinião do senador, os desmandos na estatal e os gastos exagerados, como os pagamentos milionários aos executivos, estão entre as razões pelas quais os preços dos derivados de petróleo no Brasil são tão elevados "enquanto um tanque de carro cheio custa R$ 5 na Venezuela". - A CPI haverá de mostrar muito mais sujeira nessa Petrobras - disse. Mão Santa citou reportagem publicada na imprensa denunciando que os diretores da estatal ganham quase R$ 80 mil por mês e os conselheiros, um décimo desse valor. Entre os conselheiros estão os ministros da Casa Civil, Dilma Rousseff, e da Fazenda, Guido Mantega; o ex-ministro de Minas e Energia Silas Rondeau; o presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli; e o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, Luciano Coutinho. O parlamentar registrou ainda que as reuniões do conselho ocorrem apenas a cada quatro meses, "para dar algumas opiniões, assinar uns papéis, bater um papo, tomar um cafezinho". - Eles ganham R$ 32 mil por uma reunião do conselho - ressaltou. Com pagamentos, segundo Mão Santa, a Petrobras gasta mais de R$ 918 mil por mês e quase R$ 8 milhões por ano. (Da Agência Senado)
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Atualizando em 26 de junho, 11:48: o Coturno Noturno analisou a ata da reunião desde que surgiram os primeiros números, há mais de uma semana, sobre a remuneração dos conselheiros da Petrobras. Não é correto este número de R$ 76 mil por mês para conselheiros. A assembléia aprovou o valor da remuneração total da Diretoria, sendo que 10% foi destinado ao Conselho de Administração. Hoje o Conselho Braziliense publica a informação correta, ao que parece. Este valor de R$ 70 mil e alguma coisa é para diretores, como o Gabrielli.

Conselheiros privilegiados da Petrobras

Escrito em 16 de junho de 2009 – 18:29 -

A pedido do blogueiro Aldo, reproduzo:
Deu no jornal “Valor ” de 11 de maio de 2009.
Ata da Assembléia Geral Ordinária da Petrobras de 8 de abril de 2009:
Valor para reserva para pagamento de 9 Conselheiros, 8.266.600,00
Conselheiros: Ministro da Casa Civil, Dilma Vana Rousseff; Ministro da Fazenda, Guido Mantega; Secretário de Comunicação Social, Franklin Martins; Gen Ex R1 Albuquerque, Ex Cmte do EB


Postagem sobre Política |


11 Respostas para “Conselheiros privilegiados da Petrobras”

Por João da Silva em 16 de junho de 2009 - 19:55 | Comente

Essa informação está mais completa no blog do Renaldo Azevedo. Ele esclarece que cada conselheiro recebe um jabaculezinho de R$ 76.542,59 mensais, ou R$ 918.511,11 por ano. Mais os salários e mordomias de seus cargos de ministros, me parece que eles não têm do que se queixar. E muito menos que aceitar qualquer CPI na Petrobras.

Eis o que publicou o Blog do Senador Alvaro Dias que, como se vê está, na contramão das informações contidas no discurso pronunciado, no Senado da República, pelo Senador Mão Santa e pela postagem do Blog do Coronel, ambos transcritos acima.

Entretanto o Senador, sem olhar para as gastanças e abusos do Senado acrescenta que as reuniões do conselho ocorrem apenas a cada quatro meses, "para dar algumas opiniões, assinar uns papéis, bater um papo, tomar um cafezinho". - Eles ganham R$ 32 mil por uma reunião do conselho - ressaltou. Com pagamentos, segundo Mão Santa, a Petrobras gasta mais de R$ 918 mil por mês e quase R$ 8 milhões por ano.

Estas informações precisam ainda serem checadas.

Ainda que, excluídas as expressões maldosas do Senador, esta parte do seu discurso seja, também, verdadeira, ainda será pequena será "café pequeno" diante do que percebe o Senador, por dentro e por fora, sem necessidade de comparecer para tomar cafezinho. como atestam as sessões vazias do Senado e, isto tudo por conta da "viuva", o que equivale dizer, com o meu, o seu, o nosso dinheirinho.

Enquanto isto, dinheiro da Petrobras resulta de suas atividades operacionais e não dos cofres públicos, sob o olhar atento das empresas associadas dos investidores que embolsam os dividendos das ações da empresa mista, uma das mais negociadas na Bolsa de Valores, por isto o desempenho da empresa é avaliado diariamente.

O Senador Mão Santa foi injusto com os Conselheiros. Será que eles não precisam estudar o funcionamento da empresa e, validam balanços sem estudá-los.

Para tristeza nossa, o Senador parece que quer dizer que suas atividades no Senado se pautam e se coadunam com as suas afirmações impensadas.

Conselheiros privilegiados da Petrobras

Escrito em 16 de junho de 2009 – 18:29 -

A pedido do blogueiro Aldo, reproduzo:
Deu no jornal “Valor ” de 11 de maio de 2009.
Ata da Assembléia Geral Ordinária da Petrobras de 8 de abril de 2009:
Valor para reserva para pagamento de 9 Conselheiros, 8.266.600,00
Conselheiros: Ministro da Casa Civil, Dilma Vana Rousseff; Ministro da Fazenda, Guido Mantega; Secretário de Comunicação Social, Franklin Martins; Gen Ex R1 Albuquerque, Ex Cmte do EB


Postagem sobre Política |


O autor do Blog PARLAMENTO & PARLAMENTARES acrescenta que toda esta farsa teve origem em um e-mail irresponsável, desses que abundam na rede, cujos autores se escondem no anonimato e que visam efeitos escusos e que se aproveitam da boa fé dos incautos que os encaminham e disseminam.

Há alguns meses, o PAINEL DO PAIM recebeu um desses malfadados e-mails.

Fomos pesquisar: Dirigimo-nos diretamente a fonte citada, o jornal "VALOR".

Pois bem. Lá estava, simplesmente, publicada a ata da Petrobras, mas o referido jornal não emitiu juízo de valor.

Foi o inescrupuloso autor do e-mail que distorceu a informação, dividindo o montante anual atribuído a salários e jetons dos conselheiros e dividindo-o unicamente pelo número de conselheiros.

E, mesmo que fosse dividido pelo somatório de diretores e conselheiros haveria distorção, pois
os salários dos executivos da Petrobrás, segundo o discurso do Senador Mão Santa chega a 8o mil reais, provavelmente consentâneo com o valor de mercado, tanto que os representantes das
empresas que integram o capital da Petrobras não se insurgem contra isto.

Na ocasião, não contraditamos a farsa porque para fazê-lo teríamos que publicar o e-mail, o que seria "colocar azeitonas na empada" do falsário anônimo.

Mas agora, como os incautos disseminadores dessa inverdade têm nome e sobrenome, podemos desmenti-los.


Para corroborar nossas informações o leitor poderá, por si mesmo, compulsar a ata, publicada sem comentários pelo jornal VALOR, que nela não encontrou nada de anormal, como não viram os demais detentores de capital, na empresa de economia mista - a Petrobrás, com direito a voto, os quais compareceram o à Assembléia e assinaram a referida ata.

O nome das empresas e outras instituições que detém 49% do capital da Petrobràs, entre as quais a Bradesco Petros, compareceram a Assembléia e assinaram a ata e, para que não pairem dúvidas sobre o que e como consta da ata, disponibilizamos aos leitores tal ata para os nossos leitores, tal e qual como como foi publicada pelo jornal VALOR, podendo ser assinada através do seguinte site:

http://www2.petrobras.com.br/ri/port/InformacoesAcionistas/pdf/ATA_AGO_08abr09_port.pdf

domingo, 23 de agosto de 2009

Crise no Senado ajuda PMDB dos grotões a enterrar herança de Ulysses

Maurício Savarese
Do UOL Notícias
Em São Paulo

"Respeitem o líder da oposição!", gritou Ulysses Guimarães (1916-1992) quando, em Salvador, a polícia e seus cães se colocaram diante dele, presidente do MDB (Movimento Democrático Brasileiro), e de um grupo que rumava à sede regional do partido. Era 1978 e o governo ditatorial proibia concentrações públicas.


* Izabel Cristina/Folha Imagem - 17.07.1987



Ulysses Guimarães e José Sarney: duas propostas políticas diferentes para o mesmo PMDB

* Manifestantes protestam contra Sarney em São Paulo
* "Não me sinto culpado por nada", diz Sarney a TV


Anos depois, a democracia retornou. Mas aquela postura desafiadora do "Senhor Diretas" foi dando espaço ao hábito do governismo, que traçou na atual crise do Senado uma linha quase definitiva para separar os militantes históricos dos novos peemedebistas.

Antigos líderes, como Pedro Simon (RS) e Jarbas Vasconcellos(PE), se esgoelaram para pedir a saída do colega de partido, José Sarney (AP), da presidência do Senado. Acabou desdenhado pelo ex-presidente da República e pelo líder do PMDB na Casa, seu rival mais jovem Renan Calheiros (AL). Interlocutores do mais antigo parlamentar da sigla, o deputado Mauro Benevides (CE), lamentam o fato de ele raramente ser ouvido para discutir os rumos do partido.

"Eu ainda resisto porque tenho de honrar a memória de Ulysses, de Tancredo Neves e de tantos outros que representam o espírito do MDB", disse o senador Simon ao UOL Notícias. "Mas vejo que quando eu morrer, quando o Jarbas Vasconcelos morrer, o PMDB vai ficar ainda mais distante de qualquer coerência histórica. Hoje o partido quer administrar muitas cidades, muitos Estados, mas ele não tem projeto de administrar o país. Quer seguir governando, acendendo vela para um lado e para o outro. Ainda bem que o Ulysses não está aqui para ver o que fizeram com o legado dele."

* Lula Marques / Folha imagem - 24.03.2009

Almeida Lima (à esq.), do Sergipe, e Calheiros, de Alagoas, no Senado: as novas "estrelas" do PMDB

Enquanto isso, figuras novas como os senadores Wellington Salgado (MG) e Almeida Lima (SE) ganham espaço por fazerem o papel de "tropa de choque governista", em especial na defesa de Sarney, pressionado por quase todos os outros partidos a deixar o cargo após uma série de denúncias. Esses são parlamentares que tiveram pouca ou nenhuma convivência com Ulysses e seus colegas da "Manda Brasa", como era chamado o partido durante a luta pela redemocratização do Brasil.

"Governismo une o PMDB"
Se durante os anos de chumbo o PMDB tinha o monopólio da oposição oficial - já que a ditadura colocou os outros na clandestinidade-, com a redemocratização o seu monopólio do governismo tem estimulado a baixa fidelidade partidária. "São dois partidos diferentes, um antes e outro depois da democracia", diz o presidente do PPS, Roberto Freire. "Quando estive no PMDB fiquei com figuras como Leonel Brizola, Fernando Henrique, José Serra, Tancredo. Discordávamos muitas vezes, mas a luta contra a ditadura nos unia. Hoje o governismo une o PMDB."

Apenas no Senado, onde a atual crise se desenvolveu, estão o líder do governo Lula, Romero Jucá (RR), ex-PSDB e ex-PFL; Renan Calheiros, que é um dos fundadores do partido tucano, e Sarney, ex-presidente do PDS, que sucedeu a Arena na sustentação ao Regime Militar. O senador Leomar Quintanilha (TO), articulador de bastidores, já foi do PDS, do PCdoB e agora é peemedebista. Nenhum deles foi encontrado para fazer comentários sobre o assunto.

Federação de lideranças regionais
"Até a Constituição de 1988, o PMDB era uma federação de lideranças políticas históricas, democráticas, à esquerda e sob a liderança do Ulysses, que era o condutor do partido", diz o cientista político Marcos Figueiredo, do Iuperj (Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro).


"Depois da criação do PSDB e a eleição presidencial que deu expressão nacional a outros partidos, o PMDB se tornou uma federação de lideranças regionais e perdeu expressão. Essa crise ajuda a mostrar como os rostos do PMDB são quase todos ilustres desconhecidos nacionalmente, muitos deles baseados mais em redutos eleitorais do que em plataformas sólidas."

Uma das rachaduras mais explícitas entre o projeto de Ulysses e o que o PMDB se tornou, dizem membros mais antigos do partido, foi a postura do Conselho de Ética do Senado para arquivar sumariamente as 11 representações contra Sarney, aplicando o simples conceito de maioria contra minoria.

"Em outros tempos o Ulysses daria murros na mesa diante de um argumento tão fraco. Diria que o conselho é de ética, não um palco de governo contra oposição. Ele sempre achou esse tipo de lógica muito perigosa porque acaba com a interlocução em questões que muitas vezes são conciliáveis", disse um peemedebista, que preferiu não se identificar, aliado do maior expoente da sigla.

O senador Salgado, no entanto, não hesitou para defender essa visão mais belicista. "Não pensem que chegarão aqui, atacarão um presidente, eleito pelo PMDB, que tem toda uma historia, e achar que vamos ficar calados", disse o suplente do ministro Hélio Costa (Comunicações) durante a crise com Sarney.



Renan exibiu estilo neopeemedebista em bate-boca com Tasso no início do mês

Depois, insinuou uma prática que Ulysses dizia dispensar, por preferir o confronto aberto com a maioria dos adversários: as ameaças veladas. "Não estamos dispostos a aceitar essa situação [de pressão ao presidente do Senado]. Agora, doa a quem doer, chore quem chorar, reclame quem reclamar, nós vamos tomar posições firmes", afirmou da tribuna.

Para a presidente do partido, Íris de Araújo (PMDB-GO), as tensões entre "históricos" e "moderados" são normais "no maior partido do Brasil, uma entidade complexa porque tem mais de 1.200 prefeitos, vários governadores e ministros, além dos presidentes das duas Casas do Congresso".

Ela avalia que a convivência entre os dois grupos seria mais pacífica se o PMDB usasse sua capilaridade para buscar candidatura própria à Presidência da República, e não apenas esperar para definir qual facção cerrará fileiras com petistas e qual irá junto dos tucanos.

"Sou uma representante da base do partido e sei que nossa base é muito fiel não só pela história de Ulysses e Tancredo, que são nossas marcas registradas, mas também por nosso estilo de governar. Temos bons administradores e uma candidatura à Presidência uniria mais o partido. Um partido com tanta tradição e com uma base tão grande não pode ficar à espera do que os outros vão decidir", afirmou.

Mudanças estruturais
Não é só no estilo dos seus parlamentares que o PMDB aponta para a superação da figura de Ulysses. A formação de grupos para mulheres, negros e jovens nunca esteve nos planos do maior expoente da legenda. Hoje, diante de iniciativas do tipo promovidas pelos outros grandes partidos, os peemedebistas capitularam.

"Na cabeça do Ulysses a gente tem que participar sem estar setorizado. Mas as coisas mudaram. Por esse motivo aceitei convite para assumir essa presidência nacional do PMDB Afro", disse Jorge Coutinho, ator e mais um dos históricos do partido. "Eu concordo com o Ulysses. Não precisava ter mesmo. Mas a nossa cabeça é uma e a dos outros é outra."

Coutinho afirma que assumiu a tarefa para estimular o partido a participar de ações comunitárias e se reaproximar do povo. Mas admite que se sente desconfortável com os novos integrantes, principalmente aqueles com passagem pela Arena, e que se aninham no PMDB para ficarem mais perto do poder central.

"Como PMDB tem muita gente, virou um balaio de gatos. O grande erro do PMDB, o Ulysses dizia muito, é que o governo tem que governar com o partido. Mas a base do partido não está no poder. Não conheço os secretários do PMDB no Rio nem os ministros. E sou fundador do partido."

Ex-presidente do Senado e memória da história do partido, o deputado Benevides diz que hoje o PMDB é mais homogêneo em suas decisões do que nos últimos anos e que se ajustou à conjuntura da política eleitoral brasileira.

"O partido sempre esteve aberto aos identificados com os seus propósitos. Ao albergar todas essas figuras já pertencentes a outras facções nós abrimos espaço na defesa dos nossos postulados. Um partido de centro-esquerda", afirmou.

Sente-se confortável em um partido com tantas caras novas, muitas delas de ex-adversários seus, deputado? "A gente se acostuma, meu filho. Não dá para ser o que já foi."

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Atropelado por Marina, PSOL debate se lança já Heloísa Helena

Haroldo Ceravolo Sereza
Do UOL Notícias
Em São Paulo

Atropelado pela possível candidatura à Presidência da República da senadora e ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva (AC), que deixou o PT na terça-feira e analisa convite do Partido Verde, o

PSOL de Heloísa Helena discute em seu 2º Congresso, que começa hoje (21) em São Paulo, se lança o nome da ex-senadora para suceder Luiz Inácio Lula da Silva. O encontro termina no domingo.

O nome de Heloísa Helena e a decisão de lançá-la o mais rapidamente possível são quase consensuais no partido. O único senador do partido, José Nery (PA), defende esta posição; o líder do partido na Câmara, o deputado Ivan Valente (SP), vê urgência na proposta; João Batista Oliveira de Araújo, o Babá (RJ), que não conseguiu se eleger em 2006, mas que está à frente de uma das correntes mais à esquerda do partido, diz que "a classe

* Sérgio Lima - 29.jul.2009/Folha Imagem



O senador José Nery (PA) e Heloísa Helena (AL), em Brasília
* Ag. Câmara

A classe trabalhadora não pode esperar a indefinição"; o independente Carlos Gianazzi, deputado estadual em São Paulo, apoia a estratégia. Mas há uma discordância: a da corrente mais próxima da própria Heloísa Helena.

"Ainda é cedo para tomar a decisão", defende a deputada federal Luciana Genro (RS), que integra o MES (Movimento Esquerda Socialista), a corrente que atualmente dirige o partido, presidido por Heloísa Helena. Ela reconhece que "esse será um dos debates", mas argumenta que "Heloísa está em primeiro lugar nas pesquisas para o Senado por Alagoas".

Uma das figuras esperadas para um seminário sobre a crise internacional, realizado entre terça e quarta pelo PSOL também em São Paulo, Heloísa Helena não apareceu. Segundo ela, precisava cuidar do filho, que enfrentava problemas de saúde. Desde segunda-feira, o UOL Notícias tenta, sem sucesso, falar com a atual vereadora em Maceió pelo PSOL.

Uma pesquisa publicada pelo jornal "Extra Alagoas" aponta Heloísa Helena como a candidata ao Senado preferida pelo eleitorado da capital do Estado, por 47,5% dos eleitores. Em segundo lugar, aparece o nome de Ronaldo Lessa (PSB), com 18,9%. Renan Calheiros (PMDB) estaria em terceiro, com 8,2%.

O MES pretendia adiar o debate sobre a eleição de 2010 para um encontro específico sobre as eleições, a ocorrer entre o fim de 2009 e o começo do ano que vem. A conferência eleitoral definiria não apenas a candidatura presidencial, como também o perfil das candidaturas majoritárias nos Estados e as alianças do partido.

"Existe uma aceleração da disputa de 2010, e a campanha já está muito antecipada. Antecipada pela candidatura Dilma (PT), pelo recall de José Serra (PSDB) e por vários fatos novos, como a entrada da Marina na disputa. Há uma disputa que se pulverizou, e nesse contexto a Heloísa Helena mostrou uma força ímpar", defende Ivan Valente. "Ela é altamente competitiva e mostra a força e a consolidação de um projeto de esquerda, socialista e programático."

Valente argumenta que "na política não há vácuo" e que a eleição de 2010 é importante porque é a primeira, desde a redemocratização de 1985, sem a presença de Lula entre os candidatos. E que o PSOL precisa ocupar o espaço que se apresenta para uma proposta antineoliberal e socialista. "O único partido com condição de fazer este trabalho é o PSOL", afirma.

A crise do Senado também é apontada por vários integrantes do PSOL como um fator que reforça o nome de Heloísa Helena, que, segundo um dos cenários da mais recente pesquisa Datafolha, receberia o voto de 12% dos entrevistados - pouco atrás de Dilma (16%) e Ciro Gomes, do PSB (15%). Neste cenário, José Serra (PSDB) teria 37% das intenções de voto, e Marina Silva, 3%.

"Não há figura mais ideal do que ela para defender nossas posições, como o Fora Sarney e as críticas ao governo Lula. Se ela não for candidata, seria um grande desperdício político para o partido", diz João Batista Babá, da CST (Corrente Socialista dos Trabalhadores). Para Babá, se Marina entrar no PV terá de explicar o apartamento que a família Sarney usa em São Paulo, pago por uma empreiteira, uma vez que o deputado federal Zequinha Sarney (MA), filho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), é uma das principais lideranças dos verdes.

Aliança com Marina.
O nome de Marina é visto por vários integrantes do PSOL com simpatia, mas também com reticências. Um membro da Executiva, Mário Augusto de Azeredo, reconhece que a discussão sobre uma candidatura própria está atravessada pela opção de Heloísa Helena de concorrer ao Senado em Alagoas, mas afirma que o partido precisa construir uma candidatura à esquerda da de Marina.

O ex-deputado Milton Temer (RJ) afirma que o partido pode conversar com ela, desde que ela discorde de Zequinha Sarney.

Marina é, no entanto, vista como uma opção para o PSOL, por exemplo, pelo deputado Gianazzi: "O primeiro cenário é Heloísa para presidente e Plínio de Arruda Sampaio para governador de São Paulo. No segundo cenário, o PSOL poderia fazer uma aliança com a Marina, embora a gente tenha divergências com o PV", diz o deputado estadual. Em São Paulo, por exemplo, o PV apoia o governador José Serra (PSDB) e o prefeito Gilberto Kassab (DEM). "Acho que o PSOL poderia fazer algumas concessões a ela", defende Gianazzi - para ele, aliás, Marina está mais próxima do PSOL politicamente que do PV.

Valente, por sua vez, afirma que Marina é respeitável e tem um perfil político de combate, mas que "o projeto do PSOL é mais global".
UOL Celular

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Mercadante anuncia no Twitter que deixa liderança do PT de forma "irrevogável"

Maurício Savarese
Do UOL Notícias
Em São Paulo
Atualizado às 12h28

Em meio à crise da bancada petista no Senado, o senador Aloizio Mercadante (SP) anunciou nesta quinta-feira (20) no microblog Twitter que deixa a liderança da legenda na Casa depois do arquivamento das representações contra José Sarney (PMDB-AP) e do estremecimento de suas relações com colegas de partido.

"Eu subo hoje à tribuna para apresentar minha renúncia da liderança do PT em caráter irrevogável", escreveu Mercadante. O pronunciamento deve acontecer por volta das 15h, segundo assessores do parlamentar.

Voto do PT decide arquivamento de denúncias contra José Sarney

* Após 30 anos, senadora Marina Silva deixa o PT
* Lina x Dilma: governo deve apresentar provas

O senador, que deve disputar a reeleição em 2010, alfinetou os colegas que anunciaram saída do partido. Marina Silva (AC) pediu desfiliação na quarta-feira depois de receber convite do PV para disputar a Presidência da República.

Flávio Arns (PR) afirmou que sairá do PT porque sentiu vergonha da posição do partido de ceder às pressões do Palácio do Planalto e votar pela absolvição de Sarney no Conselho de Ética.

"Ao contrário dos que estão deixando o partido, saio da liderança para disputar, junto à militância, a concepção do PT que eu acredito", afirmou Mercadante.

Na quarta-feira, Mercadante se recusou a ler nota assinada pelo presidente do PT, Ricardo Berzoini, orientando os parlamentares do partido no Conselho de Ética do Senado a arquivar as representações contra Sarney.

O senador Delcídio Amaral (MS), que integra o órgão pelo PT junto de João Pedro (AM) e Ideli Salvatti (SC), também usou o Twitter na quarta-feira para criticar a posição de Mercadante.

Crise com o Planalto
Nas últimas semanas a posição de Mercadante pela reabertura de pelo menos uma das 11 representações contra Sarney o afastou do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, pré-candidata à sucessão presidencial em 2010.

Em julho, uma nota assinada pelo petista dizia que gravações da PF indicaram envolvimento de Sarney na negociação da contratação do namorado da neta. "É grave, porque há indícios concretos da associação do peemedebista com atos secretos", dizia a nota.

Mercadante pedia o o afastamento temporário do presidente do Senado. Na época, o ministro José Múcio Monteiro (Relações Institucionais) disse que o pedido de licença de Sarney feito por Mercadante era um ato isolado de "um ou dois" senadores.

* do UOL Notícias

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Com "acordão", Conselho de Ética arquiva denúncias contra Sarney e Virgilio

Claudia Andrade
Do UOL Notícias
Em Brasília


Depois de arquivar todas as acusações contra o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), os membros do Conselho de Ética também livraram o líder do PSDB na Casa, Arthur Virgilio (AM). O "acordão" entre aliados de Sarney e oposicionistas mostrou-se eficiente no resultado da votação unânime a favor do arquivamento da ação: 15 a zero.

Assim como as ações contra o peemedebista, a representação contra o tucano também já havia sido arquivada pelo presidente do conselho, senador Paulo Duque (PMDB-RJ). No entanto, foi apresentado recurso contra a decisão.

Sobre o arquivamento das denúncias contra Sarney, a oposição planeja repetir o movimento, agora recorrendo ao plenário do Senado, em uma nova tentativa de forçar a investigação das acusações contra o presidente do Senado.

Em relação a Virgilio, a justificativa dada por vários dos votantes foi a de que as explicações dadas pelo tucano "foram convincentes". "Estou satisfeito com as explicações dadas pelo nobre senador", manifestou o vice-presidente do colegiado, Gim Argello (PTB-DF).

Foram seis denúncias contra Sarney analisadas em bloco pelos integrantes do colegiado. Quatro foram apresentadas por Virgilio e duas em conjunto por Virgilio e Cristovam Buarque (PDT-DF). As representações foram cinco: três protocoladas pelo PSDB e duas pelo PSOL.

As denúncias têm um peso menor em relação às representações, apresentadas por partidos e que podem resultar em cassação. O caminho até a perda de mandato, no caso de uma denúncia, é mais longo.

Votaram a favor da abertura de processo os seguintes senadores: Demóstenes Torres (DEM-GO), Eliseu Resende (DEM-MG), Marisa Serrano (PSDB-MS), Sérgio Guerra (PSDB-PE), Rosalba Ciarlini (DEM-RN), Jefferson Praia (PDT-AM).

Votaram contra a investigação: Wellington Salgado (PMDB-MG), Almeida Lima (PMDB-SE), Gilvam Borges (PMDB-AP), Inácio Arruda (PCdoB-CE), o vice-presidente do conselho, Gim Argello (PTB-DF), o corregedor Romeu Tuma (PTB-SP). Três petistas também foram contra as acusações: o titular João Pedro (AM) e os suplentes Delcídio Amaral (MS) e Ideli Salvatti (SC).

As votações se repetiram tanto na análise em bloco das denúncias como na avaliação das representações. O presidente do conselho, senador Paulo Duque (PMDB-RJ) só votaria em caso de empate. O petista Eduardo Suplicy (SP) não votou, por ser o terceiro suplente do partido, mas deixou registrado que votaria a favor da investigação.

Denúncias contra Virgilio
O senador tucano foi alvo de uma representação do PMDB com várias acusações. Uma delas referia-se ao pagamento de salário a um funcionário do seu gabinete que estava morando na Europa. O parlamentar também foi acusado de ultrapassar o limite do plano de saúde para pagar despesas com um tratamento de saúde de sua mãe.

Além disso, Virgilio teria recebido empréstimo do ex-diretor-geral do Senado Agaciel Maia para pagar gastos durante uma viagem a Paris. Agaciel é apontado como um dos responsáveis pelo escândalo dos atos secretos utilizados principalmente para criar cargos e aumentar salários. Foi afastado do cargo depois da denúncia de que teria omitido da Receita Federal um imóvel avaliado em R$ 5 milhões.

Virgilio defendeu-se. Disse que devolveria o dinheiro público direcionado para o pagamento ao funcionário afastado. Afirmou também que o empréstimo de Agaciel foi quitado.



Críticas ao PT
No início da sessão, foi lida no plenário do conselho uma carta do presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini, com a orientação para que todos os integrantes do partido votassem pelo arquivamento das representações, por achar que o conselho "não tem condições para encaminhar uma investigação isenta e equilibrada".

O senador Demóstenes Torres (DEM-GO) criticou a carta do PT. "Essa nota é deplorável em todos os aspectos. Hoje o PT tem um discurso que se dissocia totalmente da prática. Deixou de ser um partido dialético para ser 'duolético'. Perdeu sua identidade e muda de posição toda hora".

Pedro Simon (PMDB-RS) foi ainda mais duro em sua crítica, ao dizer que "hoje é o dia em que o PT abraça o Sarney e o Collor e a (senadora) Marina (Silva) sai. Não sei quem representa o PT lá na origem hoje: se é o Lula do Sarney ou se é a Marina".

Após recorrer do arquivamento sumário das acusações pelo presidente do conselho, a oposição passou a trabalhar em busca dos votos do PT, que seriam decisivos na tentativa de desarquivar as acusações. O debate gerou divergências dentro do Partido dos Trabalhadores a ponto de fazer seu líder no Senado, Aloizio Mercadante (SP), colocar sua liderança à disposição. Ele estaria sendo pressionado por aliados para substituir os petistas que fazem parte do conselho, o que aumentaria a 'blindagem' ao presidente Sarney.

O debate e a articulação da oposição mostraram-se inócuos nesta quarta, depois da orientação do presidente do partido e do seu resultado prático: três votos do PT a favor do arquivamento das acusações.

Acusações arquivadas pelo Conselho no dia 7 de agosto
1. Denúncia de Arthur Virgilio feita em 23 de julho. Acusa Sarney de usar ato secreto para a nomeação do namorado de sua neta
2. Representação do PSDB feita em 28 de julho. Acusa Sarney de obter favorecimentos através de atos secretos
3. Representação do PSDB feita em 28 de julho. Acusa Sarney de favorecer o neto em operações de empréstimo a funcionários do Senado
4. Representação do PSDB feita em 28 de julho. Acusa Sarney de desvio de recursos públicos na Fundação Sarney e de mentir ao negar ter ligações com a administração da Fundação José Sarney
5. Representação do PSOL feita em 29 de julho. Acusa Sarney de omitir casa de R$ 4 milhões da Justiça e de ter conta ilegal no exterior, gerenciada por Edemar Cid Ferreira
6. Denúncia de Arthur Virgilio e Cristovam Buarque (PDT-DF) feita em 29 de julho. Acusa Sarney de vender terras nunca registradas em seu nome, evitando o pagamento de impostos
7. Denúncia de Arthur Virgilio e Cristovam feita em 29 de julho. Acusa Sarney de ter se beneficiado na operação Boi Barrica. A operação da PF investiga seu filho, Fernando Sarney

Acusações arquivadas pelo Conselho no dia 5 de agosto

1. Denúncia de Arthur Virgilio (PSDB-AM) feita em 29 de junho. Contém 19 acusações. Entre elas, está a que acusa Sarney de favorecer a empresa de seu neto em operações de empréstimo a funcionários do Senado, e a que o acusa de ser condescendente com a publicação de atos secretos

2. Representação do PSOL feita em 30 de junho. Acusa Sarney de usar os atos secretos para conceder benefícios e aumentar salários

3. Denúncia de Arthur Virgilio feita em 10 de julho. Acusa Sarney de usar o advogado do Senado no Supremo Tribunal Federal em ação envolvendo causas próprias

4. Denúncia de Arthur Virgilio feita em 14 de julho. Acusa Sarney de ter mentido, ao negar ter ligações com a administração da Fundação José Sarney

* do UOL Notícias

Oposição dá como certo arquivamento de ações contra Sarney no Conselho de Ética

Da Agência Brasil
Em Brasília


A oposição já dá como certo o arquivamento de todas as representações apresentadas ao Conselho de Ética contra o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).

O colegiado reúne-se hoje (19), às 15 horas, para apreciar os 11 recursos contra as decisões do presidente Paulo Duque (PMDB-RJ) de não acatar as denúncias e representações para a abertura de investigações contra o peemedebista.

"O Conselho de Ética reúne-se hoje. Sem os votos do PT que resolveu blindar Sarney só restará o recurso ao plenário do Senado", afirmou o vice-líder do PSDB, Álvaro Dias (PR). O parlamentar acrescentou que tem em mãos parecer da Consultoria Jurídica da Casa que considera regimental a apreciação desses recursos em plenário.

Os três votos do PT são fundamentais para decidir se o conselho dará prosseguimento às investigações sobre supostas irregularidades que envolvem o nome de Sarney ou se manterá o arquivamento das denúncias. Ontem (18), no depoimento da ex-secretária da Receita Federal, Lina Vieira, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), PMDB e PT mostraram-se coesos na defesa do governo federal.

O líder do PMDB, Renan Calheiros (AL), atribuiu a iniciativa da oposição em convidar Lina Vieira à tentativa de antecipar a campanha eleitoral de 2010 e de desgastar as imagens do presidente Lula e da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, eventual candidata à Presidência da República.

A ex-secretária foi convidada a comparecer ao Senado, por iniciativa da oposição, para explicar suposto encontro que teria ocorrido no ano passado com a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto. A ministra teria lhe pedido, na ocasião, para agilizar as investigações, que estão em andamento na Receita Federal, contra o empresário Fernando Sarney, filho do presidente do Senado,

O senador Renato Casagrande (PSB-ES), também defensor do afastamento de José Sarney da presidência da Casa, ainda mantém a esperança de contar com os votos do PT na reunião de hoje do Conselho de Ética. "Temos que tentar conseguir no PT os votos favoráveis para a abertura das investigações. Vamos ver como é que fica."

Casagrande, como o vice-líder tucano, defende que é regimental o recurso ao plenário do Senado para que todos os senadores decidam sobre o destino destas investigações. Na verdade, desde o início das apresentações das denúncias e das representações contra Sarney, os partidos que defendem as investigações já traçaram a estratégia de forçar todos os parlamentares a votar nominalmente sobre o assunto.

A Agência Brasil tentou contato com os petistas Delcídio Amaral (MS), João Pedro (AM) e Ideli Salvatti (SC), integrantes do colegiado, mas não conseguiu conversar com os parlamentares.

* do UOL Notícias

domingo, 16 de agosto de 2009

Congresso tem índice de reprovação de 44%, mostra Datafolha

SÃO PAULO (Reuters) - O Congresso atingiu índice de reprovação de 44 por cento, segundo pesquisa Datafolha divulgada na edição deste domingo do jornal Folha de S.Paulo. No último levantamento, realizado em maio, esse índice estava em 34 por cento.

A pesquisa publicada neste domingo indica ainda que 74 por cento dos brasileiros defendem a saída de José Sarney (PMDB-AP) da presidência do Senado. Para 66 por cento dos brasileiros, o senador está envolvido em irregularidades.

Nessa seara, 36 por cento dos entrevistados preferem um afastamento temporário de Sarney e 38% defendem a renúncia.

A pesquisa Datafolha ouviu 4.100 pessoas entre os dias 11 e 13 de agosto.

(Texto de Stella Fontes)

UOL Celular

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Petistas do conselho se negam a votar contra Sarney

Lula Marques/Folha






Delcídio Amaral, Ideli Salvatti e João Pedro, os três senadores que representam o PT no Conselho de (a)Ética se recusam a votar contra José Sarney.



Em público, o líder petista Aloizio Mercadante diz que o partido discorda do arquivamento sumário das 11 ações protoladas contra Sarney.



Mercadante insinuou que o PT se aliaria à oposição, para desarquivar pelo menos uma ação, relacionada à edição de atos secretos.



Em privado, a trinca de petistas com assento no conselho desdiz Mercadante. Mais: os “liderados” crivam o “líder” de críticas.



Acusam-no de “jogar para a platéia”, de “fazer jogo de cena”. De resto, negam que o PT tenha decidido devolver Sarney à grelha.



“A única decisão que foi tomada até agora foi a de não decidir”, dizia na noite passada um dos “petês” do conselho.



Dos três petistas com direito a voto no conselho, só João Pedro é titular. Delcídio é primeiro suplente. Ideli ocupa a segunda suplência.



Alçados ao colegiado a contragosto, Delcídio e Ideli não contavam com a hipótese de ter de votar. Foram, porém, à vitrine. Por quê?



Dois senadores do bloco governista renunciaram à condição de titulares do conselho: Antonio Carlos Valadares (PSB) e João Ribeiro (PR).



Numa tentativa de fugir ao voto, Delcídio e Ideli instaram Mercadante a nomear novos titulares. Gente do consórcio governista, disposta a livrar a cara de Sarney.



Além de “comandar” o PT, Mercadante é líder do bloco do governo. Um aglomerado partidário que inclui também PSB, PR, PCdoB e PRB.



Cabe a Mercadante fazer as indicações desse bloco para comissões e conselhos. Consultado, Roberto Cavalcanti (PRB-PB) se dispôs a ir ao conselho para livrar a cara de Sarney.



Mercadante se recusou, porém, a promover a alteração. Não quer ser pendurado nas manchetes como protagonista de uma manobra pró-Sarney.



Ideli e Delcídio tem encontro marcado com as urnas no ano que vem. A votação no conselho é aberta. Receiam que o voto pelo arquivamento lhes custe caro.



A dupla cogitou faltar à votação. Neste caso, porém, seriam chamados a votar o terceiro e o quarto suplentes do bloco. Quem são eles?



Um par de petistas anti-Sarney: Eduardo Suplicy e Augusto Botelho. A dupla é signatária de um manifesto que pede o afastamento de Sarney da presidênca.



Renan Calheiros –líder do PMDB, desafeto de Mercadante e general da tropa de Sarney— pressiona Delcídio e Ideli a “fazer o que tem de ser feito”.



Há ainda a hipótese da abstenção. Na prática, surtiria o mesmo efeito do voto contrário ao desarquivamento. Impediria a oposição de alcançar a maioria.



Estão em jogo no conselho 15 votos. Juntos, PSDB e DEM somam cinco. Precisam dos três votos do PT para chegar aos oito que levariam ao desengavetamento.



Mantido o cenário atual, Renan espera entregar a Sarney um placar de dez votos contra cinco. Ou sete a cinco, mais três abstenções.



Além de desarquivar pelo menos uma ação contra Sarney, Mercadante acenara à oposição com a manutenção na gaveta da representação contra o tucano Arthur Virgílio.



De novo, os “liderados” de Mercadante realçam o “contrasenso”. Ouça-se um deles: “Temos de ter uma posição uniforme...”



“...Como justificar a reabertura do processo contra Sarney e o arquivamento da representação do Arthur Virgílio?”



Escute-se outro: “Nessa hora, todo mundo é japonês. Não dá para tratar um assim e outro assado”.



Ou seja: os petistas do conselho até admitem o refresco a Virgílio, desde que o refrigério seja estendido a Sarney.



A bancada do PT é composta por 12 senadores. Pelo menos sete são favoráeis ao asfastamento de Sarney.



Curiosamente, Mercadante acomodou nas primeiras posições do conselho justamente os três mais identificados com a tese da “governabilidade”.



Daí a acusação, feita pelos próprios petistas, de que Mercadante joga para a platéia. Sabe que Sarney está salvo. Mas frequenta o noticiário em posição de ataque.



O que incomoda senadores como Delcídio e Ideli é a sensação de que Mercadante entra numa luta de boxe, por assim dizer, com a cara alheia.



Há no bloco do governo quem se disponha a fazer por obrigação o que os petistas fazem por pressão. Renato Casagrande (PSB-ES), por exemplo.



“Não vou pedir para ser nomeado para o conselho, mas se o Mercadante me indicar, estou pronto para afiar a enxaga e atacar o eito”, diz Casagrande.



O senador não tem dúvidas quanto ao que deve ser capinado: “Até para que o presidente Sarney possa se defender, precisamos reabrir alguma coisa no conselho”.



A oposição, por sua vez, não perde a oportunidade de fustigar Mercadante: “Nós estamos nas mãos do PT”, repete à exautão José Agripino Maia, líder do DEM.



O mesmo DEM que, em fevereiro, depositou 14 votos no cesto de Sarney, ajudando a enterrar a candidatura alternativa do petista Tião Viana.

Escrito por Josias de Souza às 03h52

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quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Senado dispensará grávidas e restringirá visitas por conta da gripe suína

Claudia Andrade
Do UOL Notícias
Em Brasília

O Senado Federal tomará medidas para evitar a gripe suína nas dependências da Casa. A partir da próxima semana, as funcionárias grávidas terão ponto facultativo "até próxima orientação".

Além disso, as visitas ao Senado serão restritas aos finais de semana.

"A preocupação é que nós temos um volume muito grande de visitantes de países vizinhos, onde o foco (de gripe) é muito maior", justificou o primeiro-secretário do Senado, Heráclito Fortes (DEM-PI).

Segundo ele, será mais fácil fazer a higienização aos finais de semana.

Também devem ser distribuídas máscaras e instalados pontos com álcool em gel para uso do público.

* do UOL Notícias

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Presidente do Conselho de Ética arquiva processo contra Arthur Virgílio

O senador já depositou R$ 60.696,58 e ainda vai pagar três parcelas de R$ 50 mil. O valor total a ser pago, segundo a diretora de Recursos Humanos, Doris Peixoto, é de R$ 210.696,58.

Virgílio vendeu um terreno de sua mulher para pagar a primeira parcela e, segundo ele, o dinheiro deve garantir o pagamento de outras duas parcelas. O ressarcimento da última parte deve ser feito com o ganho na venda de um carro.

Segundo reportagem publicada hoje pela Folha, senadores governistas costuraram ontem um acordo para livrar tanto o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), como Arthur Virgílio de punições.

Apesar de ter arquivado a ação contra Virgílio hoje e ter tomado a mesma decisão com relação às acusações contra Sarney, o presidente do Conselho de Ética negou participação no suposto "acordão".

Duque disse que pretende levar à análise do conselho todos os recursos contra o arquivamento das acusações contra Sarney, assim como o caso Virgílio.

"Não tem acordo paralelo nenhum. Que eu tenha participado, não tem nada", afirmou.

A Folha Online apurou que a bancada do PT no Senado pediu mais tempo para estudar um a um os recursos apresentados pela oposição contra o arquivamento das ações contra Sarney.

Os três votos de senadores petistas no Conselho de Ética são considerados decisivos para senadores do DEM e PSDB, que tem apenas cinco das 15 vagas de titulares no colegiado.

Se os três petistas votaram pela abertura de processo contra Sarney, o conselho vai investigar as denúncias que pesam contra o peemedebista.

Ontem, porém, a bancada do PT no Senado sinalizou que vai apoiar a abertura de parte dos processos contra o senador.

Apesar de o partido ainda não ter fechado questão sobre o andamento dos processos, o senador Aloizio Mercadante (PT-SP) disse que cada senador petista integrante do conselho vai votar "de acordo com a sua consciência".

"O sentimento da bancada é contrário à tese do arquivamento sumário das denúncias e representações.

Mas vamos dar argumentos consistentes para o posicionamento da bancada", disse Mercadante.

Acusações

Duque arquivou sumariamente as 11 representações e denúncias contra Sarney encaminhadas ao conselho, mas a oposição recorreu de todas.

Caberá ao plenário do colegiado definir se as acusações devem tramitar ou não na Casa Legislativa.

O presidente do Conselho de Ética negou o rótulo de "pizzaiolo" ao decidir arquivar os processos contra Sarney sem consultar o plenário do Conselho de Ética.

O senador argumenta que, pelo regimento da Casa, tem autonomia para decidir sozinho se uma ação deve ser instaurada.

O peemedebista garante que agiu com base técnica e não política em suas decisões --apesar de ser fiel aliado de Sarney.

O senador ironizou protesto de estudantes ontem, que foram barrados ao tentar entregar 11 pizzas em seu gabinete --referentes aos processos contra Sarney arquivados.

Além das 11 representações e denúncias contra Sarney, Duque também arquivou representação contra o senador Renan Calheiros (PMDB-AL).

"Eu acho natural. Eu mesmo fiz muitas manifestações quando era estudante", disse.

"Toma lá, dá cá": Senado negocia acordo que pode livrar de punição Sarney e Virgílio

Senadores governistas costuraram um acordo para livrar o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), e o líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM), de punições.

Líderes governistas e petistas buscam uma saída negociada. A estratégia é inicialmente abrir processo no Conselho de Ética contra Sarney e Virgílio.

Depois, os processos seriam arquivados definitivamente.


(Folha de São Paulo - págs. 1 e A6)


O Estado de S. Paulo

Manchete: Oposição aceita acordo que preserva Sarney
Acerto permitirá absolvição do presidente do Senado e de Arthur Virgílio

Acuada pelas ameaças do grupo de José Sarney (PMDB-AP) a oposição fez acordo com o PT para inocentar o presidente do Senado e o líder do PSDB, Arthur Virgílio Neto (AM), no Conselho de Ética.

À frente da costura do “acordão" estão o tucano Sérgio Guerra (PE) e o petista Aloizio Mercadante (SP), que se reuniram anteontem após intensa troca de telefonemas no final de semana, em que Sarney e Renan Calheiros (PMDB-AL) falaram com a oposição.

Desde sexta-feira eles contam com o reforço do líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR). O sinal mais evidente de que a oposição recuou foi dado da tribuna por Tasso Jereissati (PSDB-CE), que se desculpou pelo bate-boca com Renan.

Cristovam Buarque (PDT-DF) lamentou: "O que me preocupa é que, diante da brutalidade, a paz é sinônimo de covardia". (págs. 1 e A4)

Frase
"Tenho a certeza de que o povo não vota mais em nenhum de nós" Sérgio Guerra
Senador e presidente nacional do PSDB

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Lula é aconselhado a se 'afastar' da crise do Senado

Pela 1ª vez, presidente parece dar ouvidos à ponderação

Começa a admitir que solução passa por saída de Sarney

Fala agora em solução ‘honrosa’, sem perda do mandato





Antônio Cruz/ABr


O governo começa a emitir sinais de que pode modificar sua estratégia em relação à crise do Senado.



Até aqui, Lula e seus operadores políticos quebraram lanças para manter José Sarney grudado à cadeira de presidente.



Avaliam agora que a encrenca foge ao controle. E Lula já não é refratário aos conselheiros que recomendam que tome distância da crise.



O blog ouviu uma dessas pessoas que tem acesso aos ouvidos do presidente. Notou uma indisfarçável inflexão no discurso.



Antes, dizia que a permanência de Sarney era vital à governabilidade. Agora, afirma que um Senado em guerra não ajuda o governo.



Mantém os ataques à oposição. Repisa a tese segundo a qual os vícios do Senado não se resumem a Sarney. Mas modula o tom de voz.



Trata o agravamento da crise como um dado da realidade. “Não dá para brigar com os fatos”, disse o auxiliar de Lula.



Num diálogo telefônico que manteve no final de semana, Lula reconheceu, pela primeira vez, que a solução do impasse “talvez” passe pela saída de Sarney.



Soou como se estivesse mais preocupado em privar Sarney de humilhações do que em salvar-lhe a presidência.



Não contempla a hipótese de o mandato de Sarney ser passado na lâmina. Sem esmiuçar o raciocínio, fala em buscar uma hipotética saída “honrosa”.



Lula vem adotando em relação a Sarney um comportamento, por assim dizer, ciclotímico.



Num primeiro momento, disse que o senador, mercê de sua biografia, não podia ser tratado como uma “pessoa comum”.



Numa segunda fase, disse que não votara em Sarney. Nem para elegê-lo senador nem para fazê-lo mandachuva do Senado.



Mas, embora dissesse que a crise do Senado era problema dos senadores, Lula manteve os movimentos subterrâneos em favor do aliado.



Nesta semana, a suposta inflexão do presidente será submetida a teste. A prova dos nove vai ser o comportamento da bancada de senadores do PT.



Lula foi informado de que Aloizio Mercadante, líder do PT, cogita aliar-se à oposição para desarquivar no Conselho de (a)Ética uma das ações contra Sarney.



Reaberto o processo, Sarney teria de apresentar defesa escrita e deixar a presidência até que o caso fosse julgado em termos definitivos.



O afastamento seria “temporário”. Mas nada impede que seja convertido em definitivo mediante negociação que leve à preservação do mandato de Sarney.



Como se sabe, há sobre a mesa de Paulo Duque, o presidente do conselho, uma representação do PMDB contra o líder tucano Arthur Virgílio.



Também neste caso, o PT cogita unir-se à oposição, sepultando as acusações. Algo que, imagina-se, atrairá tucanos e ‘demos’ para a tese da pacificação negociada.



Há um quê de pragmatismo eleitoral na articulação que começa a ser esboçada em Brasília. Pesquisa feita por encomenda do PSDB detectou o seguinte:



A popularidade de Lula teria recuado quatro pontos percentuais. As intenções de voto atribuídas a Dilma Rousseff teriam caído entre cinco e seis pontos.



Em ambos os casos, o tucanato atribui a oscilação negativa ao apoio irresoluto da dupla a Sarney.



Em privado, o presidenciável tucano José Serra diz que, também nas pesquisas restritas a São Paulo, detectou-se uma leve queda no prestígio de Lula.



O Planalto dispõe de sondagens próprias, mantidas em segredo. É provável que tenham identificado o mesmo movimento incômodo.



Nos próximos dias, quem estiver interessado em medir até que ponto vai a nova disposição do governo, deve observar os calcanhares de Aloizio Mercadante.

Escrito por Josias de Souza às 04h40

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Senadora usou cota de passagens aéreas para turismo

da Folha Online

Suplente do Conselho de Ética do Senado, Rosalba Ciarlini (DEM-RN) usou verba pública para pagar viagens de turismo para ela, marido, filhos, além de outros parentes, amigos, o advogado e a mulher do advogado, no país e no exterior, informa reportagem de Leonardo Souza, publicada nesta sexta-feira pela Folha (a íntegra está disponível para assinantes do UOL e do jornal).

Segundo a reportagem, custeou passagens e, em alguns casos, até estada em hotéis. Em seu primeiro mandato, ela bancou essas despesas com recursos de sua cota aérea, criada para permitir o deslocamento de congressistas no exercício da atividade parlamentar.

A Folha obteve mais de 320 páginas de cartões de embarque e comprovantes de passagens e hospedagem descontadas da cota da senadora de maio de 2007 a fevereiro de 2008, somando cerca de R$ 160 mil. Foram mais de 240 viagens em menos de 300 dias --quase uma passagem por dia.

Outro lado

Rosalba disse, em nota, que os bilhetes para parentes e amigos foram emitidos com as sobras de sua cota aérea, dentro do que as regras permitiam. "Quando cheguei ao Senado, havia diversas complementações da remuneração básica do senador, entre elas uma parcela para viagens", disse.

"Esta parcela era paga mensalmente e, conforme a regra então vigente, importava em determinado valor mensal que, se não utilizado em um mês, ia sendo acumulado [...]. Se o senador tivesse saldo desta verba, ele podia ser usado livremente, e a agência de viagem podia usá-lo para pagamento de hotéis."

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Sarney distribui culpa por atos secretos para ex-presidentes do Senado

Do UOL Notícias
Em São Paulo
Em discurso no Senado, o presidente José Sarney (PMDB-AP) exibiu uma lista com o número de atos secretos emitidos durante a presidência dele e de outros senadores, inclusive a do aliado Renan Calheiros (PMDB-AL).

Sarney disse que durante a gestão dele foram emitidos 33 atos secretos.
Na presidência de Calheiros no Senado o número de atos secretos chegou a 229. E no curto mandato de Tião Viana (PT-AC) - que perdeu a última eleição de presidente do Senado para Sarney - foram publicados 9 atos secretos.

O peemebedista defendeu a contratação do namorado da neta como servidor no Senado. Disse também não ter aceitado o auxílio-moradia do Senado, embora tenha recebido o dinheiro do benefício. Sarney justificou que o dinheiro do auxílio-moradia era depositado na conta bancária à revelia dele.

Ainda durante o discurso de defesa no Senado, Sarney enalteceu a própria biografia. "Nunca meu nome foi envolvido em qualquer escândalo", afirmou Sarney. Em seguida, afirmou que "nenhuma representação no Conselho de Ética se refere a dinheiro ou prática de atos ilícitos".

Sarney disse ter criado benefícios como o vale transporte e ter liberado centrais sindicais quando foi presidente.

Ele citou ainda o presidente Lula. Lembrou que já foi adversário do petista no passado, mas que hoje o apoia e nega ter sido cooptado por ele.

domingo, 2 de agosto de 2009

Em nota, PMDB pede saída de dissidentes "o quanto antes"

Do JC Online

Enfraquecido pela série de denúncias contra o presidente do Senado, José Sarney (AP), o PMDB reagiu com ataques aos dissidentes e deu um "recado": que eles deixem o partido "o quanto antes". Em nota divulgada no portal oficial, sem citar nomes, o comando nacional da legenda prometeu não cobrar na Justiça os mandatos dos parlamentares rebeldes, sob alegação de infidelidade partidária, se eles saírem do PMDB.

Dois dos principais críticos de Sarney são os senadores peemedebistas Jarbas Vasconcelos (PE) e Pedro Simon (RS). Ambos defendem que o presidente do Senado se afaste do cargo e consideram que a situação se agravou depois da censura imposta ao jornal O Estado de S. Paulo pelo desembargador Dácio Vieira, do Distrito Federal. O jornal foi proibido de publicar reportagens sobre a Operação Boi Barrica da Polícia Federal (PF) atendendo a pedido do empresário Fernando Sarney, filho de José Sarney.

Na nota, assinada pelo presidente licenciado do PMDB, Michel Temer (SP) - presidente da Câmara -, e sua substituta, a deputada Íris de Araújo (GO), não fazem referência à delicada situação de Sarney nem falam diretamente de Jarbas e Simon. Mas são duros com os dissidentes, apesar de dizerem que "divergências são comuns em todos os partidos".

"O PMDB acata com humildade o descontentamento de alguns poucos integrantes que perderam espaço político e apostaram na fama efêmera oriunda de acusações vazias. E faz isso porque acredita piamente na democracia. A estes, o recado: podem deixar a legenda o quanto antes sem risco algum de perder o mandato. Ganharão eles, porque deixarão de pertencer ao partido do qual falam tão mal, e ganhará o PMDB, por tornar-se ainda mais coeso e musculoso", dizem os dirigentes.

Pedro Simon considerou a nota "uma afronta ao histórico do PMDB". "Essa gente é muito petulante. Eu represento a história do PMDB. Eles que me expulsem, se quiserem. Eles gostariam de me expulsar, mas terão de pagar um preço muito caro. Não estou ferindo o programa partidário quando peço dignidade e honradez ao partido", reagiu o senador gaúcho.

Fonte:

sábado, 1 de agosto de 2009

Lula diz que sociedade tem que cobrar Senado, e não ele, por crise política

Rayder Bragon
Especial para o UOL Notícias, em Belo Horizonte
e Maurício Savarese
Do UOL Notícias


Um dia depois de dizer que a crise do Senado não é problema dele, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira (31) que a sociedade deve cobrar do Parlamento uma resposta à situação do senador José Sarney (PMDB-AP), envolvido em denúncias de favorecimento a familiares e assessores na Casa que preside.

"Somente os senadores têm o direito de afastá-lo, mais ninguém. É deles que a sociedade tem que cobrar", disse Lula em entrevista à rádio mineira Itatiaia. Ele disse ainda que seu senso de justiça não o permite condenar o presidente do Senado por conta das acusações, "já que existe um hábito de julgar as pessoas sem a devida investigação" no país.

"O presidente Sarney está sendo acusado de muitas coisas e dá a impressão que o problema é só do Sarney, mas é uma coisa histórica", afirmou o presidente. Ele citou os ex-ministros Silas Rondeau (Minas e Energia) e Walfrido dos Mares Guia (Turismo e Relações Institucionais) - que foram afastados. "Até agora não se provou nada contra eles", disse.

Lula lembrou que o presidente do Senado pediu à Polícia Federal que investigasse seu filho e o neto por conta das denúncias e que já tinha solicitado à Fundação Getúlio Vargas (FGV) um estudo para reestruturar a gestão da Casa.

"Nós precisamos é ter paciência, o Congresso tem mecanismos. Já cassou o ACM [falecido senador Antonio Carlos Magalhães], já cassou o [atual deputado Jader] Barbalho e o [governador do Distrito Federal, José Roberto] Arruda", citou Lula.

Lula diz que Senado não é problema dele

Os ex-senadores na verdade foram pressionados a renunciar aos cargos. O único parlamentar cassado pelo Senado foi Luiz Estevão.

"Ao invés de ficar querendo cassar as pessoas por asfixiamento (sic) é muito melhor que espere a investigação para depois punir", completou o presidente, para quem os cargos eletivos perderão valor se um parlamentar tiver de renunciar porque está sendo denunciado na imprensa.

Lula faltou ao primeiro compromisso de sua agenda na capital mineira, a entrega de moradias financiadas pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) por conta do atraso em sua passagem pelo Rio de Janeiro.

Ele participaria em seguida da entrega de diplomas a estudantes cadastrados no Bolsa Família.

* do UOL Notícias