terça-feira, 11 de setembro de 2007

Aliados apostam em vitória de Renan por diferença de até dez votos

A um dia da votação que vai definir o futuro do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), os aliados do peemedebista apostam na vitória de Renan por uma diferença de oito a dez votos favoráveis ao colega. Porém, eles guardam sigilo sobre os nomes dos senadores que possivelmente vão absolver o peemedebista.

O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), e o líder do PMDB na Casa, Valdir Raupp (RO), conversarão reservadamente com os senadores simpáticos a Renan em busca de apoio pela absolvição do colega. No entanto, eles estão convencidos de que mesmo que Renan escape da cassação, as denúncias contra o peemedebista não cessarão.

A Folha Online apurou que tanto Jucá como Raupp evitam orientar Renan a abandonar o cargo de presidente do Senado. Segundo ambos, a decisão é "totalmente pessoal" e cabe exclusivamente a Renan definir o que será melhor para ele. No entanto, informaram ao peemedebista que se ele deixar o comando do Senado, a tendência é de que as acusações saiam do foco das atenções.

No PMDB, não haverá uma posição fechada em favor de Renan, embora a maioria dos 19 senadores apóie o colega de legenda. Pela contabilidade dos líderes da bancada, de três a seis devem votam em favor da cassação.

Reuniões

Na véspera da votação do relatório que propõe a perda de mandato de Renan por quebra de decoro, os principais partidos políticos fazem reuniões. Pela manhã, o PSDB reúne a bancada de 13 senadores para discutir o assunto.

De antemão, o líder dos tucanos, Arthur Virgílio, (AM), avisou ontem que não aceita a indicação do senador José Sarney (PMDB-AP) para suceder Renan na presidência do Senado.

A líder do PT no Senado, Ideli Salvatti (SC), reúne os 12 senadores de sua bancada também para debater o caso Renan. Segundo ela, a legenda não será o "fiel da balança' que definirá se Renan perderá ou não o mandato.

Irritada com as especulações de que os petistas decidiriam o futuro do peemedebista, ela atacou informando que há senadores que querem discutir a sucessão ao invés do relatório sobre a perda de mandato.

No final da tarde, será a vez do DEM, dono da segunda maior bancada --atrás apenas do PMDB-- discutir o relatório que recomenda a cassação de Renan. O líder da legenda, José Agripino Maia (RN), é um dos principais críticos de Renan e defensores da perda de mandato.

Renan é acusado de ter utilizado recursos da construtora Mendes Júnior --via lobista Cláudio Gontijo-- para pagar despesas pessoais, como aluguel e pensão alimentícia à jornalista Mônica Veloso, com quem tem uma filha.

Fonte:

http://noticias.bol.uol.com.br/brasil/2007/09/11/ult4728u3274.jhtm

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