domingo, 15 de janeiro de 2012

Futuro presidente do Parlamento Europeu acusa Merkel de "prepotência"



Martin Schulz lamenta que a chanceler alemã "dê a impressão de que ordena e manda" na União Europeia.


13:08 Domingo, 15 de janeiro de 2012

O novo presidente do Parlamento Europeu, o socialista alemão Martin Schulz, que assume funções na quarta-feira, afirma que "Angela Merkel faria bem em não dar a impressão que dá ordens na União Europeia".


Numa entrevista à agência Efe, Martin Schulz, eleito por acordo entre o Partido Popular e os Social-democratas europeus, diz "lamentar" que a chanceler alemã "dê a impressão de que ordena e manda".


Schulz, que irá substituir como presidente do Parlamento Europeu o conservador polaco Jerzy Buzek, adianta que "o Governo alemão não dá explicações nem ao seu país nem a Bruxelas quando deveria dar a cara porque foi o país que mais beneficiou por estar na União Europeia".


Cacofonia comunitária


O socialista alemão culpabiliza a "cacofonia comunitária" para fazer frente à crise e "a impossibilidade dos Governos em colocarem-se de acordo apesar de cimeiras infinitas sem resultados".


Para o novo presidente do Parlamento Europeu, "se há divisão dentro da União Europeia é por culpa dos chefes de Estado e de Governo".


Martin Schulz diz que um dos seus principais objetivos da sua nova função será "travar a renacionalização da política comunitária" enfatizada devido à crise e "reconquistar a confiança dos cidadãos europeus na Europa".


O socialista alemão assume a presidência da Eurocâmara num momento em que a Europa está dominada por governos conservadores de direita, com uma possível exceção em França, em que o socialista François Hollande tem a esperança de ser eleito na primavera.


Este panorama não se deve, segundo Schulz, à incapacidade dos governos socialistas de conservar os pilares do Estado e de bem estar em tempos de crise.
Trabalho "não é fácil"


"Os socialistas estão a lutar por manter o bem estar social, são os conservadores que estão a acabar com o Estado com os cortes nos orçamentos", afirma.


Interrogado sobre a falta de medidas de austeridade no Parlamento Europeu, Schulz reconhece que os eurodeputados "são uns privilegiados", mas adverte que o "trabalho não é nada fácil".


O novo presidente do Parlamento Europeu adianta que "não é fácil legislar para 500 milhões de europeus em 27 países e tentar gerir assuntos económicos até à política de imigração ou a luta contra as mudanças climáticas".
Lusa


Palavras-chave  Economia


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