quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Garibaldi desconhece tamanho do pepino que gerirá

Renato Araújo/ABr

Dilma Rousseff completou nesta quarta (8) os convites aos ministros indicados pelo PMDB.

Recebeu na Granja do Torto, finalmente, o senador Garibaldi Alves. Conformou-o como futuro ministro da Previdência.

Convertido em gerente de um pepino que o PMDB relutou em assumir, Garibaldi admitiu que desconhece o tamanho da encrenca.

Na saída da conversa com Dilma, reconheceu que não sabe o valor do rombo da pasta que lhe foi confiada.

Decerto ficará de cabelos hirtos ao descobrir que o déficit da Previdência deve fechar em R$ 42,5 bilhões neste ano da graça de 2010.

Como que antevendo a dimensão da encrenca, classificou sua missão como um “desafio”. Está preparado? “Acho que estou”, disse.

Rumina dúvidas inclusive quanto ao perfil que pretende dar à sua gestão. Mais técnico ou mais político?

"Se eu me encantar com o tecnicismo pode ser até que eu me transforme em um técnico...”

“...Mas eu não estou aqui dizendo que o melhor é ter conduta política ou técnica. O importante é saber se conduzir diante daquele desafio...”

“...Se você quer ser mais técnico em um determinado momento você pode ser".

Disse ter trocado ideias com Dilma sobre a tão falada reforma da Previdência. A julgar pelo que disse, não há no horizonte nenhuma alteração de fundo.

"Uma reforma de gestão eu sou favorável. A reforma da legislação, essa que é mais complexa, isso temos que estudar melhor...”

“...Ela me disse que esperava que eu continuasse um trabalho que já está sendo realizado na Previdência com relação à reforma da gestão da Previdência...”

“...O fim das filas, pagamentos de uma forma mais ágil. E esperava que não apenas continuasse isso, mas pudesse melhorar".

Ou seja, Garibaldi foi escalado por Dilma para equilibrar-se à beira do abismo bilionário de olho nas filas.

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Escrito por Josias de Souza às 18h59

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