quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Comissão do Senado aprova fim do voto secreto no Legislativo; texto vai à votação

Fernanda Calgaro
Do UOL, em Brasília
              

   
 

 

Quem não quer voto aberto que não seja parlamentar, diz senador

 

A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado aprovou nesta quarta-feira (23) o fim do voto secreto no Legislativo. A matéria segue para o plenário da Casa.
A medida, conhecida como PEC (Proposta de Emenda à Constituição) do Voto Aberto, prevê alteração na Constituição para que o voto deixe de ser sigiloso na cassação de mandatos dos congressistas, na análise de vetos presidenciais e nas indicações de autoridades para o Poder Executivo e o Judiciário.
O tema já foi aprovado em uma PEC da Câmara no início de setembro e tinha passado pela CCJ do Senado. No entanto, quando a matéria chegou ao plenário do Senado, no começo de outubro, alguns senadores apresentaram emendas e a proposta precisou voltar à comissão.

No entanto, o texto analisado pelos senadores não é exatamente o mesmo que veio da Câmara. Eles analisaram o relatório do senador Sérgio Souza (PMDB-PR) sobre três PECs (Propostas de Emenda à Constituição) que tratam desse assunto e tramitam em conjunto.
Souza defende que as votações secretas só se justificavam no passado quando os parlamentares poderiam sofrer eventuais pressões. "Avançamos nas páginas da história e, hoje, a sociedade clama por transparência para melhor fiscalizar o seu representante. Por isso, defendo o voto aberto em todas as circunstâncias."
A emenda apresentada pelo senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), que previa que as votações abertas ocorressem apenas nas cassações de mandatos dos congressistas, foi rejeitada.
Também foi rejeitada a emenda do senador Romero Jucá (PMDB-RR), que havia sugerido emenda que abria os votos apenas nos casos de cassações e vetos presidenciais.
Apesar de a CCJ ter rejeitado as alterações, elas poderão ser votadas em plenário porque, inicialmente, haviam sido apresentadas ali.
Se as emendas passarem no plenário do Senado, a matéria terá que retornar para a Câmara para reanálise do novo texto. Caso sejam rejeitadas, a proposta segue para a promulgação e as votações secretas no Legislativo passarão a ser extintas.
A PEC vale para as três esferas de poder e atinge as deliberações da Câmara, do Senado, das assembleias legislativas estaduais, da Câmara Legislativa do Distrito Federal e das câmaras de vereadores municipais.
Também deverá ser extinto o voto secreto para eleição dos presidentes da Câmara e do Senado, assim como os membros da Mesa Diretora das duas Casas.
O senador Paulo Paim (PT-RS) comemorou a aprovação da proposta. "Enfim a vida mostra que vale a pena persitir no seu sonhos. O fim do voto secreto, em todas as situações, acaba de aprovado na CCJ do Senado", postou em seu Twitter.
A própria CCJ do Senado já havia aprovado proposta semelhante, em julho, após a onda de manifestações que tomou conta do país. No entanto, a PEC aprovada anteriormente acabava com o voto secreto no Congresso Nacional, e não em todo o Legislativo. O fim do voto secreto era uma das reivindicações dos manifestantes que foram às ruas.

 

Vitória das ruas: o que mudou após os protestos pelo Brasil33 fotos

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FIM DO VOTO SECRETO: A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara aprovou no dia 26 de junho a proposta de emenda à Constituição que acaba com o voto secreto em processos de cassação de mandato. A proposta, que já foi aprovada no Senado, vai a uma comissão especial da Câmara que será criada para analisá-la. Na foto, deputados federais da Frente Parlamentar em Defesa do Voto Aberto fazem ato na Câmara dos Deputados, em Brasília Leia mais Pedro França/Futura Press/Folhapress

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Conheça os deputados que compõe a bancada

do Partido Republicano da Ordem Social

(PROS).








De acordo com a Constituição Federal do Brasil de 1988, o DEPUTADO é
o representante nacional popular, eleito por voto direito e secreto. Seu
mandato é de quatro anos, podendo concorrer a sucessivas reeleições.
Compete ao deputado federal o ato de legislar e manter-se como
guardião fiel das leis e dogmas constitucionais nacionais, inclusive
 podendo propor, emendar, alterar, revogar, derrogar leis, leis
 complementares, emenda à Constituição Federal e propor
 emenda para a constituição de um novo Congresso Constituinte para
 confecção de nova Constituição.


Fonte: 

http://www.pros.org.br/index.php/institucional/diretorio-nacional/14-sample-data-articles

Dep. Ademir Camilo
Dep. Dudimar Paxiuba
Dep. José Vieira
Dep. Miro Teixeira
Dep. Aparecida Borguetti
Dep. Edson Silva
Dep. Lilian Sá
Dep. Ronaldo Fonseca
Dep. Ariosto Holanda
Dep. Givaldo Carimbão
Dep. Major Fabio
Dep. Salvador Zimbaldi
Dep. Augusto Maia
Dep. Hugo Leal
Dep. Marcio Junqueira
Dep. Valtenir Pereira
Dep. Domingos Neto
Dep. Jorge Silva
Dep. Mauricio Trindade
Dep. Vicente Arruda

domingo, 20 de outubro de 2013

Congresso banca 'hábito gourmet' dos parlamentares
   
Bernardo Caram e Andreza Matais | Agência Estado
 
  • Divulgação
    Parlamentares têm direito à bela vista do lago
O aquecido mercado da gastronomia em Brasília tem atraído para a capital federal grifes paulistanas de restaurantes, como o Rubayat e o Gero do grupo Fasano. Entre a clientela habitual, estão parlamentares, que têm direito a custear as refeições com dinheiro público. Um levantamento feito pelo Estado mostra que o Senado tem reembolsado contas que chegam a ultrapassar R$ 7 mil.
O senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) é um bom gourmet. Em homenagem a seu pai, o parlamentar levou amigos e parentes para jantar no Porcão, uma das mais caras churrascarias de Brasília, que oferece rodízio a R$ 105 por pessoa, e apresentou a conta ao Senado. A nota apresentada pelo senador para ressarcimento indica que o jantar custou aos cofres públicos R$ 7.567,60.
No mesmo dia do jantar, o plenário do Senado foi palco de uma homenagem ao pai do parlamentar, o ex-senador e ex-governador da Paraíba Ronaldo Cunha Lima, falecido em julho de 2012. Parentes, amigos e colegas do senador vieram a Brasília para participar do evento.
O ex-governador Cunha Lima ficou conhecido por ter disparado três tiros contra o seu antecessor Tarcísio Burity em um restaurante da capital João Pessoa. Em 2007 renunciou ao cargo de deputado federal para não ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no processo. Morreu sem ser condenado.
O senador Fernando Collor (PTB-AL) é um apreciador de comida japonesa. Neste ano, o Senado reembolsou três contas no restaurante Kishimoto, cada uma delas custando pelo menos R$ 1 mil. A assessoria do parlamentar já veio a público informar que os valores são usados para a alimentação dos funcionários do gabinete, gasto que é permitido pelas normas do Senado.
Na Câmara, a liderança do PSDB é campeã na apresentação desse tipo de nota. A preferência é pelo restaurante Coco Bambu, rede especializada em frutos do mar. Nos primeiros sete meses deste ano, foram 14 notas com valores entre R$ 1.280 e R$ 2.950. O valor total desembolsado pela Câmara nesse caso foi de quase R$ 27 mil.
Procedimentos
Ato publicado pelo Senado em 2011 que regulamenta os procedimentos para o ressarcimento das despesas dos senadores estabelece a apresentação de "nota fiscal ou nota fiscal eletrônica ou cupom fiscal original, em primeira via, datada e com a completa discriminação da despesa, isenta de rasuras, acréscimos, emendas ou entrelinhas, emitida em seu nome". Na nota à qual o Estado teve acesso está escrito apenas "refeições".
A churrascaria em que Cunha Lima ofereceu o jantar está entre as mais caras da capital federal. No cardápio, estão disponíveis carnes nobres e exóticas, como carne de avestruz. O cliente ainda pode optar por um buffet com pratos quentes, saladas, massas, pizzas, risotos e comida japonesa. Considerando um consumo aproximado de R$ 200 por pessoa, incluindo sucos ou refrigerantes e taxa de serviço, o valor apresentado na nota seria suficiente para oferecer um jantar para 38 convidados.
O gabinete do senador informou que o uso da cota parlamentar é feito da forma mais transparente possível. Por iniciativa própria, todas as notas emitidas pelo parlamentar estão disponíveis em seu site. Segundo a assessoria de imprensa de Cunha Lima, o jantar ocorreu depois da sessão especial do Senado e contou com a presença de "autoridades e parlamentares". Apesar de não informar o número de convidados, o gabinete informou que "o senador é extremamente criterioso com os gastos".
 
Questionada sobre a ausência do consumo discriminado na nota, o que é exigido pela Casa, a assessoria do parlamentar afirmou que "se o Senado referendou o documento dessa forma, não cabe ao senador responder por isso". A nota foi apresentada na época em que a secretaria responsável por esse controle no Senado era comandada por outro diretor, que foi afastado do cargo.
Mensalmente, cada senador tem direito a usar R$ 15 mil mais o equivalente a cinco passagens aéreas de ida e volta a seu Estado de origem, o que faz com que o valor seja diferente para cada parlamentar. Cássio Cunha Lima pode solicitar reembolso de R$ 35.555,20 todos os meses.
O Senado informou que não há regra que delimite o gasto específico com restaurantes. Se quiser, o senador pode gastar até o valor total da cota com alimentação.
Divergência
Os dados apresentados pelo Portal da Transparência do Senado indicam que a Casa pagou R$ 690,20 a mais pelo jantar, na comparação com a nota arquivada na churrascaria. Um documento do restaurante, ao qual o Estado também teve acesso, apresenta o valor de R$ 6.877,40, apesar de ter o mesmo número de série daquele apresentado ao Senado, onde consta o gasto de R$ 7.567,60.
No documento do restaurante, contudo, é possível observar que o valor menor foi escrito em cima do maior. Procurado, o Porcão informou que não adulterou a nota e que a diferença pode estar nos 10% cobrados pelo serviço. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
        

sábado, 19 de outubro de 2013

Primeira reunião da bancada do PROS na Câmara



Na terça-feira, 08/10, o Partido Republicano da Ordem Social (PROS) fez sua primeira reunião de bancada na Câmara de bancadas. O encontro teve como objetivo definir as diretrizes a serem adotadas pelo partido no Congresso Nacional.
 
A bancada do PROS é composta por 21 deputados federais, liderada pelo deputado Givaldo Carimbão. Durante a sessão, o líder da bancada doo partido relembrou a trajetória do PROS. “Foram três anos onde buscamos cumprir o que a legislação pede: conseguir cerca de 492 mil assinaturas reconhecidas pela justiça Eleitoral (para a criação de um novo partido). Buscamos um milhão e 500 mil assinaturas, mas quando validamos mais de 600 mil  nos cartórios, pedimos para parar a contagem porque já estava mais do que reconhecida a quantidade necessária. E durante o processo, não houve um único problema na criação do PROS”, afirmou o deputado.
 
Givaldo Carimbão ressaltou ainda que agora o PROS vive um novo momento “Vamos agora à fase política, de representação. Conseguimos trazer 21 deputados. Deputados de qualidades, que honram, que têm tradição na Casa”. Ainda de acordo com o líder da bancada do PROS na Câmara, há em todos os membros um sentimento de que não pertencem ao governo, mas que apoiarão as propostas que entenderem ser boas para o país. “Queremos ser um partido propositivo e independente. Nós ouvimos às vozes das ruas e as decisões que elas tomaram e agora queremos trabalhar para atendê-las. Queremos construir o novo para o Brasil”, enfatizou o deputado Givaldo Carimbão.
 
Tomando a palavra, o presidente nacional do PROS, Eurípedes Júnior, declarou sua satisfação pelos parlamentares que compõe o partido. “Nesse momento que vivemos, pós-criação, precisamos do apoio da Casa e 21 deputados federais decidiram caminhar junto com o PROS e todos entenderam que a bandeira principal do partido é a redução de impostos. Hoje estamos aqui para conversar com todos eles”, afirmou Eurípedes.
 
Sobre o posicionamento em relação ao governo, Eurípedes Júnior, disse que, apesar de haver um alinhamento, a bancada é totalmente independente. "Há uma tendência governista, mas somos totalmente independentes. Eu quero manter uma independência", garantiu.

Sobre a reunião, o presidente do partido disse que foi “muito boa” e que em breve outras ocorrerão para alinhar sugestões. “Vamos marcar outras reuniões para discutir outras ideias, outras bandeiras, propostas dos deputados que vieram para o partido, mas sem nunca perder o foco da nossa principal bandeira, o motivo pelo qual o PROS foi criado: a redução de impostos”, assegurou o presidente nacional do PROS.



quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Senado aprova medida provisória do programa Mais Médicos

Pelo novo texto, Ministério da Saúde fará registro de formados no exterior.
Estrangeiros só revalidam o diploma se prorrogarem; texto vai à sanção.

Felipe Néri Do G1, em Brasília
 
O Senado aprovou nesta quarta-feira (16) a medida provisória que cria o Mais Médicos, programa do governo federal que prevê a contratação de profissionais brasileiros e estrangeiros para atuar em áreas carentes do interior do país e na periferia das grandes cidades.
Info Mais Médicos V8 8.10 (Foto: Editoria de Arte/G1)
A MP foi aprovada com texto igual à versão aprovada na Câmara, e segue agora para sanção presidencial. Na Câmara, a matéria foi debatida no plenário por cerca de 12 horas, ao longo de dois dias, até ter a aprovação concluída. No Senado, foram três horas de debate no plenário. Antes do plenário das duas casas, a MP tinha passado por uma comissão especial de parlamentares, onde foram protocoladas 567 sugestões de mudanças ao texto original.

Diferentemente da MP original, encaminhada pelo Poder Executivo ao Congresso em julho, o texto modificado pelos parlamentares permite ao
Ministério da Saúde fazer o registro de atuação provisória dos profissionais formados no exterior.
A mudança foi introduzida devido a dificuldades de profissionais de fora obterem o registro nos conselhos regionais de medicina. No entanto, a fiscalização continuará sendo feito pelos CRMs.
A participação dos médicos no programa tem validade por três anos, podendo ser prorrogada por mais três. Para profissionais brasileiros ou estrangeiros formados fora do país, será exigida a revalidação do diploma no caso de prorrogação por até seis anos. Inicialmente, não havia cobrança de qualquer revalidação.
Outra alteração permite que médicos aposentados sejam incluídos na categoria prioritária de contratação do programa.
O texto original prioriza a participação de médicos brasileiros ou profissionais formados no exterior que tenham revalidado o diploma no Brasil. Em seguida, abre a possibilidade de médicos formados fora sem revalidação participarem.
A vinda de profissionais estrangeiros para atuar no programa foi motivo de protestos de entidades médicas por todo o país desde que a MP foi anunciada pelo governo federal.
Durante a votação, o líder do DEM no Senado, José Agripino (DEM-RN), chegou a apresentar destaque para que os senadores votassem separadamente trecho que retirava a possibilidade de o ministério conceder o registro aos formados fora do Brasil, mas o requerimento foi rejeitado.
Ao apresentar o requerimento, Agripino disse agir em defesa dos médicos, que ele considera estarem sendo “desmerecidos”. “A chancela do recebimento da prestação de um serviço médico por um médico está saindo das mãos de quem pode avaliar se o médico tem condições efetivas de prestar serviço médico [o Conselho Regional de Medicina], para o Ministério da Saúde, órgão institucional do governo com interesse no programa”, afirmou.
A ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, acompanhou toda a votação no Senado e afirmou que um dos principais ganhos das alterações feitas no Congresso foi justamente a possibilidade de o registro ser feito pelo ministério, e não mais pelos conselhos regionais.
“Tivemos vários aperfeiçoamentos da matéria no Congresso e, inclusive, resolvendo um problema bastante delicado, que é a questão de os médicos terem o registro com demora, passando do prazo. Ainda hoje, mais de 200 dos 660 médicos que já chegaram [do exterior] estão sem poder atuar porque os conselhos não deram registro”, afirmou a ministra
Outro ponto questionado pelos profissionais de saúde e parlamentares da oposição é o fato de o programa não estabelecer direitos trabalhistas para os profissionais contratados.
Nesse ponto, no entanto, não houve mudanças. Os médicos que atuam no programa recebem uma bolsa mensal de R$ 10 mil, mas não têm direito, por exemplo, a Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) ou 13º salário.
Cursos de medicina
A MP aprovada também faz alterações nas diretrizes para os cursos de medicinas. Pelo texto, fica definido que ao menos 30% da carga horária dos dois anos de internato médico na graduação devem ser feitos na atenção básica de saúde e no serviço de urgência e emergência do Sistema Único de Saúde (SUS).

Por outro lado, não permaneceu no texto a exigência inicial de dois anos de serviço obrigatório no SUS para recém-graduados, o que aumentaria o tempo de formação para oito anos.
Ficou definido ainda que deve haver oferta de residência médica com número de vagas equivalente ao total de egressos dos cursos de medicina no ano anterior. A regra deve ser implantada progressivamente até 2018. Hoje, não vagas suficientes para que todos os estudantes possam fazer residência.




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segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Aloysio: Orçamento impositivo facilita corrupção (Josias de Souza)


Aloysio Nunes Ferreira (SP), líder do PSDB no Senado, decidiu votar contra a chamada PEC do Orçamento impositivo –aquela proposta de emenda à Constituição que obriga o governo a pagar as emendas orçamentárias de congressistas, hoje de execução facultativa. Para Aloysio, a aprovação da novidade vai potencializar o risco de “comercialização” das emendas.
Na opinião de Aloysio, se as emendas se tornarem de fato imperiosas a “mercantilização” ganhará outros contornos. Acha que congressistas desonestos cobrarão mais caro por suas emendas. A PEC “terá como consequência a diminuição da taxa de desconto na comercialização, porque será um recebível.”
A proposta já foi aprovada na Câmara. Na semana passada, passou pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. Introduziu-se no texto uma novidade negociada com o Planalto: os parlamentares terão de destinar metade da sua cota de emendas, hoje estimada em R$ 6,5 milhões por ano, à área da saúde.
Membro da CCJ, Aloysio votou contra. Ele não se deixou sensibilizar pelos argumentos do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), principal entusiasta da proposta. Recordou uma cena que testemunhara no gabinete do presidente do Senado, Renan Calherios (PMDB-AL).
“O presidente da Câmara dizia: ‘A aprovação do orçamento impositivo para as emendas vai acabar com o toma lá dá cá’. Ora, acham que Henrique Eduardo Alves precisa de emenda parlamentar para fazer a sua vida política? Convenhamos, é claro que o baronato da Câmara e do Senado não depende de emendas parlamentares”.
Os acordos do “baronato” com o governo, prosseguiu Aloysio, ocorrem “em torno de outras posições: de agências reguladoras, de diretorias de empresas, de determinadas emendas aprovadas com garantia de sanção e em medidas provisórias. A gente sabe como as coisas acontecem. [...] Não é pela emenda parlamentar que se dá o processo de troca de apoiamento entre o Executivo e o Legislativo.”
Ouvido pelo blog, Henrique Alves disse que não responderia às “observações menores” do líder do PSDB. Limitou-se a dizer o seguinte: “A decisão sobre o orçamento impositivo não é exclusiva do presidente da Câmara. Foi uma votação unânime de toda a Câmara dos Deputados. Os senadores têm o direito de concordar ou de discordar.”
A maioria dos parlamentares de oposição apoia a PEC sob o argumento de que deixarão de ser discriminados pelo Planalto na liberação das verbas. Mas Aloysio enxerga “coisas bizarras” onde seus pares vêem vantagens.
Ele lê um trecho da proposta: “[...] considera-se equitativa a execução das programações de caráter obrigatório que atenda de forma igualitária e impessoal às emendas apresentadas, independentemente da autoria.”
E conclui: “Essas emendas têm que ser executadas de forma equitativa. Para elas, vigora o princípio da impessoalidade e para o resto [do Orçamento] não? Não dá! Nós estamos dando um tratamento especial às emendas parlamentares, elevando-a a uma dignidade constitucional sob o pretexto de torná-la obrigatória.”
A exemplo de Aloysio, também o senador Pedro Taques (PDT-MT) acredita que não faz nexo diferenciar as emendas de parlamentares do resto do Orçamento da União. “Se aprovar essa PEC, o Parlamento estará abdicando de sua prerrogativa constitucional de deliberar sobre o Orçamento, em troca da alegada ‘garantia’ do desembolso de uma parcela irrisória do dinheiro público para fins que interessam, supostamente, a cada parlamentar individualmente”, disse Taques.
Haverá, na opinião de Taques, um reconhecimento tácito de que, afora os R$ 6,8 bilhões das emendas, todo o resto não é obrigatório. “Se 1% da receita corrente líquida é ‘de execução obrigatória’, os outros 99% não são. Ao aprovar esse absurdo, o Congresso estaria legitimando exatamente aquilo que os defensores da PEC alegam ser a distorção maior do orçamento: o seu suposto caráter de mera autorização ao Executivo em 99% da despesa.”
No Brasil dos últimos 20 anos, a moralidade orçamentária sempre foi um valor precário. Nove em cada dez escândalos têm origem nessas emendas empurradas por deputados e senadores para dentro do Orçamento da União. A lista de escândalos é vasta. Vai dos Anões do Orçamento à Operação Navalha, que pilhou as traficâncias da Gautama, do empreiteiro Zuleido Veras. Vai das ambulâncias dos Sanguessugas às ONGs da era petista, tão ativas nas pastas do Turismo, dos Esportes e, sobretudo, no Trabalho.
“A experiência do passado deve nos servir para alguma coisa”, diz Aloysio Nunes. “Os escândalos surgidos da comercialização de emendas parlamentares ainda estão, as lembranças desses escândalos ainda estão frescas na nossa memória. O que foi o escândalo sanguessuga? O que foi o escândalo dos anões do Orçamento?”
Aloysio contou aos membros da CCJ que corre em São Paulo a investigação de “um esquema de comercialização de emendas parlamanteres.” Além de deputados estaduais, envolve prefeitos e empresários. O líder tucano disse ter tomado conhecimento do teor das apurações. É coisa de “arrepiar os cabelos de calvo”.
Aloysio receia que, aprovando-se a proposta das emendas orçamentária automáticas, o Congresso estimulará os Estados e os municípios a fazerem o mesmo. Com uma diferença: No plano federal, o TCU ainda exerce algum controle sobre os desmandos. Na maioria dos Estados e municípios, as irregularidades proliferariam sem freios. “Este é um risco iminente.”

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Miro Teixeira vai concorrer
ao Governo do Rio pelo Pros



Teve um desfecho feliz a legitima aspiração do Deputado Miro de se colocar como uma opção para o eleitorado fluminense escolher o seu primeiro mandatário.

 


Com uma enorme bagagem política, respaldado por dez mandatos na Câmara Federal, onde sua operosidade, firmeza de convicções e respeitabilidade o transformou numa referência no Congresso Nacional, cuja opinião é geralmente ouvida e acatada por seus pares, Miro se transformou no mais novo postulante competitivo ao governo do Estado do Rio de Janeiro.


O convite foi feito pelo Deputado Hugo Leal, presidente regional do recém criado Partido Republicano de Ordem Social – PROS, o qual teve a acuidade de perceber sua grande potencialidade,  não só pelo respeito que lhe devota o povo do seu estado, mas porque sua pré-candidatura já nasce com o apoio decisivo de Marina Silva e constituirá um palanque certo para o presidenciável Eduardo Campos, Governador de Pernambuco e Presidente do PSB que terá como vice a ex-senadora, segunda colocada nas últimas pesquisas e por esta via agrega densidade a candidatura nordestina.


Diante disso, é de se esperar a agregação de outras agremiações partidárias  à campanha de Miro Teixeira,  passível de empolgar o eleitorado independente que não lhe opõe restrições.        
(Edson Nogueira Paim escreveu)


 A matéria a que se refere o comentário supra é a seguinte:


Deputado federal foi convidado por Hugo Leal e
se filiou ontem ao novo partido


Rozane Monteiro


Rio - Todo mundo vigiando a Marina ontem, pimba, o Rio de Janeiro ganhou mais um pré-candidato a governador. Depois de costear o alambrado quietinho e de se preparar para ir para a Rede, o deputado federal Miro Teixeira virou mais um pedetista histórico a deixar o partido de Carlos Lupi. Miro se filiou ontem ao novíssimo Pros e fez subir para seis o número de rapazes a infernizar mais a vida do governador Sérgio Cabral, que quer eleger Pezão com o apoio, inclusive, do PDT.


O deputado chegou a dizer mais de uma vez que queria ser candidato. Mas Lupi, comandante-em-chefe do partido fundado pelo velho Leonel, fez que não escutava e acabou não ouvindo mesmo. Quem ouviu foi o presidente regional do Pros no Rio, o também deputado federal Hugo Leal, que fez o convite a Miro quando ele já tinha decidido sair do PDT. Foi Hugo quem propôs ao novo correligionário a corrida pelo Palácio Guanabara pelo Pros.

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Mesa da Câmara confirma troca de partido de 52 deputados


07/10/2013 - 14h44
Ivan Richard
Repórter da Agência Brasil


Brasília – Até o momento, está confirmada a troca de partido de 52 deputados, conforme levantamento feito pela Agência Brasil, com base em informações da Secretaria-Geral da Mesa da Câmara e dos gabinetes dos parlamentares – terminou sábado (5) o prazo para que os que pretendem disputar as eleições de 2014 filiem-se a outras legendas. O Solidariedade, com 22 filiações, e o PROS, com 14, criados no último dia 24, foram os partidos que mais receberam parlamentares.
Dois senadores, ambos do Tocantins, trocaram de partido: Kátia Abreu deixou o PSD e migrou para o PMDB e Vicentinho Alves trocou o PR pelo Solidariedade. De acordo com o calendário eleitoral, agora os partidos têm até o próximo dia 14 para encaminhar ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a relação de filiados.
Na Câmara, o PDT foi o partido que mais perdeu deputados, nove ao todo. Deixaram a legenda Miro Teixeira (RJ), Zé Silva (MG), Dr. Jorge Silva (ES),  Manato (ES), Salvador Zimbaldi (SP), Marcos Medrado (BA), Paulo Pereira da Silva (SP) Sebastião Bala Rocha (AP) e João Dado (SP).
No PMDB, seis deixaram a sigla: Arthur Maia (BA), Paulo Lustosa (CE), Genecias Noronha (CE), Benjamim Maranhão (PB), Luiz Pitiman (DF) e Wladimir Costa (PA). O PR também perdeu seis deputados: Lilian Sá (RJ), Maurício Trindade (BA) Vicente Arruda (CE), Henrique Oliveira (AM), Laercio Oliveira (SE) e Ronaldo Fonseca (DF).
O PSDB perdeu seis deputados: Luiz Nishimori (PR), Eduardo Gomes (TO), Dudimar Paxiuba (PA), Alexandre Toledo (AL), Urzeni Rocha e Walter Feldman (SP). No PSB, quatro deputados – Antonio Balhmann (CE), Ariosto Holanda (CE), Valtenir Pereira (MT) e Givaldo Carimbão (AL) – optaram por outro partido. No PSD, também houve quatro trocas de partido. Saíram Marcelo Aguiar (SP), Raul Lima (RR), Ademir Camilo (MG) e Armando Vergílio (GO).
Beto Mansur (SP), Luiz Argolo (BA) e Marcio Junqueira (RR) deixaram o PP, mas o partido recebeu quatro deputados oriundos de outras legendas. Saíram do PPS os deputados Simplício Araújo (MA), Augusto Carvalho (DF) e Almeida Lima (SE). Do DEM também saíram três deputados: Augusto Coutinho (PE), Betinho Rosado (RN) e Major Fábio (PB).
Oito partidos perderam um deputado: Domingos Dutra (MA) saiu do PT, Fernando Francischini (PR), do PEN, Aureo (RJ), do PRTB, Magda Mofatto (GO), do PTB, Vilalba (PE), do PRB, (Hugo Leal (RJ), do PSC, Alfredo Sirkis (RJ), do PV, e Dr. Grilo (MG), do PSL.
Edição: Nádia Franco
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domingo, 6 de outubro de 2013

Ao menos 46 deputados e 2 senadores mudram de partido

Migração, que ainda pode crescer, foi estimulada pela criação de duas siglas

Estadão 06 Outubro de 2013 - 18:46  
            
  • O troca-troca partidário já envolveu 48 parlamentares, dois deles senadores, segundo dados oficiais da Câmara dos Deputados e do Senado. Essa migração foi estimulada pela criação em setembro de dois partidos, o Solidariedade e o Partido Republicano da Ordem Social (PROS), mas levou parlamentares também a siglas tradicionais na política brasileira, como o PMDB.
    Embora o prazo para a troca tenha terminado nesse sábado, 5, esse número ainda pode crescer, já que os dados divulgados pelas duas Casas baseiam-se na comunicação dos parlamentares às respectivas Mesas, o que não tem data definida para ocorrer.
    Segundo os dados oficiais, o Solidariedade, do deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força Sindical (SP), teve a adesão de 20 deputados e um senador (Vicentinho Alves, do Tocantins). Extraoficialmente, contudo, a direção do partido garante contar com 30 deputados.
    O PROS filiou 13 deputados. Para atingir os 28 parlamentares que, segundo a direção da sigla, teriam aderido ao partido, 15 deputados ainda precisam comunicar a troca à Mesa da Câmara.
    Uma das principais trocas foi a da senadora Kátia Abreu (TO), que deixou o PSD e foi para o PMDB. A escolha, que aproxima o governo do setor ruralista, foi muito comemorada. "As duas filiações mais importantes foram as da Kátia e do Josué", destacou o presidente interino do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), referindo-se também ao empresário mineiro Josué Gomes da Silva, filho do ex-vice-presidente José Alencar.
    A Câmara tem 513 parlamentares e o Senado, 81.