sábado, 24 de setembro de 2011

Max Freitas Mauro (Wikepédia)


Max Freitas Mauro


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Max Freitas Mauro (Vila Velha, 11 de março de 1937) é um médico e político brasileiro. Foi prefeito de Vila Velha, deputado estadual, três vezes deputado federal e foi eleito governador do Espírito Santo em 1986.

[editar]Biografia



Filho de Saturnino Rangel Mauro e Maria da Penha Freitas Mauro, formou-se em Medicina pela Universidade Federal da Bahia em 1962, em Salvador, tendo feito residência em clínica médica no Hospital das Clínicas Professor Edgar Santos. Ao retornar ao Espírito Santo inicialmente foi médico do Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Ferroviários e Empregados em Serviços Públicos (IAPFESP) e posteriormente do Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Bancários (IAPB). Com a fusão dos institutos de previdência social do país, tornou-se médico do INAMPS (Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social).

Foi sócio e plantonista do "PRONTO-SOCORRO PARTICULAR DE VITÓRIA", onde dava plantões duas vezes por semana, à noite das terças-feiras e durante o dia aos sábados. Enveredou pelos caminhos da política a partir do cargo de Diretor do Serviço de Saúde e Assistência Social da Prefeitura de Vila Velha, cidade que o elegeu Prefeito em 1970, pelo MDB, partido do qual foi um dos fundadores em solo capixaba, quatro anos antes. Concluído o seu mandato de dois anos, iniciou articulações que o elegeram deputado estadual em 1974 e deputado federal em 1978. Reinstituído o pluripartidarismo no país, no primeiro ano do governo do Presidente e General do Exército - João Figueiredo, Max Mauro foi também um dos fundadores do [[Partido do Movimento Democrático Brasileiro
PMDB], dando continuidade, assim, à sua luta contra a ditadura instalada em 1964 no Brasil, sendo reeleito deputado federal em 1982.

Em 1986 venceu tanto a convenção do PMDB, que o escolheu candidato, quanto a eleição para o Governo do Estado. Governou o Espírito Santo de 1987 a 1991, um período de hiper inflação e estagnação econômica. Fez um governo democrático, aberto aos movimentos sociais, mas enfrentou uma forte oposição de deputados na Assembléia Legislativa, inclusive de alguns deputados de seu partido inconformados com a linha de austeridade que imprimiu ao seu governo. Durante os quatro anos, apesar do fracasso dos Planos de combate à inflação [(Cruzado II, Bresser, Collor I e Collor II)], equilibrou as finanças do Estado, pagou rigorosamente os compromissos da dívida pública externa e interna, inclusive os herdados de governos anteriores, recuperou a capacidade de investimento do Estado que era "zero", quando assumiu, e ao encerrar o Governo atingiu 20% de sua receita, pelo que recebeu o reconhecimento do Banco Central, a autoridade monetária do país, pois ao lado do Paraná e do Ceará eram os únicos Estados da federação, saneados financeiramente. Instituiu no âmbito da Governadoria a Comissão Estadual de Obras Públicas (CEOPs)com a finalidade de assessorar o governo, acompanhar e fiscalizar as licitações, aprimorando as normas de licitações públicas, acompanhar e fiscalizar obras e serviços de engenharia com a participação das diversas secretarias e autarquias públicas, bem como a participação do Sindicato da Industria da Construção Civil, Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura, Conselho Regional de Contabilidade, da OAB, entre outros. Instituiu a Auditoria Geral do Estado e criou a Secretaria Estadual de Meio Ambiente. Reformulou e instituiu outros conselhos, como o de Educação, de Cultura, de Transporte Coletivo, abrindo-os à participação dos setores da sociedade interessados nessas diversas àreas. Deixou marcas de seu governo na àrea da segurança pública, executando um projeto de reformulação institucional que incluiu a implantação de concurso para todas as carreiras da Polícia Civil, criação do Conselho de Segurança Pública, depurando as instituições policiais com o afastamento dos seus maus servidores, aproximando a Polícia Militar da comunidade, nos bairros, ampliação do quadro de soldados e a construção dos DPM's (Destacamento da Policia Militar) e edificando os DPJ's (Departamento de Polícia Judiciária) nos municípios de Serra, Vitória e Vila Velha e delegacias em Vitória e no interior. Combateu energicamente o crime organizado. Implantou o sistema TRANSCOL (Transporte Coletivo na Grande Vitória)quebrando o monopólio das empresas, nas linhas intermunicipais, construindo os terminais de passageiros nos municipios da região da Grande Vitória, tarifa única onde os trabalhadores, na sua maioria residentes nos bairros de periferia, isto é, os mais distantes das sedes municipais pagavam um valor menor em detrimento dos que moravam na sede, geralmente pessoas de maior poder aquisitivo. Para implantar o TRANSCOL e diante das greves constantes diante da inflação que corroía os salários e os interesses das empresas em aumentos de tarifa foi necessário decretar intervenção nas empresas que monopolizavam o transporte em Cariacica, Vila Velha e Serra, exigindo a renovação de toda a frota incluindo aquisição de ônibus articulados. Concluiu a TERCEIRA PONTE, Ponte Castello Mendonça, iniciada em 1978, unindo Vila Velha a Vitória, além de construir a duplicação da Ponte de Guarapari, a Ponte do Pontal em Itapemirim, a Ponte do município de Anchieta, Ponte sobre o Rio Piraqueassú ligando Aracruz a Santa Cruz e a nova Ponte sobre o Rio Itabapoana ligando Bom Jesus do Norte a Bom Jesus do Estado do Rio de Janeiro. Construiu também 264 kilômetros de novas rodovias.

No seu período de governo acabou com a carência de leitos hospitalres públicos, construindo e aparelhando hospitais como o Hospital São Lucas, Hospital Dório Silva, Hospital Roberto Silvares (São Mateus), Hospital Antônio Bezerra de Farias, Hospital Geral e Infantil de Vila Velha, Hospital da Polícia Militar, além de outros no interior como em Rio Bananal, Divino de São Lourenço, Linhares, reabrindo o Hospital Talma Drumond Pestana, e reformando e ampliando o Hospital Silvio Avidos, em Colatina e a construção dos Centros de Saúde de Carapina e Maruípe. O Espírito Santo, na época, foi um dos primeiros estados a implantar o Sistema Único de Saúde. Na área da educação reformou 1.398 escolas na Grande Vitória e principalmente no interior, construiu 339 novas escolas gerando 76.910 novas matrículas, incluindo o ensino fundamental e o ensino médio. Iniciou a execução do seu projeto de esgotamento e tratamento de esgoto sanitário no bairro Flexal em Cariacica, na Praia de Camburi e Praia da Costa, com recursos próprios do governo estadual, e, ao mesmo tempo implantou o Programa de Controle de Incidência de Mosquitos (PROCIM). Com a Secretaria de Meio Ambiente foi criado também o Conselho Estadual do Meio ambiente, com participação ampla das entidades organizadas em torno da questão ambiental. Foi possível, então, enfrentar os graves problemas da poluição atmosférica e das águas no Estado, tendo para isso, inclusive, negociado com as principais empresas poluidores como a Aracruz Celulose, que lançava seus dejetos diretamente no mar e poluía a atmosfera, chegando até a Grande Vitória o mau cheiro de enxofre, e da mesma forma em relação às empresas Siderúrgica de Tubarão (CST) e a Vale Rio Doce com a poluição do pó de minério e do pó de carvão, sendo que essas duas, após um longo período de negociação se recusaram a assinar o compromisso de implantar os equipamentos necessários, o que levou o Governo a decretar a interdição das duas empresas até a asinatura do acordo, o que finalmente ocorreu.

Filiou-se ao PDT e em 1990 apoiou o engenheiro Albuíno Azeredo seu sucessor no Palácio Anchieta derrotando em segundo turno o senador José Ignácio Ferreira do [[Partido da Social Democracia Brasileira
PSDB], candidato apoiado pelo PMDB. Em 1991 recebeu a Condecoração do Mérito Universitário outorgada pela Universidade Federal do Espírito Santo e migrou para o PMN perdendo a eleição para governador em 1994, no primeiro turno. Foi eleito, em 1998, Deputado Federal, pela terceira vez e pelo PTB. Em 2002, pela coligação PTB-PDT-PL e com apoio informal de setores do PT, disputou novamente o Governo do Estado, sua candidatura cresceu muito ao final da campanha pelo que deixou de ocorrer o segundo turno por diferença apenas de 2% dos votos apurados. Em 2006 disputou o Senado, uma eleição em que o Governador do Estado usou e abusou do Poder para derrotá-lo, face ter disputado a eleição de governador contra ele, quatro anos antes.

[editar]Ligações externas



Biografia de Max Mauro na Câmara dos Deputados



Precedido por

José Moraes Governador do Espírito Santo

1987 — 1991 Sucedido por

Albuíno Cunha de Azeredo



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v • e

Governadores do Espírito Santo (1889 — 2011)

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